Jornalista Andrade Junior

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Memorial da corrupção

Memorial da corrupção
Caros amigos
A imprensa nos tem informado a respeito da “moda” vigente no País de erguer ou transformar logradouros e prédios, públicos ou não, em memoriais voltados para a preservação da lembrança de práticas e fatos que, por suas características criminosas, se pretende abolir do repertório das ameaças aos “Direitos Humanos” (DH) que se têm abatido sobre a Nação.
Assim, tomamos conhecimento de propostas para criá-los em locais supostamente usados, por exemplo, como “centros de tortura de presos políticos”, como o Museu da Resistência, na antiga sede do Departamento de Ordem e Política Social (DOPS), em São Paulo, ou o quartel do Batalhão de Polícia do Exército e o próprio Museu da Polícia Civil, ambos no Rio de Janeiro.
Seguindo esta tendência de “fazer lembrar para não repetir”, cabe transcrever o texto a seguir:
A corrupção representa uma violação das relações de convivência civil, social, econômica e política, fundadas na equidade, na justiça, na transparência e na legalidade. A corrupção fere de morte a cidadania. Num país tomado pela corrupção, como o Brasil, o cidadão se sente desmoralizado porque se sabe roubado e impotente. Sabe-se impotente porque não tem a quem recorrer. Descobre que os representantes traem a confiabilidade do seu voto, que as autoridades ou são corruptas ou omissas e indiferentes à corrupção, que os próprios políticos honestos são impotentes e que a estrutura do poder é inerentemente corruptora”. José Genoino em “A corrupção e morte da cidadania” - O Estado de S.Paulo, 29 de abril de 2000.
O texto não pode ser mais preciso e completo para definir um crime que, por atingir indiscriminadamente todos os cidadãos, toma a forma e a hediondez do genocídio. Mais completa se torna a descrição quando sabemos que o autor é um corrupto julgado, condenado e em vias de ter sua pena reduzida pela mesma via criminosa que tão bem ele define.
Em tempos de caça às bruxas, de passar a limpo o passado e de “comissões da verdade” que visam a fazer com que não se repitam práticas que, na verdade, nunca deixaram de existir e que se estendem de todas as formas, aí incluída a corrupção, ao conjunto da sociedade, nada mais justo e coerente do que erguer-se um “Memorial da Corrupção”, tendo como candidatos lógicos para abrigá-lo o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, a Esplanada dos Ministérios, as sedes regionais e nacional do PT e de empresas públicas e, mais recentemente, o próprio Supremo Tribunal Federal.
Nenhuma outra prática, ação, ou mesmo omissão, de qualquer governo produz mais ofensas aos DH do que a corrupção. Ela é como uma bomba terrorista de destruição em massa, pois fere, mata e espalha destruição de forma indiscriminada em todo o território nacional.
No Brasil de hoje, patrocinados pelo oficialismo, os malfeitos já causaram mais vítimas entre nós, e seguem causando, do que todas as guerras que lutamos ao longo da nossa história.
Fica, pois, a proposta e a causa para serem abraçadas pelos operadores do direito e pelas organizações especializadas em petições públicas, disseminadas nas redes e mídias sociais, para a busca das assinaturas que, desde já, contam com a minha!
Gen Bda Paulo Chagas

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