O ministro do Trabalho, Manoel Dias,
informou nesta terça-feira (29) que o Tesouro Nacional deve cerca de R$ 9
bilhões ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Os valores devidos pelo Tesouro Nacional
referem-se ao adicional de 10% da multa, paga pelas empresas, em
demissões sem justa causa. Desde março do ano passado, o Tesouro
Nacional não tem repassado os valores recebidos dos empregadores nos
processos de demissão. Já foram feitos dois pagamentos pelo Tesouro, que ainda deve, entretanto, R$ 4,5 bilhões ao FGTS.
Segundo ele, o governo fez uma proposta,
aprovada hoje, de pagar, em 2014, R$ 100 milhões por mês a partir de
abril do ano que vem por conta dos recursos não repassados relativos à
multa adicional de 10% nas demissões. “Certamente, no decorrer de 2014
vamos discutir em cima de dados que possam fazer com que a gente
estabeleça um retorno mais rápido e maior”, acrescentou Dias.
O governo também deve, ao FGTS, sua parcela (17,5%) nos subsídios do Minha Casa Minha Vida
– programa habitacional do governo federal que contempla benefícios
para a população de baixa renda. Neste caso, a dívida do Tesouro
Nacional com o FGTS, segundo ele, soma mais R$ 4,5 bilhões.
Esforço fiscal
O governo está apertando o cinto para tentar cumprir a meta de superávit
primário (economia para pagar juros da dívida pública e tentar manter
sua trajetória de queda) de R$ 111 bilhões para todo o setor público
(governo, estados, municípios e estatais) para este ano – o equivalente a
2,3% do PIB.
Em maio de 2013, o governo anunciou um
bloqueio de R$ 28 bilhões em despesas no orçamento federal com o
objetivo de cumprir as metas fiscais, e, em julho, realizou um corte
extra de R$ 10 bilhões na peça orçamentária.
(grifos nossos)
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