Federação Nacional dos Médicos atuará em duas frentes contra programa de Dilma
Por Aretha Yarak, na VEJA.com:
A Federação Nacional dos Médicos (Fenam)
vai atuar em duas frentes contra o programa Mais Médicos. A entidade
ajuizou, em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores
Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), uma ação no Supremo
Tribunal Federal (STF) para revogar a medida provisória que criou o
programa. A ação defende a autonomia universitária, uma vez que pela MP
as universidades devem supervisionar os estrangeiros que não tiveram seu
diploma revalidado.
A Fenam
pediu também abertura de uma investigação trabalhista junto à
Procuradoria Geral do Trabalho (PGT) nesta terça-feira. Entre os
principais pontos de questionamento está o tipo de remuneração que será
oferecida: uma bolsa de ensino, e não um salário dentro das normas das
leis trabalhistas.
“Estamos
convocando o governo a fazer um concurso público. É preciso respeitar a
lei”, diz Geraldo Ferreira Filho, presidente da Fenam. Junto ao pedido
de investigação, a Fenam solicitou ainda o acesso ao acordo feito entre o
Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) – que
está trazendo os médicos cubanos ao Brasil. Isso porque, até o momento,
o acordo não foi repassado às entidades médicas.
Justiça
Apesar das derrotas que as entidades
médicas vêm tendo na Justiça, Ferreira Filho afirmou que a discussão por
melhores condições de saúde não deve parar. “Hoje, o único grupo
organizado que enfrenta o governo é o dos médicos. E o governo passou a
nos ver como os inimigos, seus adversários”, diz. Segundo ele, o país
vive sua pior campanha política contra um grupo de profissionais. “O que
importa é que a cidade que não tem médico deve sim ter um médico. Mas
um médico, não um curandeiro, um médico improvisado ou o trabalho
escravo.”
0 comments:
Postar um comentário