Alex Pipkin, PhD
Todo ser humano possui uma crença. Essa é adquirida a partir da família, das experiências - e conexões - sociais, culturais e acadêmicas. Basicamente, as crenças se materializam a partir das experiências pessoais vivenciadas por cada sujeito.
Todos têm uma perspectiva ou uma determinada visão de mundo. Os jovens de hoje, tristemente, são estimulados a substituírem as virtudes do progresso pelas mazelas do fracasso.
São impulsionados a incorporar como visão, uma determinada ideologia, a “progressista”, ao invés daquela inspiradora das possibilidades do mundo e do respectivo progresso em nível individual.
?Claro, a vida não é perfeita, é dura. Talvez nos céus celestiais seja distinto. Aqui, em terra firme, há várias pedras, buracos - e abismos - pelo caminho. Mas assim sempre foi a vida. Ela é como ela é. É preciso se esforçar, lutar, correr riscos, levantar-se e continuar. Tem que existir algum propósito.
?Atualmente, um processo de vitimização e de assunção de culpa pelos males do mundo, inicia-se desde os bancos escolares, e para alguns, reforça-se na universidade.
Estudantes são estimulados e treinados para instigarem em suas cabeças as desigualdades e a opressão, tirando-lhes da mira de alça as grandes possibilidades de criação no mundo, fora de suas cabeças individualistas.
Nas águas do ensino, banham-se com as mazelas da escravidão, do capitalismo explorador, das desigualdades sociais, da crise climática, enfim, do apocalipse do fim do mundo.
Oh vida! A doutrinação lhes traz a miragem de que eles não são responsáveis por suas próprias vidas, mas, paradoxalmente, são responsáveis pela busca da salvação de todos os males da humanidade.
Constitui-se aí o círculo vicioso de formação dos grandes “guerreiros sociais”. Pensam eles, se são herdeiros das arbitrariedades e das desigualdades do passado, devem lutar contra a opressão, combatendo os vícios desse passado, dividindo contextos sociais, e negando-se as oportunidades de desenvolvimento no presente e no futuro.
O mundo é outro, não é uma folha em branco. Não há como reescrever o passado.
Na verdade, a esperança e as alternativas de mais empregos, renda, riqueza e prosperidade, dependem de um olhar para além de suas cabeças cheias de sentimentalismos contrários a opressão, e de gigantescas percepções de “culpas burguesas”.
Porém, o treinamento é poderoso. Os “justiceiros sociais” tem como método aquilo que combatem, a opressão. Triste, em especial, para suas próprias vidas. Eles são, verdadeiramente, individualistas intransigentes, que miram, mas não enxergam “os outros”. Claramente, o problema reside na incutida mentalidade “progressista”.
Muitos desses jovens se alimentam dessa busca inalcançável, transformando suas vidas em algo fadado ao fracasso. Um certo niilismo psicossocial se apossa desses “guerreiros sociais”, que justamente se suportam a partir disso.
Lastimável. São doutrinados para rejeitar o presente e o real, para viverem às custas da angústia e do imaginável. O treinamento é exímio. Eles foram cegados, factualmente, mais do que isso.
Além de desconsiderar as evidências de que suas fantasias não funcionam na realidade objetiva, eles não percebem as alternativas para operarem, de fato, com os instrumentos e os princípios comprovados, aqueles que encaminham a melhoria de oportunidades para todos.
Os vícios das arbitrariedades do passado se sobrepõem as virtudes do sucesso para todos, mesmo que de maneiras diferentes.
A catequese universitária, aquela que promete os céus, os conduz à beira do inferno.
Ao prometer o inalcançável, aniquila-se, de alguma forma, as possibilidades de concessão e de concretização de ganhos pragmáticos possíveis para todos.
É, niilismo existe. É, assim é a vida, real.
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