por Flávia Ferronato - Coordenadora Nacional do Movimento Advogados do Brasil
Nunca, na história, uma CPI foi tão acompanhada ao vivo, em todos seus detalhes.
Milhares de brasileiro grudados na telinha para ver que vence a prova de resistência.
Torcidas apaixonadas comentam em tempo real todos os detalhes.
Mas, o espetáculo, que dizem ser para buscar a verdade, mostrou muito mais que isso.
Mostrou as entranhas de um Senado machista, truculento, velhaco, do melhor estilo: “você sabe com quem está falando?” ou “fale o que eu quero ouvir senão vou te prender”.
Lá dentro, parece que eles não têm contato com o mundo aqui fora.
Vivem em um universo paralelo, de castas, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo.
E olha quem manda: acusado de pedofilia, investigados em corrupção… gente da mais fina flor desde uma sociedade política falida.
Mas tudo isso é muito bom. Aliás, quanto pior, melhor!
Até o início do ano, ninguém sabia pra que servia o Senado já que nem para impeachment de ministro do STF ele serve…
Hoje, por causa da CPI, não só entendemos para que ele serve como também conseguimos entender o porquê do STF ser intocável: eles são iguais!! Cara de um, focinho do outro…
Mas com uma diferença mortal para a sobrevivência na casa mais vigiará do Parlamento hoje: senadores são eleitos, ministros do STF, não.
E se o BBB pode trazer uma lição a ser aplicada na vida real, é essa: brasileiro não suporta soberba! Brasileiro não suporta humilhação! Brasileiro não suporta arrogância.
Basta ver um histórico dos maiores vencedores e maiores rejeitados do BBB…
Não quer saber de BBB? Então passe por alguns debates onde candidatos a governador que tinham a vitória garantida, perderam no último lance por sua arrogância e prepotência.
E adaptando uma frase da moda: “A lição está aí, aprende quem quer”.
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