CLAUDIO HUMBERTO
A manobra do Senado teve significado de drible nos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que se preparavam para apoiar, nesta quarta-feira (21), a decisão monocrática do ministro Luís Roberto Barroso afastando do cargo o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), o “cuecão de ouro”.
O pedido de licença de 121 dias, ideia da “raposa felpuda” Jayme Campos (DEM-MT), experiente presidente do Conselho de Ética, cumpriu o papel de neutralizar a ordem do ministro, que a revogou.
Após as críticas à sua decisão monocrática, Barroso pediu avaliação do plenário do STF. Foi um xeque. Mas o xeque-mate seria dos senadores.
As alegações em defesa de Cuecão espantaram até os mais malandros, como a de que haver enfiado dinheiro nas nádegas por “ato impensado”.
A reação exitosa da bancada malandra do Senado faz prever que o caso envolvendo Chico Rodrigo vai para a galeria dos que acabam em pizza. Quando se viu às voltas com a Polícia Federal, Cuecão tentou esconder um dinheiro que, agora, afirma lhe pertencer e ter origem “lícita”. Anrã.
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