Cláudio Humberto, do Diário do Poder
A ambição de Rodrigo Maia, que tenta dar a volta à Constituição para se reeleger presidente da Câmara, atrasou a análise de reformas e levou ao impasse que travou a aprovação do orçamento.
A ideia agora é votar até 17 de dezembro a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o que devia ter sido feito no primeiro semestre, mas o Orçamento deve ficar para depois da eleição do substituto, em fevereiro.
A jogada é provocar a convocação de sessões em janeiro, quando espera aprovar a PEC de sua reeleição.
A rigor, a presidência de Maia acaba no início do recesso, mas atrasar votações importantes é estratégia para manter viva a PEC da reeleição.
Maia acusa o governo de fazer obstrução, mas impediu a comissão mista de orçamento de ser presidida por uma deputada, Flávia Arruda (PP-DF).
Sem ter como justificar ausência de deputados federais por causa das eleições municipais, Maia criou recesso branco e “esforço concentrado”.
A coluna questionou o presidente da Câmara sobre o atraso na votação do orçamento, através da assessoria. Outra vez ele optou pelo silêncio
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