Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Em novembro, Bolsonaro precisará escolher um jurista de verdade para o Supremo

José Carlos Werneck

O presidente Jair Bolsonaro terá a honrosa incumbência de indicar, em novembro, o novo integrante do Supremo Tribunal Federal, para a vaga aberta em decorrência da aposentadoria compulsória do ministro Celso de Mello. O presidente estará diante de uma excelente oportunidade para escolher um jurista com todas as qualificações necessárias para ocupar um dos cargos mais importantes da República.
O Supremo Tribunal Federal já abrigou nomes da envergadura de José Eduardo do Prado Kelly, Adaucto Lúcio Cardoso, Aliomar Baleeiro, Evandro Lins e Silva, José Carlos Moreira Alves, Luiz Gallotti, Xavier de Albuquerque, Eloy da Rocha, Ribeiro da Costa, Oswaldo Trigueiro, isto só para citar alguns dos inúmeros membros, que além do notório saber jurídico e reputação ilibada, reuniam independência política, coragem pessoal, desapego a vaidades, vasta cultura geral, grande inteligência e erudição.
MUITAS QUALIDADES – O próximo indicado deve reunir todas essas qualidades, para restabelecer quaisquer desgastes que o STF possa ter sofrido, nos últimos tempos. Num momento em que o Congresso Nacional, com pouquíssimas e honrosas exceções, está carente de integrantes de peso e abriga em seus quadros representantes medíocres e figuras, no mínimo exóticas, cabe ao mais alto Tribunal do País ser um ponto de equilíbrio para a salvaguarda das Instituições democráticas e garantia das liberdades tão arduamente conquistadas pelo sofrido e descrente povo brasileiro.
Ao longo de sua história, o STF já deu ao País e a seus jurisdicionados, através de suas decisões, exemplos pujantes de respeito à Constituição e às liberdades individuais.
PADRÃO DE EXCELÊNCIA – Para manter este padrão de excelência precisa sempre abrigar em seus quadros simplesmente os melhores dos melhores, para que o nível de qualidade seja o mais elevado e atenda às altas atribuições que a função requer.

Creio que tudo isso o presidente Jair Bolsonaro precisará levar em conta, quando tomar a importante decisão de submeter ao Senado Federal, em novembro,  o nome do escolhido para ser o novo ministro do Supremo Tribunal Federal. Que não poderá ser apenas “um jurista tremendamente evangélico”.





















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