por Irineu Berestinas
Incendeiam um País. Destroem o seu patrimônio público. Desrespeitam a constituição e as autoridades. Trabalham intensamente para provocar o caos e institucionalizar a desordem. Provocam os agentes de segurança estatal com o claro objetivo de serem fotografados como vítimas...
Qual a origem desses protestos? De onde vêm? Quais são os verdadeiros motivos? A grande imprensa relata, sem o mínimo de pudor noticioso, que tudo é feito em nome da "igualdade". O que pode ser confrontado mediante a posse de importantes indicadores sobre a economia chilena. Esse argumento finalístico e "estético" barbariza a lógica da verdade. O que veremos logo adiante.
Na verdade, o Chile possui uma das economias mais bem organizadas da América Latina. Ali, um ou outro fator está a exigir correção, sem sombra de dúvidas, como é o caso das aposentadorias, cujo sistema de capitalização, a meu ver, deve passar por negociações, de tal sorte que os salários na faixa de até dois salários mínimos sejam objeto de contribuições mais ampliadas, quais sejam: a de empresários e do próprio Estado. A formatação atual das aposentadorias desprotege os segmentos de menor renda... Inegavelmente, isso tem que ser revisto, reordenado, pelo bem da justiça social e do respeito que é devido aos mais pobres. Registre-se, porém, que foi, em grande parte, por meio do sistema de capitalização previdenciária que os investimentos produtivos ocorreram no País. Uma poupança que irrigou a economia, inquestionavelmente, gerando emprego, renda, tributos e divisas.
Ainda é de registrar que o Chile possui uma das maiores rendas per capita das Américas, em torno de 24 mil dólares. A do Brasil é de 13 mil dólares, por exemplo. Registra um dos menores índices de pobreza do continente americano. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é simplesmente invejável no concerto das nações do seu porte. Na formulação do IDH é sabido que entram em sua composição os seguintes componentes: expectativa de vida por nascituro, nível educacional da população e renda por habitante. E lá a luta está sendo travada por apreço à igualdade, pasmem senhores membros da mídia mainstream...
Inegavelmente esse sistema de aposentadorias, topicamente tem quer ser revisto.
É devido registrar, também, que o Chile atingiu esse patamar de desenvolvimento sem dispor das mesmas vantagens do Brasil, pois não possui nem de longe as riquezas minerais e um agronegócio reluzente como o nosso. Muito menos, o mesmo desenvolvimento industrial e tecnológico. Na verdade, o Chile com muito menos, e apenas com o cobre, frutas, peixes, papel, azeitonas, azeite, vinhos e produtos químicos, muitos deles obtida a matéria prima da madeira, etc, conseguiu uma renda per capita perto do dobro da brasileira.
Daí entram em cena os incendiários e "justiceiros destruidores", certamente sob os aplausos e autorização do Foro de São Paulo, associados ao olho gordo dos marxistas culturais e dos venezuelanos do nosso continente, gente, que, provavelmente, não seria nenhum pecado em dizer, pertence à extrema-esquerda, com a pretensão de deter os rumos da história no nosso Continente para submetê-lo ao estado de barbárie que procuram estabelecer.
Maduro já se assanhou e faz discursos candentes, no nível da sua inteligência e dos seus experimentos, os quais levaram a Venezuela e o seu povo, embora seja um dos países mais ricos do mundo, por ser detentora de uma das maiores reservas de petróleo, a ter que conviver compulsoriamente com a miséria e a penúria, sob os olhares das armas iretratáveis e vigilantes das suas milícias, algumas delas, certamente requisitados dos seus companheiros continentais.
E, por fim, chegam notícias de que um instituto tal de pesquisa foi a campo para medir a popularidade do Presidente Sebastián Piñera, cujo resultado constatou que detém, apenas 10% de aprovação do povo chileno. É verdade que esse cidadão, pelo que se sabe, age de modo pusilânime e leniente, sem o mínimo de zelo e compromisso que o cargo lhe impõe, pois se dispôs a negociar, sob a baderna reinante, questões que podem balançar as instituições do seu país e obstruir o funcionamento de um sistema de vida que deu certo. Esse instituto de pesquisa tem todas as credenciais para integrar um capítulo da História Universal da Infâmia, tal qual o sugerido na epígrafe deste texto, livro a ser editado para coroar um absurdo desses: fazer pesquisa sobre a popularidade do presidente, diante de um clima de guerra, provocado pela gente aqui relatada. É muito cinismo e despropósito... Isso não cabe nem no surrealismo de Borges, quanto mais no de Kafka...
extraídadepuggina.org
0 comments:
Postar um comentário