Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Partidos receberão R$ 3,7 bilhões em 2020, somando o Fundo Eleitoral e o Partidário

Carlos Newton
Reportagem de Marcello Corrêa, em
O Globo, mostra que no Orçamento da União foi mesmo aprovada pelo Congresso a destinação de R$ 2 bilhões ao Fundo Eleitoral no ano que vem. Num país que enfrenta tão grave crise como o Brasil, esse desvio de recursos representa um crime contra a cidadania, uma afronta, um verdadeiro escárnio.
HOUVE BARGANHA – O pior é que esse resultado vergonhoso foi comemorado como um avanço democrático, porque os partidos políticos inicialmente tinham se acertado em pedir R$ 3,8 bilhões. Só aceitaram reduzir porque houve ameaça de veto do presidente Bolsonaro e eles foram forçados a baixar para R$ 2 bilhões, embora tenha havido um destaque (proposta de modificação), apresentado pelo partido Novo, que pretendia reduzir ainda mais, para R$ 765 milhões, mas foi recusada em plenário, embora o PSL tenha apoiado a alteração.
Ao defender a mudança, o líder do Novo na Câmara, Marcel Van Hatten (RS), afirmou que o ideal seria que não houvesse o financiamento público. “Nossa tese é de que não haja dinheiro público para financiamento de campanhas. Porém, enquanto existir esta lei, que seja o mínimo possível. Com esse nosso destaque, conseguimos retirar mais de R$ 1 bilhão. É muito dinheiro que faz falta em muitas áreas. A gente vai continuar batendo nessa tecla” — disse o parlamentar.
SÃO R$ 3,7 BILHÕES – Embora a mídia não tenha dado destaque, é importante que se saiba que na verdade os partidos receberão R$ 3,7 bilhões em 2020, porque são R$ 2 bilhões do Fundo Eleitoral e mais R$ 1,7 bilhão do Fundo Partidário. Nada mal, hein?
E esses R$ 2 bilhões adicionais são para eleições municipais, muito mais baratas do que as gerais, em que os candidatos têm de fazer campanha nacional para presidente, ou estadual, para governador, senador, deputado federal e estadual. Em 2020, as campanhas são feitas em cada município, os candidatos não se deslocam em grandes distâncias e são mais conhecidos pelos eleitores, não é preciso gastar tanto dinheiro.
Nada disso foi levado em conta. Aliás, os partidos são um grande foco de corrupção que a Justiça não controla, as prestações de contas chegam a ser ridículas, mas nada acontece aos dirigentes partidários, que fazem o que bem entendem com os recursos públicos, sem serem acusados de improbidade.
DE HELICÓPTERO – A esculhambação nas contas partidárias é tão grande que o criador, presidente e dono do Pros, Eurípedes de Macedo Junior, comprou um helicóptero com dinheiro do partido para conduzi-lo eventualmente da cidade onde mora até Brasília, numa distância de apenas 70 quilômetros.
O patriótico líder partidário foi flagrado também em fraudes ocorridas na Prefeitura de Marabá, que também envolveram a compra de uma aeronave, parece que ele tem vocação para ser aeronauta…
Eurípedes Jr. chegou a ter sua prisão preventiva decretada. E sabem o que aconteceu com ele? Nada, ainda não aconteceu nada.







extraíadetribunadainternet

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