por Fábio Costa Pereira, Proc. de Justiça
Por esse motivo, a partir de 22 de dezembro daquele ano, a suposta elite pensante, com poder de decisão, decretou que passaria a viger restritiva legislação sobre a matéria.
Salvo poucas e raras exceções, comuns cidadãos não mais poderiam comprar e portar armas de fogo.
Dessa forma, no mundo cor-de-rosa de Alice, a paz e a fraternidade entre os homens bem-aventurados estaria assegurada.
Não se pode deixar de reconhecer que o Ministério da Suprema Felicidade, para impor o Desarmamento civil no Brasil, contou com o decisivo apoio do Ministério da Verdade e da Tutela dos Interesses da Incapaz Sociedade Brasileira.
A sociedade brasileira, demostrando toda a sua incapacidade para escolher os melhores caminhos a seguir, em 2005, quando realizado plebiscito para dizer se queria ter o direito (ou não) de adquirir e portar armas, de forma equivocada na ótica dos intelectuais de ambos os ministérios, teve o pejo de dizer sim ao armamento civil.
Diante de tamanha sandice, o Ministério da Verdade entrou em campo e disse que a vontade popular não poderia se sobrepor aos ideais mais puros de fraternidade, sendo o Desarmamento um imperativo da era de Felicidade que havia se iniciado em 2003.
Treze anos após imposto o Desarmamento civil , afora no delirante mundo abstrato de paz e felicidade criado pela ideologia desarmamentista, o que se viu foi o retumbante fracasso das promessas de contenção da violência em nosso país .
Carcaças de unicórnios, abatidos por disparos de armas ilegais, jazem sobre os verdejantes Campos das abstrações.
De 2003 para cá, os homicídios , em sua maioria cometidos com o uso de ilegais armas de fogo, aumentaram em mais de 50%. Saltaram de 40 mil para mais de 60 mil homicídios ao ano.
Latrocínios e roubos “comuns”, por igual, cresceram exponencialmente.
Claro, sem falar na epidemia de estupros que se alastrou por todo o país.
Criminosos, sem maiores dificuldades, obtém, pelo preço certo, a arma que quiserem e no calibre que melhor lhes aprouver.
Em comum, em todas as circunstâncias, é a existência de vítimas desarmadas, a facilitar o trabalho de seus algozes, predadores sanguinários e sem nenhuma empatia pela sua presa.
Os anos passam, a violência piora e os defensores do malsinado Desarmamento civil, por certo olhando o mundo por de trás do espelho do mundo de Alice, sem medo de passar vergonha, dizem que este foi um sucesso.
Eu , ao meu turno, se tiver que espelhar o sucesso do que faço nos mesmos indicadores que os desarmentistas, por certo que prefiro o fracasso.
A vanguarda do atraso continua com o seu triste e penoso de desarmamentista, enquanto nós, cidadãos comuns, sofremos as consequências de suas doidivanas ideias.
E que Deus tenha piedade de nós!
• Procurador de Justiça no MP/RS
extraídadepuggina.org
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