Jornalista Andrade Junior

domingo, 26 de agosto de 2018

Entrevistas dos candidatos na Rede Globo marca a nova fase da campanha

Pedro do Coutto

Na semana que começa, as posições dos principais candidatos à presidência da República provavelmente vão se definir mais nitidamente porque irão ao ar no Jornal Nacional. Una coisa é um programa ser editado por emissora de menor alcance. Outra é a mesma entrevista ser feita e exibida pela Rede Globo, que lidera a audiência da televisão no país. O episódio aumenta de importância porque se trata de um horário que atrai muito mais telespectadores do que outros por causa do noticiário das 20:30 hs. A ordem das entrevistas encontra-se programada: Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Marina Silva e Geraldo Alckmin.
A iniciativa não pode incluir o ex-presidente Lula e também Fernando Haddad, uma vez que este está sendo apresentado pelo PT como candidato a vice presidência.
OSCILAÇÕES – As entrevistas serão realizadas também pela Globonews no horário um pouco mais a frente. Vamos ver quais as oscilações que serão decorrentes dos programas. Sejam quais forem, vão pesar no cenário eleitoral. Afinal de contas foram convidados os quatro candidatos que melhor se projetam tanto nas pesquisas do IBOPE quanto do Datafolha.
Poderemos então realizar uma avaliação em torno da influência da televisão, comparando-a com a presença do mesmo grupo de candidatos nas redes sociais da Internet. Alguns candidatos com pouco tempo de aparição na TV certamente vão reforçar suas mensagens na mídia eletrônica para compensar o menor índice de exposição de suas imagens diante do eleitorado.
A seleção escolhida pelas organizações Globo representa, de outro lado, uma diferença de tratamento entre todos aqueles que disputam a sucessão do presidente Michel Temer.
DIVISÃO – A exclusão na TV Globo daqueles que apresentam índices insignificantes junto ao eleitorado tornará mais concreta a divisão dos que têm possibilidade de vitória e aqueles que estão concorrendo por concorrer, uma vez que não possuem estrutura partidária capaz de funcionar a seu favor.
Neste caso encontra-se o ex-ministro Henrique Meirelles, lançado pelo MDB, maior partido do país, inclusive com maior representação na Câmara Federal. Mas que até o momento somente deu provas de que a escolha de Meirelles não foi capaz de causar maior entusiasmo nos seus quadros.
É verdade que a eleição será em dois turnos e essa característica abre também a perspectiva de que a legenda possa ser mobilizada para o desfecho final no segundo turno. De qualquer forma a semana que amanhã se inicia vai proporcionar condições para que as próximas pesquisas iluminem mais nitidamente as tendências do eleitorado  

E HADDAD? – Ao quadro composto por Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin e Marina Silva, terá que ser incluído o nome de Fernando Haddad, cuja candidatura depende do apoio explícito do ex-presidente Lula da Silva. Esse apoio não pode ser subestimado. Porque se ele transferir, digamos, 9%, tal transferência poderá levar a uma disputa ainda mais acirrada para revelar os dois finalistas.














extraídadetribunadainternet

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