Percival Puggina
Ser informado e ter a opinião conduzida por quem calça luvas de boxe para entrevistar o candidato e sai grogue do ringue não parece, mesmo, risco que se deva tomar.
Não sei se, como tem sido afirmado durante o dia, Bolsonaro saiu da entrevista eleito presidente. Já os dois entrevistadores e a emissora saíram menores do que começaram a noite. Erraram feio.
Erraram na estratégia, atacando pontos em relação aos quais o entrevistado estava mais do que preparado. Talvez se tenham julgado mais competentes e, por isso, foram buscar seus cartuchos no mesmo arsenal a que, em vão, colegas de outras emissoras haviam apelado. Erraram mais e com consequências piores porque Bolsonaro, desta feita, resolveu revidar e, enquanto este encaixou os golpes, a dupla, visivelmente, cambaleou.
Nada, porém, supera o desabono decorrente do uso irresponsável do poder da emissora. Em horário nobre, deixaram de lado real interesse público, os temas nacionais (sociais, econômicos e políticos), e investiram na tática marota de desacreditar o entrevistado para alcançar objetivo político.
extraídadepuggina.org
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