Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

PEDRAS

MIRANDA SÁ
“Sombra, chegou a tua vez./ Deverá prestar contas/ de tua vida entre os homens” (Bertolt Brecht – “O processo de Lucullus”)

Faz muito tempo em que li, não me lembro em que livro, ou revista, que o grande Darwin era rigoroso quando tratava de números; chegou até a escrever com exatidão, que encontrara 53,767 minhocas num “acre” de terra, equivalente a 4046.86 m²…

Não foi muito diferente de mim, que contei 46 seixos sobre o túmulo de um cemitério judeu. Como se sabe, é um antigo costume judaico pôr uma pedrinha sobre a sepultura de um parente ou amigo falecidos.

Essa tradição evoca uma maneira de reverenciar o morto, espécie de convite para que ele “se manifeste e repouse” enquanto durar a visita. O número de pedras mostra que o jazigo é sempre visitado.

Um poeta judeu escreveu que “Embora as pedras não ouçam nem consigam ver/ Todas suplicam tristemente para não as esquecer”; e uma piada contada entre eles diz que isto ocorre por serem tão avarentos, adotaram as pedrinhas para economizar o dinheiro gasto com flores…

Josef Breuer, médico e fisiologista austríaco, considerado o pai da psicanálise, comentou certa vez que visitando cemitérios deixava seixos nos túmulos em que não via nenhuma delas.

Pedras também são usadas como punição em sentenças de morte: A Lei de Moisés na Bíblia Hebraica, assim como a Bíblia Cristã, prevê a morte por apedrejamento em dezoito situações, entre elas blasfêmia, bruxaria, homossexualidade, rebeldia dos filhos contra os pais e vários tipos de relações sexuais, com virgem comprometida, enteada, mãe e madrasta.

As pedradas como castigo perduram até os dias de hoje; oficialmente em países mulçumanos> Além de servirem como agressão, a gíria brasileira registra o uso da pedra em diversas situações, como “uma pedra do sapato” falando de incômodo, ou referindo-se a uma coisa boa, “pedra noventa”.

Fala-se também de “pedra lascada”, aludindo a coisa por demais antiga e superada, como conhecemos no Brasil a rotina da corrupção entre os políticos, desde a colônia, mas transparecendo incrivelmente agora após ser institucionalizada nos governos da pelegagem lulopetista…

Com as pedras no xadrez da politicagem que assola em nosso País, joga-se o jogo da fraude, revoltando os patriotas. No momento, assistimos na corrida dos presidenciáveis na campanha pré-eleitoral, velhos atores se apresentando como “o novo”.

… E, muito pior do que a mascarada que estão armando para iludir, mais uma vez, o eleitorado, persiste a cegueira política de colocar Lula da Silva, réu condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, entre os peões desta enganação demagógica.

Os fanáticos cultuadores da personalidade do chefão da Orcrim – que orienta seus seguidores a defenderem a indefensável ditadura Maduro, da Venezuela –, organizam o confronto com a Justiça e os responsáveis pela segurança pública em Porto Alegre, no julgamento que o levará à perda dos direitos políticos e possivelmente à prisão.

O noticiário da mídia comprometida e dos jornalistas comprados, exalta essa mobilização do PT para levar seus grupos de assalto alcunhados de “movimentos sociais”, para acompanhar o julgamento da apelação da defesa do Corrupto, condenado pela Justiça Federal do Paraná.

O chamamento petista contém palavras-de-ordem para a reação contra o Tribunal de 2ª Instância; e o “exército de Stédile” – o MST terrorista – se manifesta forçando a barra para acampar defronte do órgão, mesmo após a proibição.

A insanidade de uma ideologia corrompida não vê o que a grande maioria do povo brasileiro quer: a punição exemplar para os agentes da corrupção. E Lula é uma pedra no caminho para a afirmação do Estado de Direito vigente.



























EXTRAÍDADETRIBUNADAIMPRENSA

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