Ricardo Noblat - O Globo
Depois de declarar que a única solução legal e aceitável para o caso de Lula é sua absolvição pela Justiça uma vez que inexistem provas de que roubou ou deixou roubar, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), a ativíssima presidente do PT e nova fiscal dos poderes da República, emitiu mais dois graves comunicados em menos de 12 horas.
No primeiro, censurou o delegado da Polícia Federal que indiciou Fernando Haddad (PT) por uso de dinheiro sujo na campanha para prefeito de São Paulo em 2012. “Factoides como este demonstram a partidarização de setores do sistema policial e judicial”, bateu Hoffmann sem piedade e no melhor estilo “deixa que eu chuto”.
No segundo comunicado, ela qualificou de tentativa de “tumultuar o ambiente em torno do julgamento do recurso da defesa de Lula” a ida a Brasília para uma reunião com a ministra Cármen Lúcia do desembargador Carlos Thompson Flores, presidente do Tribunal Regional Federal da 4a. Região.
Lula sabia o que estava fazendo quando impôs ao PT o nome de Hoffmann para presidir o partido. Com ela ali, reforçou a opção preferencial de sua defesa pelo confronto com a Justiça. Espancando-a, imagina desacreditar suas decisões. Para Lula, pouco importa que Hoffmann esteja tão encrencada na Justiça quanto ele.
Dada às circunstâncias, e na ausência de dona Marisa Letícia, Hoffmann virou o melhor par para Lula na sua versão jararaca. Se sobreviver, ele saberá trocar de pele de acordo com as estações.
extraídaderota2014blogspot
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