Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Desembargadores foram didáticos para mostrar as provas que sustentam a condenação,

 diz Miriam Leitão O Globo

A sessão que confirmou a condenação do ex-presidente Lula foi também bastante didática. Os desembargadores se esforçaram para explicar, especialmente, o peso das provas no processo e a natureza de cada prova. Esse é um dos destaques da votação na segunda instância, que também aumentou a pena de detenção do ex-presidente de nove anos e meio para 12 anos e um mês.
O caso provoca repercussão fora dos meios jurídicos. E um dos argumentos na narrativa do ex-presidente Lula é que estaria sendo vítima, condenado sem provas. Não foi isso o que aconteceu, segundo os desembargadores mostraram. Existem provas diretas e indiretas, materais e testemunhais, explicaram.
O relator explicou que “há prova acima do razoável de que o ex-presidente foi um dos articuladores, se não o principal, do amplo esquema de corrupção” na Petrobras. O crime de lavagem de dinheiro ficou mais claro no seu voto, ao explicar que a ocultação do patrimônio do triplex restava mais cristalino exatamente porque o imóvel não foi transferido para a família do ex-presidente. Foi lembrado também que a cobertura passou por uma personalização, recebeu uma cozinha escolhida pela família de Lula e que a empreiteira concordou em pagar o valor dela, que seria de R$ 150 mil a R$ 300 mil. As colaborações dos delatores corroboraram isso.
O desembargador Victor Laus, o último a votar, destacou algumas vezes que era preciso falar sem os termos técnicos, em linguagem mais familiar ao público que não está acostumado com os termos do direito. A sessão desta quarta-feira se aproximou disso.
















extraídaderota2014blogspot

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