Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

sábado, 30 de abril de 2016

A IDEOLOGIA DE GÊNERO PREJUDICA AS CRIANÇAS

 por Colégio Americano de Pediatras.
Introdução do Dr. Heitor de Paola, que faz os comentários em itálico na declaração que segue: O texto abaixo, um position statement do Colégio Americano de Pediatras, é uma das primeiras manifestações de uma entidade científica respeitada que rompe o bloqueio da ideologia de gênero e sua “narrativa sagrada” que não admite discussões, menos ainda dissenções explícitas. Este não é um texto político ou ideológico, apenas técnico, baseado em conceitos estabelecidos pela prática médica.
A ideologia de gênero é uma falácia do argumento feminista, segundo o qual o gênero seria uma mera construção cultural. Quando a maioria das sociedades científicas e psicológicas se rende à nefasta ideologia de gênero, são os pediatras que vêm mostrar a crua realidade da infância, da puberdade e da adolescência e as mentiras dos defensores da transgeneralidade.
Creio de bom alvitre publicá-lo com meus esclarecimentos para o público leigo e comentários pertinentes. A tradução do original é de William Uchoa e os esclarecimentos e comentários estão entremeados no texto (em itálico). O Colégio Americano de Pediatras insta educadores e legisladores a rejeitarem todas as políticas que condicionam as crianças a aceitarem como normal uma vida de personificação química e cirúrgica do sexo oposto. Fatos - não ideologia - determinam a realidade.
Dr. Heitor de Paola


***

1. A sexualidade humana é uma característica biológica binária objetiva: "XY" e "XX" são marcadores genéticos de saúde – não marcadores genéticos de um distúrbio. A norma para o projeto humano deve ser concebida como macho ou fêmea. A sexualidade humana é binária por princípio, com a finalidade óbvia de reprodução e florescimento de nossa espécie. Este princípio é auto-evidente. Os distúrbios extremamente raros de diferenciação sexual (DSD - disorders of sexual differentiation), incluindo, mas não limitados, à feminização testicular e hiperplasia adrenal congênita, são todos desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como distúrbios do projeto humano. Indivíduos com DSDs não constituem um terceiro sexo.
HP – A feminização testicular, mais corretamente chamada de síndrome de insensibilidade androgênica (AIS) verifica-se quando uma pessoa geneticamente do sexo masculino (tem um cromossoma X e um cromossoma Y) é resistente aos hormônios masculinos chamados andrógenos. Como resultado, a pessoa possui algumas ou mesmo todas as características físicas de uma mulher, apesar de possuir a composição genética de um homem.
Hiperplasia adrenal congênita: distúrbio hormonal uma mutação genética, que provoca produção demasiada de andrógenos no feto. Em indivíduos do sexo feminino, causa uma masculinização da genitália externa e aumento do clitóris. Indivíduos do sexo masculino afetados possuem genitália externa normal e o diagnóstico pode não ser feito na primeira infância. Entretanto, o excesso de hormônio, em ambos os sexos, leva a um crescimento rápido e maturação esquelética prematura.

Certamente é auto-evidente que não constituem um sexo aparte, mas é preciso ter olhos adequados para perceber o óbvio. Quando a mente está bloqueada por um distúrbio ideológico, o óbvio se torna obscuro. A tomada da mente pela ideologia feminista impede seu uso dentro de limites razoáveis. A falsa concepção precisa ser “comprovada” a todo custo, forçando e suprimindo a realidade.
2. Ninguém nasce com um gênero. Todos nascemos com um sexo biológico. Gênero (uma consciência e senso de si mesmo como homem ou mulher) é um conceito sociológico e psicológico não um conceito biológico objetivo. Ninguém nasce com a consciência de si mesmo como masculino ou feminino esta consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser prejudicada por percepções subjetivas, relacionamentos e experiências adversas que ocorrem desde o início da vida, o período de recém-nascido. As pessoas que se identificam como "sentindo a si mesmos como se fossem do sexo oposto" ou "em algum lugar entre os dois sexos" não pertencem a um terceiro sexo. Permanecem homens biológicos ou mulheres biológicas.
HP – Neste ponto recordo a assertiva de Olavo de Carvalho, com a qual concordo inteiramente: “quando um conservador diz que o sexo é um fato biológico, mas o gênero é apenas uma categoria sociológica, ele só mostra o quanto o seu cérebro já foi dominado pela linguagem do adversário. Gênero não é nem nunca foi uma categoria sociológica. É uma categoria meramente gramatical à qual se pretende, pela propaganda repetida, dar uma dimensão sociológica”.
Segundo Roger Scruton, “evado ao extremo – e o feminismo leva tudo ao extremo – a teoria reduz o sexo a uma mera aparência, com o gênero como realidade. Se, depois de ter forjado sua verdadeira identidade de gênero, você encontra-se alojado no tipo errado do corpo, então é o corpo que tem de mudar. Se você acredita ser uma mulher, então você é uma mulher, não obstante o fato de você ter o corpo de um homem. Daí que os médicos [deveriam] observar as operações de mudança de sexo como uma violação grosseira do corpo e, na verdade uma espécie de agressão (...)” [*]
3. A crença de uma pessoa que ele ou ela é algo que eles não são é, na melhor das hipóteses, um sinal de pensamento confuso. Quando um menino biologicamente saudável acredita que ele é uma menina ou uma menina biológica, biologicamente saudável, acredita que ela é um menino, um problema psicológico objetivo existe e está na mente não no corpo, e deve ser tratado como tal. Estas crianças sofrem de Disforia de Gênero (GD), anteriormente conhecida como Transtorno de Identidade de Gênero (GID), transtorno reconhecido pela mais recente (a quinta) edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (Diagnostic and Statistical Manual of the American Psychiatric Association (DSM-V). As teorias psicodinâmicas e sociais do GD / GID nunca foram refutadas.
HP - Absolutamente correto, mas os autores suspendem seus argumentos na “melhor das hipóteses”, não vão às últimas consequências. Quando uma pessoa sente que é algo que não é, afirma ser aquilo que “sente” ou deseja ser, a ponto de comportar-se com sendo, estamos frente a um grave distúrbio mental e não apenas um “pensamento confuso”. É claro que existem gradações, como veremos adiante a respeito da adolescência, mas se este distúrbio se instala de forma permanente, estamos vendo um delírio alucinatório, um quadro psicótico. Estes estados delirantes são difíceis de tratar e, tal como o distúrbio correlato da homossexualidade, se tornaram modernamente quase impossíveis, pois dada a pressão dos movimentos LGBT sobre os órgãos profissionais, os últimos podem ser processados por homofobia e se expor a processos judiciais e a toda sorte de ofensas e ataques, inclusive físicos. A psiquiatria cria belos nomes, como Disforia de Gênero ou Transtorno de Identidade de Gênero, para tentar negar o inegável: o grave distúrbio psicótico.
4. A puberdade não é uma doença e o bloqueio de hormônios da puberdade pode ser perigoso. Reversíveis ou não, o bloqueio de hormônios induz a um estado patológico – a ausência de puberdade – e inibe o crescimento e fertilidade em uma criança antes biologicamente saudável.

5. De acordo com o DSM-V, cerca de 98% de meninos e 88% de meninas confusas com o gênero, aceitam seu sexo biológico após passarem naturalmente pela puberdade.

6. Crianças que usam bloqueadores da puberdade para personificar o sexo oposto vão exigir hormônios do sexo oposto (cross-sex hormones) no fim da adolescência. Os hormônios do sexo oposto estão associados a riscos perigosos para a saúde incluindo, mas não se limitando, a aumento da pressão arterial, formação de coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e câncer.
HP – (Comentários aos itens 4, 5 e 6): hormônios bloqueadores da puberdade que impedem o desenvolvimento normal têm sido largamente utilizados para suprimir a puberdade, alterando as características sexuais secundárias em crianças que sentem que seus corpos não correspondem às suas fantasias sexuais. O objetivo da supressão da puberdade é preparar a criança para uma vida transgenérica totalmente artificial com graves danos à sua personalidade.
É preciso um esclarecimento para os leitores leigos na matéria.
Em torno dos 11 anos nos meninos e 10 nas meninas a glândula pituitária libera dois hormônios: o luteinizante (LH) e o folículo estimulante (FSH). O aumento destes hormônios estimula as glândulas sexuais a produzirem hormônios sexuais: os testículos produzem a testosterona e os ovários os estrogênios. São estes hormônios que levam às modificações típicas que ocorrem na puberdade.

O bloqueio da puberdade ocorre quando são administrados agentes do tipo gonadotropin-releasing hormone analogs (GnRHa) (Leuprolide ou Depot Lupron e Supprellin ou Acetato de Histrelina - este, um implante sob a pele da parte interna do braço), que bloqueiam a liberação de LH e FSH pela pituitária, o que interrompe a liberação da testosterona pelos testículos ou dos estrogênios pelos ovários. Portanto, estes agentes suprimem a puberdade e o aparecimento das características sexuais secundárias.
O uso terapêutico destes supressores é indicado em casos de puberdade precoce e em certos tipos de câncer sensíveis à terapia hormonal.
Mas trata-se aqui do uso em jovens “transgêneros” para suprimir as mudanças endógenas da puberdade, as quais muitas vezes pioram a “disforia ou distúrbio da identidade de gênero”, condição em que a pessoa sente que sua identidade de gênero é incompatível com seu sexo biológico real. Isto, no mundo real, significa delírio corporal psicótico. Não sendo exposto aos hormônios sexuais adequados acrescentando-se hormônios do sexo oposto (cross-sex hormones) torna mais fácil atingir a “aparência física desejada”. Também são utilizados em indivíduos adultos no processo de “transição de gênero” com concomitante aplicação de hormônios do sexo oposto. Um contato com a realidade da amputação física e mental de uma parte essencial do desenvolvimento humano e a decepção daí decorrente poderá ter como consequência o exposto no próximo item.
7. As taxas de suicídio são vinte vezes maiores entre os adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de mudança de sexo, mesmo na Suécia, que está entre os países mais afirmativos de LGBQT. Que pessoa compassiva e razoável condenaria crianças a este destino, sabendo que após a puberdade 88% das meninas e 98% dos meninos acabarão por aceitar a realidade e alcançarão um estado de saúde física e mental?
8. Condicionar crianças a acreditar que uma vida inteira de representação química e cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável, é abuso infantil.Endossar discordância de gênero como normal através da educação pública e políticas legais confundirá as crianças e os pais, levando mais crianças a buscar as "clínicas de gênero", onde lhes serão dados medicamentos bloqueadores da puberdade. Isto, por sua vez, praticamente garante que eles vão "escolher" uma vida inteira de hormônios do sexo oposto, cancerígenos e tóxicos, e provavelmente considerar desnecessária a mutilação cirúrgica de suas partes do corpo saudáveis quando adultos jovens.
Michelle A. Cretella, M.D.
Presidente do Colégio Americano de Pediatria
Quentin Van Meter, M.D.
Vice-Presidente do Conselho Americano de Pediatria
Endocrinologista Pediátrico
Paul McHugh, M.D.
Professor Universitário de Psiquiatria da Universidade Johns Hopkins Medical School, detentor de medalha de distinguidos serviços prestados e ex-psiquiatra-chefe do Johns Hopkins Hospital
[*] As considerações de Scruton, altamente recomendáveis, pode ser encontradas em seu artigo Refutando o radicalismo feminista e a ideologia de gênero
  











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CORAÇÕES E MENTES ABERTOS

 por Silas Velozo
Ao zanzar menino nas ruas da cidade com meu pai eu apontava discretamente um chaveirinho na direção de quem considerava pobre ou triste. Era meu talismã, desejando-lhe coisas boas. Como habitou e habitará tantos, a busca da sociedade harmoniosa já me pegava também. Mesmo desconfiando dele, o socialismo me arpoou. Parecia quase tudo evidente: igualdade, oportunidades, justiça, paz e bens a todos. Certo, algumas conexões não se encaixavam, p. ex., a liberdade de agir, se expressar sem ser taxado de pequeno-burguês, as palavras de ordem agressivas propondo paz. Havia também uma suspensão no ar, pois ninguém se atrevia a traduzir em frases claras a magnitude iluminante do que seria um mundo socialista. Ficávamos na concepção genérica do novo mundo. Essas assombrações a gente trancava dum jeito ou de outro nos porões da mente e do coração. Abraçamos a causa com fé. E fé não admite questionamentos. Era um prazer na banguela, despejar noções de um novo mundo sem saber ao certo como ele seria. Me lembro de anos atrás tentar parar o pêndulo dessa ideologia e buscar respostas concretas às minhas dúvidas. Não durou muito a tentativa. Logo chutei tudo pro alto, me agarrando de novo ao prazer do não-pensar. Mas, como tudo mal-acabado, a nódoa crescia.
Uma das primeiras vozes a me fazer virar a cabeça e contemplar outra concepção política foi o então senador Mário Covas, disputando a presidência da república na eleição de 1989. Me aturdiu e me emputeceu no primeiro instante sua fala de o Brasil necessitar de “um choque de capitalismo”. Como assim?! Um cara digno declarando tamanha barbaridade? Fiquei desantenado vários dias. Pingue-pongando a mente depois, meu jeito de analisar as ideias que aterrissam em mim, fui aos poucos descobrindo novas perspectivas e encarando as feridas abertas do socialismo. Travessia difícil. Tantas vezes parei de ler ou nem comecei um artigo expondo as falhas estruturais da esquerda. Mas a curiosidade me atiçava. Voltava, lia o raio do artigo, mesmo espumando de raiva.
Levei anos para desmontar minha esquerdite. E quando ela implodiu tive dores de cabeça, caganeiras, deprês, gripes violentas, sinusites, dermatites. O chão sumiu debaixo dos meus pés várias vezes, dias vazios me vararam. Não foi e nunca será fácil abdicar duma pseudocerteza coalhada de boas intenções. Num Brasilão doente então, cheio de defeitos congênitos e vícios encardidos, tomar a mão duma estrada que aparenta não ter tanta dor e promete o paraíso terrestre hipnotiza. Duramente aprendi: as boas intenções apregoadas pelo socialismo se desmancham no ar por incompreender a economia concreta e propor mudanças estressantes e voláteis ignorando a complexidade humana. E também: o alimento superior do ser humano, a liberdade, tem de se entender com a responsabilidade.Doeu, mas cheguei ao patamar de mente e coração mais leves. Xingar o mundo, o sistema, os sacripantas endinheirados nos torna falsamente críticos. Ricos, médios e pobres sempre existirão, a pobreza sendo relativa em cada sociedade. Ou alguém ainda crê nas cúpulas comunistas renitentes no século 21 vivendo como a plebe? Não é com a penumbra marxista que iluminaremos as falhas da civilização. Aos trancos e barrancos a humanidade evoluiu e a base da esquerda clássica ruiu.
Toda essa travessia custosa que eu e tantos tomaram poderia ser abreviada ou nem necessária se tivéssemos lido ao menos os clássicos liberais. Caras como o genial economista britânico Alfred Marshall (1842-1924). De família pobre,desde os 8 anos de idade tomava diariamente ônibus, barco e caminhava a pé através dos mais degradados bairros fabris e cortiços londrinos situados à beira do rio Tâmisa, pensando em ajudar aquela gente um dia. Marshall contemplou o semblante dos pobres durante toda sua vida.Numa época onde a economia havia chegado ao impasse de achar natural a prosperidade crescer na mesma proporção da pobreza, foi dele a inspiração a reverter essa sina: “O melhor remédio para os salários baixos é uma educação melhor”, proclamou, pois levaria ao aumento da produtividade e consequentemente da renda dos trabalhadores. Ao contrário de Marx, que supôs a competição fazer convergir os salários dos trabalhadores qualificados e sem qualificação ao nível da subsistência, Marshall observou o contrário, pois os trabalhadores especializados já estavam ganhando mais que os não qualificados. Não bastasse esse instante bacana, foi um dos primeiros a apoiar o voto e o estudo feminino, inclusive incentivando sua esposa a cursar faculdade, algo impensável às mulheres daquele tempo e ser favorável à criação dos primeiros sindicatos. 24 anos mais jovem que Marx, de quem foi contemporâneo, Marshall achava o capitalismo a solução, não a fonte do impasse econômico e social, e que este devia ser aprimorado, não demolido.
Acredito que existam no mundo poucas coisas com maior capacidade de conter poesia do que a tabela de multiplicação... Se for possível conseguir capital mental e moral para crescer a alguma taxa anual, não haverá limites para o avanço que se poderá obter; se pudermos lhe proporcionar aquela força vital que tornará aplicável a tabela de multiplicação, isso se tornará uma pequena semente que se transformará numa árvore de tamanho ilimitado (escreveu no livro “Leituras para as mulheres”, de 1873). “O mundo se move, mas o ritmo com que ele se move depende de quanto pensamos por nós mesmos”, disse também na época.
O socialismo e o comunismo deram errado por si próprios. Além de Marshall, seus defeitos congênitos foram estampados por outros dois geniais economistas e filósofos liberais austríacos, Ludwig von Mises (1881-1973), em artigos para jornais já em 1920 e aprofundados no seu livro “Liberalismo”, publicado em 1927, e Friedrich August Hayek (1899-1992), Prêmio Nobel de Economia em 1974, que publicou obras sobre o tema endossando o premeditado fracasso da esquerda radical, concretizado em 1989 com o colapso da União Soviética e leste europeu, e de certo modo da China, que adotou o capitalismo de estado depois das frustradas tentativas de estatização total na era Mao-Tsé-Tung e de sua esposa sucessora.Assim, duramente ou não, é preciso aprender:
. a produtividade despencará sem economia de mercado; sendo este volátil e transformador, não pode ser conduzido por burocratas e padrões rígidos;
. os cidadãos devem ser iguais perante a lei e, dentro do possível, com chances semelhantes de oportunidades, mas a igualdade econômica é uma falácia contraproducente, pois tira das pessoas seu desejo de ascensão material e espiritual, não reconhece a diversidade humana e o mérito, e conduz a sociedade ao empobrecimento;
. prescindir dos empreendedores privados significa desperdiçar energia, progresso e dinamismo econômico e social. É da natureza humana haver pessoas desejosas de tocar o próprio negócio sem ter de seguir ordens. São eles que alavancam a economia, cabendo ao Estado prover justiça a todos e liberdade de mercado para evitar monopólios e protecionismos;
. os gastos da classe rica com luxo têm de ser mirados pela ótica da inovação e do perfeccionismo. Há pouco mais de 20 anos, possuir telefone no Brasil era um luxo: minha mulher chegou a vender um VW fusca paracomprar uma linha telefônica. E no seu início, os celulares eram artigos de ricos, sem contar os banheiros nas casas, carros, computadores, eletrodomésticos, etcéteras;
. detonar o capitalismo, como proposto pelos socialistas e comunistas, além de estressante e antieconômico, rouba das pessoas sua capacidade crítica, pela incapacidade de discernir realmente o que precisa ser aprimorado na sociedade, aniquilando aí a promessa de fraternidade, já que o tal novo mundo viria embasado em destruição do mercado, a mais antiga instituição de relacionamento humana;
. por ser centralizada na raiz e dirigida por partido único, uma sociedade planificada é geneticamente ditatorial, não permitindo o livre fluxo de ideias, desprezando a liberdade individual e a diversidade;
. os arremedos supostamente evolutivos da esquerda clássica, como o estatismo, onde o Estado intervém em menor escala na economia e nas esferas da vida privada dos cidadãos, embora menos deletérios, também agridem a natureza humana e empobrecem material e criativamente a sociedade;
. não existe luta de classes. Qualquer ser humano com um mínimo de respeito ao seu semelhante não aparta as pessoas por sua posição social. Apesar da inveja que atiça alguns, a maioria sabe de suas limitações e que possuir bens materiais depende de trabalho, talento, estudo, determinação... ou sorte, se fulano ganha na loteria ou recebe uma herança. Assim como alguns desejam ser patrões, há muito mais outros ansiando por emprego, pois não querem ou não dão conta da responsabilidade de ter o próprio negócio;
. o historicismo fatalista – teimoso na ideia errada de que a civilização caminha inexoravelmente para o totalitarismo – inexiste de fato, pois não cabe à ciência prever o futuro a longo prazo, mas sim fazer projeções não-taxativas a curto prazo. Quem faz a História são as pessoas, sujeitas portanto a todos graus de decisões racionais ou não;
. relativizar o direito, colocando-o como benesse estatal também enseja sua deformação, por submetê-lo aos humores do estado. O direito individual, pelo qual a humanidade tanto lutou, não pertence a ninguém, a não ser a cada cidadão. Se o estado ferir esses direitos, naturalmente cabe ao indivíduo interpor ação jurídica contra tal desfeita, sem o temor de ser punido por estar supostamente contra a “revolução”, a sociedade ou seja lá o quê;
. a propriedade privada não é apenas o esteio econômico por si sóde uma sociedade aberta. Ela oferece segurança e confiança aos cidadãos, dando-lhes estabilidade diante de uma natureza ao mesmo tempo generosa e cruel;
. a divisão do trabalho, a qual Marx (de novo!) combateu, proporciona especialização, interconexão social, disseminação e variedade de bens e serviços a amplas margens das populações, que anteriormente nem podiam sonhar em obtê-los;
. a felicidade advém de conquista pessoal, desafio de cada ser vivente. O estado pode e deve oferecer condições propícias a isso, tornando a vida em sociedade segura e fluida, fazendo bem o que lhe compete através de serviços públicos dignos e livre mercado. Mais que isso é promessa vã, invasão emocional na psique dos cidadãos.Felicidade é um bem íntimo, impossível de ser replicado por decreto;
. sem economia de mercado não há um sistema de preços funcional, essencial para alcançar uma alocação racional dos bens de capital para usos mais produtivos. O socialismo falha porque a demanda não pode ser conhecida sem preços estabelecidos pelo mercado, ou seja, não há como precificar produtos e serviços;
. a mais-valia, ou seja, o lucro obtido exclusivamente sobre as horas de serviço dos trabalhadores foi outra concepção errada de Marx. Também a gestão eficiente, o aumento da produtividade através de novas rotinas de trabalho e inovações tecnológicas, oportunidade de negócios e demanda por bens e serviços geram lucro. O suor dos trabalhadores tem de ser dividido com todos esses outros vetores.
Por trás do pensamento socialista-comunista há sempre uma essência dadivosa, claro. Só pessimamente direcionada. Não ajudamos os pobres dilatando a pobreza, estendendo-a a quase toda a sociedade (pois a cúpula sempre terá privilégios além do alcance dos mortais). Subtrair a liberdade de ir e vir, de se expressar, de empreender denota pobreza também, ao roubar das pessoas sua capacidade de decidir suas vidas por si próprias. Ainda não experimentamos o real liberalismo no Brasil – livre mercado, poderes verdadeiramente soberanos, prestação de contas do dinheiro dos contribuintes, justiça para todos independente do status social, serviços públicos dignos, empreendedorismo realizável, menos impostos, ambiente de negócios desburocratizado,infra-estruturas dignas, etc. Vivemos num país monopolista, estatista e cartorial desde as capitanias hereditárias, obviamente com algumas ilhas de exceção.Toda essa malévola teia de relações espúrias entre estado e grandes empresários desvendada pela operação Lava-Jato (tirando seu caráter único de crime organizado desenvolvido pelo governo petista e aliados) permeia nossa história nacional. Ficou patente a necessidade de diminuir o tamanho do estado, tornando-o eficiente, responsável financeiramente, respeitável, menos sujeito a corrupção e ao toma-lá-dá-cá político nefasto. A direita, que tanto esperneamos contra, precisa ser compreendida como projeto político-econômico-social viável, produtivo e distributivo de renda, na medida em que faz a economia fluir, gera empregos e facilita o crédito também à população mais pobre.E a esquerda precisa evoluir, entender e aceitar a diversidade de ideias que fecundam a civilização e acatar o livre mercado como suporte de toda sociedade sadia. Essa compreensão pode ser hoje nosso talismã. Sem abrir corações e mentes, deixando o orgulho e a vaidade para trás, não avançaremos discussão nenhuma no Brasil.
E já perdemos tempo demais.
  








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JUSTIÇA SUSPENDE PROPAGANDA DO GOVERNO FEDERAL SOBRE OLIMPÍADA

No mesmo dia em que, no Diário Oficial da União, a presidência da República editava medida provisória transferindo R$ 100 milhões do orçamento da Eletrobrás para ações de comunicação institucional e publicidade de utilidade pública, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF) determinou a suspensão da campanha “Somos Todos Brasil”, voltada à Olimpíada do Rio de Janeiro. A decisão teve como base recurso do Ministério Público Federal de Goiás, que entendia haver viés político na propaganda do governo federal sobre os Jogos. Surpreendente, não?
O site UOL sobre os Jogos Olímpicos detalha a notícia informando que o desembargador federal Souza Prudente, relator do recurso, considerou que houve "desvio de finalidade da campanha publicitária, na medida em que, subliminarmente, estaria a divulgar ações governamentais imbuídas de caráter de marketing político-partidário". O desembargador relator acrescenta que a peça publicitária "serviria de solução ou, até mesmo, ocultação para os graves e nefastos problemas de ordem moral, social, política, econômica e administrativa enfrentados atualmente pelo país".
Em caso do não cumprimento imediato da decisão, o TRF1 determinou a aplicação de multa pecuniária no valor de R$ 1 milhão por dia de descumprimento.
Em reportagem do UOL Esporte de 10 de fevereiro, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou que a campanha tem por objetivo mostrar que "os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 são uma conquista de toda a nação, além de promover o envolvimento e despertar o sentimento de pertencimento de mais de 200 milhões de brasileiros".
A peça publicitária já consumiu mais de R$ 25 milhões. E, para o mesmo fim, o governo estava destinando mais R$ 100 milhões. Em plena crise!
Já o Ministério Público de Goiás apresentou em sua denúncia que a campanha omite informações sobre gastos públicos e que passa a falsa impressão de que todos brasileiros estão empolgados com a competição.
Confira trechos do documento do MPF/GO à Justiça contra a campanha publicitária, ainda segundo o UOL:
Compreende-se que o governo federal, usando de tom ufanista, patriótico, nacionalista, cívico, na referida campanha, atua com a finalidade de imprimir na percepção da sociedade brasileira a marca “Somos Todos Brasil”, vinculando-a à realização da Olimpíada na cidade do Rio de Janeiro, que supostamente trará muitos benefícios para todo o Brasil, para cada um dos mais de 200 milhões de brasileiros. Como se a realização de tal evento tivesse o condão de apagar da vida dos milhões de brasileiros todos nefastos efeitos causados pelas catástrofes econômica, administrativa, social, política, moral que assolam o país.
É indisfarçável, contudo, que a mencionada campanha contém velada desinformação, à medida que, segundo a sua mensagem, inferese que a organização do evento ter-se-ia transcorrido perfeitamente: todas as ações, programas e políticas públicas correlatos ter-se-iam planejados e executados completa e adequadamente; não teria havido desperdício nem desvios de recursos públicos; os “Jogos Rio 2016” proporcionariam exclusivamente resultados positivos para o país; existiria unânime aprovação do evento; enfim, todos os brasileiros já estariam unidos, vestindo o uniforme de atleta ou de torcedor, esperando apenas o momento de comemorar, sambar, festejar o Brasil, como ‘nunca antes na história deste país’.”




VOCÊ ACHA QUE IRRESPONSABILIDADE FISCAL NÃO É NADA?

O Brasil é o país que mais desemprega no mundo.   Carta de Conjuntura ITV - Abril 2016
Síntese: Em 2015, o Brasil tornou-se o país que mais gerou desempregados em todo o mundo. O país viveu uma reversão no mercado de trabalho como nenhuma outra nação, em análise que leva em conta 59 principais países. A economia brasileira é hoje a terceira com mais desempregados, atrás apenas das superpopulosas China e Índia. Países que sofreram com a crise global de 2008 hoje exibem expressiva geração de postos de trabalho: no ano passado, os EUA liderou a redução do número de desempregados. Em termos relativos, o Brasil também aparece mal na lista: a taxa de desemprego aumentou 2,5 pontos, abaixo apenas da Nigéria, atolada em guerra civil.
No primeiro ano do segundo mandato de Dilma Rousseff, o Brasil tornou-se detentor de um triste título: o país que mais gera desempregados em todo o mundo. A constatação vem de levantamento feito a partir de estatísticas relativas ao mercado de trabalho em 59 países referentes ao ano de 2015. O Brasil lidera a lista com 2,6 milhões de novos desempregados.
Em 12 meses, o total de desempregados no país passou de 6,5 milhões para os 9,1 milhões registrados em dezembro último, de acordo com a Pnad Contínua, do IBGE. Nenhuma outra nação do mundo sofreu reversão tão abrupta no mercado de trabalho em tão pouco tempo. O Brasil aparece no ranking à frente de países cuja situação política, econômica e social é muito mais conturbada que a nossa.
O segundo lugar da lista é ocupado pela Nigéria, que sofre com o terrorismo do grupo radical Boko Haram. Lá 2,4 milhões de pessoas perderam o emprego em 2015, ou seja, quase 10% menos que no Brasil. Em seguida, estão a Rússia (276 mil novos desempregados), país que amarga sanções internacionais e queda nas cotações de suas principais matérias-primas, e o Irã (261 mil), que só agora está conseguindo se livrar de um embargo econômico internacional.
O levantamento sobre a situação do mercado de trabalho no mundo foi feito pelo Instituto Teotônio Vilela a partir de estatísticas, informações, dados e estimativas oficiais disponibilizadas por Banco Mundial, OIT, CIA e pelo site de monitoramento internacional Trending Economics.
O estudo considera todos os países da União Europeia, todos os 34 membros da OCDE, as economias mais desenvolvidas, os emergentes e todas as nações da América do Sul, exceto a Bolívia (que ainda não dispõe de estatísticas para 2015 nas bases utilizadas).
Demissões aqui, contratações lá fora
O governo brasileiro costuma apontar a "crise internacional" como principal razão para os retrocessos econômicos e sociais no país - e, em especial, de sua manifestação mais danosa, o desemprego. No entanto, nações que experimentaram quedas muito mais agressivas na atividade produtiva na sequência da quebradeira global de 2008/2009 exibem hoje situação oposta à do Brasil, ou seja, geram empregos - e não eliminam.
Nesta situação estão economias como Itália, Espanha, Portugal e Estados Unidos. Epicentro da crise das subprimes, os EUA foram o país onde o número de desempregados mais caiu no ano passado, com 1,4 milhão a menos. Outros exemplos: Espanha (-714 mil desempregados), China (-504 mil) e Grécia (-111 mil). A Europa como um todo reduziu seu contingente de desocupados em 2 milhões de pessoas em 2015, de acordo com a OIT.
Quinto país mais populoso do mundo, o Brasil é hoje o terceiro em número absoluto de desempregados, atrás apenas de China e Índia, cujas populações são entre seis e sete vezes maiores que a brasileira. No ano passado, com a ascensão do desemprego aqui, ultrapassamos dois países, EUA e Indonésia, neste ranking. Mesmo com população muito menor, o exército de desempregados brasileiros é somente metade do indiano e um terço do chinês.











Lula sempre ganhou mensalinho da OAS, diz empreiteiro Zuleido Veras:

 o dinheiro era para garantir “a sobrevivência” de Lula. Em troca, o PT ajudava a empresa Por HUGO MARQUES Revista veja

O engenheiro Zuleido Veras conhece bem o ambiente de promiscuidade que existe entre o mundo político e as empreiteiras de obras públicas. Em 2007, Veras foi preso em uma operação da Polícia Federal, acusado de pagar propina em troca de contratos milionários no governo - um roteiro de corrupção muito similar ao do hoje famoso petrolão. ... Dono da construtora Gautama, o empreiteiro ficou doze dias na cadeia, respondeu ao processo em liberdade e, neste ano, o Supremo Tribunal Federal considerou nulas as provas contra ele. Na década de 80, antes de abrir o próprio negócio, Veras ocupou durante dez anos um cargo importante na OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de pagamentos de suborno da Petrobras. Trabalhou ao lado de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS e hoje um dos condenados no esquema de fraudes na estatal. Nesse período, Veras testemunhou o início de um relacionamento que pode explicar muito sobre alguns eventos ainda em apuração na Operação Lava-Jato.

Além dos golpes contra a Petrobras, Léo Pinheiro está sendo investigado por ter pago propina a políticos importantes, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, suspeito de ter recebido de presente da empreiteira um tríplex numa praia do Guarujá e a reforma de um sítio em Atibaia, ambos no Estado de São Paulo. Em entrevista a VEJA, Zuleido Veras conta que as relações financeiras entre Lula e a OAS reveladas pela Lava-Jato não o surpreenderam: elas existiam desde que o ex-presidente ainda era apenas um político promissor. O empresário afirma que Léo Pinheiro sempre deu dinheiro a Lula para "sua sobrevivência", valores que hoje ficariam entre "30.000, 20.000, 10.000 reais", e também ajudava "por fora" nas campanhas políticas do ex-­presidente. Em troca, os petistas estendiam a mão aos interesses da OAS. Veras também diz que o petrolão foi criado no governo Lula com a missão de garantir recursos para eleger Dilma.










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"Cristo, olhai pra isto!"

Com Blog do Noblat - O Globo  Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa:
Quem já foi a Pompeia não esquece as cenas da vida cotidiana que o Vesúvio petrificou para sempre. Os habitantes e frequentadores daquela cidade de veraneio próxima a Nápoles, uma das mais lindas e ricas da península, foram apanhados de surpresa e não puderam se postar da maneira como gostariam de ser eternizados.
Já aqui... onde a natureza nos poupou de ter vulcões, o que explode são vesúvios morais que levam ao fim de um governo e à derrocada de um partido político que já foi o mais forte do país.
Mas não há ninguém cuidando da foto que deixará para a História do Brasil.
O problema de dona Dilma é um só: lutar desesperadamente para não perder o Poder, essa ambição que destrói o mundo há séculos. Ela parece não se preocupar com a imagem que deixará.
Discursando mais nos últimos dois meses do que nos cinco anos em que está na tal cadeira à qual se aferra como craca, ela só sabe dizer que tudo aquilo de que é acusada é farsa, traição, atentado à Constituição. Só não explica o que fez e porque o fez, só não responde com provas que desmintam aquilo de que é acusada.
Às vésperas de ter que largar o cargo, ela e seu partido resolveram que vão fazer o possível e o impossível – vão novamente fazer o diabo? - para perturbar e prejudicar o governo que virá substituí-la.
Se amasse o Brasil como diz amar, agora seria o momento de provar esse amor e pensar mais no país do que na manutenção da caneta.
É natural, é humano que dona Dilma não deseje tudo de bom a Michel Temer. Mas é de um egoísmo brutal ela se dedicar a fazer o possível para complicar o governo de seu sucessor, posto que isso prejudicará a vida de todos nós.
Dona Dilma, num dos seus últimos palanques, cita Eduardo Cunha como o "pecado original" do impeachment. Taí, ele é mesmo culpado de muitas coisas que, se Deus quiser, serão investigadas e ele receberá a punição que merece.
Mas se há uma coisa da qual ele é absolutamente inocente é o fato dela ter sido colocada lá na tal cadeira. Disso, desse crime abominável, só é culpado o ex-presidente Lula. E menos culpado ainda é Cunha dos erros que ela cometeu.
Dona Dilma confirmou à excelente jornalista Christiana Amampour, da CNN International, que não é um animal político. Disso Lula não pode se valer: ele é sobretudo um animal político e, portanto, duvido que ele não perceba que ao tentar destruir o governo que vai suceder o atual, ele vai é acabar de destruir o Brasil.
Não acredito que Lula concorde com Rui Falcão quando ele conclama os militantes a ocupar as ruas e criar o máximo de tumulto que consigam. Tenho medo que eles só se satisfaçam com grandes tumultos. Eles são bem capazes de vibrar com isso.
Todavia, Lula sabe que isso não somente não salvará o mandato de Dilma Rousseff, como sabe que isso fará com que o PT vire pó nas próximas eleições.
Pode ser que as palavras de Rui Falcão iludam dona Dilma e a militância petista. Mas duvido muito que iludam Lula.
Nós, cidadãos que estamos sofrendo os malfeitos do lulopetismo, não vamos deixar que o Brasil se ferre. Vamos apoiar o afastamento de Dilma Rousseff pelo bem do Brasil. Com as bênçãos do Cristo.
Para concluir: tenho cá para mim que Lula deveria ouvir mais dona Marisa. Ela bem que o alertou...
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"O carcará e o ratinho"

 José Nêumanne:
O sobrenome Calheiros tornou-se notório no noticiário policial dos telejornais no começo dos anos 1980, mercê do conflito sanguinário iniciado com a morte de Henrique Omena, cabo violento da truculenta PM alagoana. O prenome Renan, em homenagem ao grande historiador francês das origens do cristianismo, ganhou mais notoriedade ainda depois que os tiroteios cessaram, talvez, quem sabe, por escassez de vivos a tocaiar.
Tudo isso se passou à sombra do alagoano nascido no Rio de Janeiro Fernando Affonso Collor de Mello, quando este, dito “Carcará Sanguinolento”, foi eleito presidente da República no fim daquele mesmo decênio. Tendo o já então ex-chefe sido deposto, contudo, o antigo faz-tudo estava fora do bando, servindo a outras bandas da política pelas mãos de Zé de Ribamar, dito Sarney, maestro da velha UDN, da Arena da ditadura e do PMDB da resistência. E lá foi Renan ser ministro da Justiça do tucano Fernando Henrique Cardoso e presidente do Senado pelo PMDB, na base de apoio de Lula e Dilma Rousseff, aos quais serviu com astúcia, eficiência e sucesso. Teve de renunciar à presidência do Senado, ao protagonizar escândalo em que foi acusado de receber propina de empreiteira para sustentar uma filha e a mãe dela numa relação fora do casamento. Mas ele voltou por cima e neste momento preside o julgamento do impeachment da quase ex-presidente Dilma, posando de varão de Plutarco, mesmo assentado em nove processos sob a égide do procurador-geral da República, Rodrigo Janot – cuja recondução ao cargo foi providenciada por ele no Senado – e do Supremo Tribunal Federal (STF). Não é pouco, mas até agora não lhe causou grande mossa. Afinal, Dilma, alvo do rumoroso processo, ainda hoje trata como inimigo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do mesmo partido de Renan e como ele egresso da base governista. Ainda que a Casa tenha decidido por acachapante votação mandar o processo direto para o colo do solícito anjo da guarda das pretensões de permanência da madama chefona.
Faz tempo que o rebento dos Calheiros, acusados de terem mandado matar o advogado e político Tobias Granja, está a merecer o título de Carcará Sanguinolento. Pois viu o ex-patrão reduzir-se a insignificante ratinho domesticado. De posse da paróquia de São Gregório, por ter consagrado no Congresso a prática de perder mais tempo discutindo prazos do que se inteirando de acusações e provas, fazendo-o vassalo do calendário gregoriano, tornou-se o grande Inquisidor. Em suas mãos repousa o poder de acender a fogueira para incinerar o desastrado desgoverno dilmolulopetiista. Foi assim que o pai do atual governador de Alagoas,  chamado de Renan Filho como convém numa oligarquia nordestina, e eleito sob a sombra paterna e em pleno gozo da herança de abundância da água fresca até no sertão, tornou-se o negociador-mor da República. “O diálogo”, diz ele, “fortalece a democracia”. Renan não é definitivamente um fofo?
Em vez de se ater a fatos e a autos, Sua Excelência passeia pelo Eixo Monumental de Brasília a se reunir com gregos e baianos para produzir o consenso da paz dos cemitérios, em que se enterram empregos e negócios, também denominador comum do qual ele espera tirar proveito político. Principalmente uma anistia por serviços prestados em todos os delitos dos quais é acusado. Renan não privilegiou lado algum: conversou com a presidente prestes a ser processada, com o vice-presidente pronto para ser empossado e com o colega do clã de São João del Rey, na Minas histórica, que ora preside o tucanato emplumado. E essa empalhada empulhação com cara de conciliação nacional na hora da crise e do pugilato teria de começar por um colega de prontuários. O tribuno que chefia a Mesa do Congresso Nacional trocou afagos públicos com Luiz Inácio Lula da Silva. Este é apontado em nota oficial da força-tarefa da popular e impiedosa Operação Lava Jato como um dos “principais beneficiários” da roubalheira que levou a Petrobras à lona e o Brasil às cordas. Foi o encontro do profeta da fome com o faquir da vontade de comer. Ambos, não por acaso, desejam o mesmo fim inglório para a república de Curitiba, chefiada pelo juiz que virou herói no império capitalista pelas páginas do semanário cujo nome significa o tempo todo:Time.
Da conversa de investigados pela polícia e pela Justiça escapoliram cochichos inconfidentes, como a de que Lula flertou com o desvio da Constituição representado pela antecipação de eleições. Mas foi lá mesmo para se alistar como voluntário na empreitada pacificadora de nosso moderno Bernardo de Vasconcelos no interregno entre Primeiro e Segundo Impérios, além de herdeiro de Tancredo Neves, fundador da Nova República, no enterro da ditadura militar. Pouco importa, se no dia anterior àquele em que o ex-líder sindical fumou com ele o cachimbo da paz, o ex-presidente tinha chamado os deputados federais de quadrilheiros que formaram um pelotão de fuzilamento para estraçalhar a tiros de fuzil a Constituição da República. Ensurdecido pelas balas cruzadas entre Omenas e Calheiros ou pela guerra sem quartel de coxinhas contra petralhas, o julgador-mor do destino da Nação no crítico momento presente só tem ouvidos para o bem. Só por isso não percebeu que o interlocutor e sua afilhada, objeto principal do julgamento que comanda, há muito abandonaram tolas veleidades da madureza na defesa da velha e boa democracia burguesa, sob cujo governo o Estado Democrático de Direito se mantém hígido, embora enxovalhado em nossa velha Pindorama de guerra.
O xará do grande biógrafo de Saulo de Tarso já garantiu que vai antecipar a presença do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, seu parceiro no sindicato dos solícitos dos poderosos que estão sendo destronados, para garantir segurança jurídica à decisão a ser tomada pelos 81 senadores. O pior de tudo é que não dá sequer para desconfiar se esta é uma boa providência ou apenas um jeito de o filho de Murici, onde aprendeu muito bem a não deixar que os outros saibam de si, entregar o trapézio a um partner que desperta tanta credibilidade quanto ele próprio. E vai em frente o espetáculo mambembe em que a plateia é atraída pelo cuspe do ator global Zé de Abreu e pela abundância muscular dos glúteos e do silicone que segura as glândulas mamárias da Miss Bumbum da Esplanada.  E Rainha da Xepa do desgoverno que desmancha no ar podre sem nunca ter sido sólido antes.
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PMDB passará a controlar 107 mil cargos comissionados na engrenagem federal

 Com Blog do Josias - UOL
O cargo de Dilma Rousseff não é o único que estará em jogo na sessão do Senado marcada para 11 de maio. Confirmada a tendência de afastamento da presidente da República, os senadores transferirão do PT para o PMDB a administração de uma fila de empregos que inclui 107 mil cargos comissionados —como são chamadas as poltronas cujos ocupantes recebem uma gratificação mensal além do salário.
Os assentos mais cobiçados são chamados de DAS, sigla de “Direção e Assessoramento Superior”. Somam 22,3 mil cadeiras, das quais 6,5 mil são ocupadas por pessoas estranhas ao serviço público, que entram pela janela. Excluindo-se os salários, essas gratificações custam ao contribuinte R$ 886 milhões por ano. E há outras 84,7 mil funções gratificadas. Escondem-se sob um cipoal de cerca de 50 siglas e denominações que dificultam a aferição dos custos.
Os dados foram colecionados pela assessoria técnica do DEM numa pesquisa realizada no Portal da Transparência do governo. O levantamento inclui apenas os órgãos da administração direta, sem estatais. Ainda assim, é muito cargo. Nenhum governo é capaz de preencher todas as vagas apenas com servidores amigos. Mas o poder longevo —13 anos e 4 meses no Planalto— fez do PT o partido que mais exerceu controle sobre essa engrenagem.
A eventual ascensão de Temer à poltrona de presidente oferecerá ao PMDB a oportunidade de realizar algo que um peemedebista ilustre chamou de “despetização da máquina pública.” O procedimento começará pelo Palácio do Planalto. Ali, entre gratificações do tipo DAS e de outras modalidades há 5.860 cargos comissionados.
Desse total apenas 73 estão alocados no gabinete da vice-presidência, onde ainda despacha Michel Temer. Sob o mesmo guarda-chuva escondem-se indícios de anomalias. Por exemplo: A EBC (Empresa Brasil de Comunicação) abriga 425 servidores com gratificação. É quase o mesmo número da Controladoria-Geral da União, que paga gratificação a 510 servidores. Ou da Agência Nacional de Aviação Civil, com 437.
Os parlamentares se mexem freneticamente para encaixar e, sobretudo, manter amigos em assentos confortáveis. Tomado pelos movimentos iniciais, um eventual governo de Michel Temer chegará mais macio do que se imagina. O grosso da superestrutura rolará suave e fisiologicamente de dentro da gestão Dilma para a administração Temer. Mesmo partidos como o mensaleiro PR e o petroleiro PP rolarão de um lado para o outro como lã em novelo.
O PR negocia sua permanência à frente da pasta dos Transportes, que desgoverna desde o governo Lula. A pasta dispõe de 1.964 cargos comissionados. Isoladmaente, o órgão que concentra o maior número é o DNIT: 681. Responsável por rasgar e conservar estradas federais, essa repartição é, historicamente, crivado de corrupção.
Do mesmo modo, sem prejuízo de outros troféus que o PMDB cogita lhe entregar, também o PP trabalha para manter sob seus domínios a cobiçada pasta da Integração Nacional, com 1.479 cargos comissionados. Mais do que os 1.022 comissionados da Polícia Federal,
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"A opinião como patologia"

 Nelson Motta: O Globo
Hoje até mendigos têm celulares, mas a Anatel fala em telefonia fixa. Vai investir em orelhões? Em internet discada?


Temos uma das piores e mais caras internets do mundo, somos 93º lugar entre as mais lentas. Mas acumulamos R$ 19,4 bilhões em impostos pagos por empresas e usuários ao Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que a Anatel diz que só podem ser gastos com... telefonia fixa! Num tempo em que até mendigos têm celulares, com uma banda larga precisando de investimentos maciços, os caras vêm falar em telefonia fixa? Vão investir em orelhões? Em internet discada?
Ah, é a lei. Então mude-se a lei, porque foi mal feita (certamente para beneficiar algum grupo), e as necessidades mudaram, mudou o interesse público. Para isto existem parlamentares que têm informação e participação na legislação, no desenvolvimento e na liberdade da internet, que são vitais para a democracia. Os desconectados serão os analfabetos do futuro.
Mas, hoje no Brasil, analisar argumentos, pesar consequências, equilibrar pontos de vista com a realidade, e mudar de opinião... está proibido. É coisa de traíra, adesista, vendido. Se alguém muda de opinião, é logo suspeito de ter levado algum, de ter sido cooptado ou comprado: os acusadores medem os outros por eles mesmos. E nunca vão mudar de opinião: sobre os outros.
O psicólogo americano Leon Festinger (1919-1989) explica: “Diga que discorda, e ele lhe dará as costas. Mostre fatos ou números, e ele questionará suas fontes. Apele para a lógica, e ele será incapaz de entender seu raciocínio.”
Na sua famosa “Teoria da dissonância cognitiva”, ele mostra como “uma pessoa de convicções profundas se torna incapaz de mudar de opinião diante de contradições: é imune a evidencias e argumentos racionais.”
No Brasil, a teoria se confirma. Com velhos conceitos e métodos primitivos, querem interditar a circulação de ideias, em favor da militância cega e surda, baseada em fatos e teorias que já foram desmentidos, ou confirmados, pelo tempo e pela história.
Dissonantes cognitivos andam em bandos, se alimentam de verbas públicas e são fiéis ao erro, persistentes no autoengano e determinados em repetir fracassos. Seu habitat natural é o Planalto Central.



















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"Nuvens no STJ",

editorial da Folha de São Paulo
Citada com bastante frequência, a frase de um juiz da Suprema Corte americana mesmo assim merece ser relembrada. "A luz do sol é o melhor desinfetante", dizia Louis Brandeis (1856-1941), talvez sem imaginar quanto da máquina estatal seria necessário expor aos efeitos purificadores da publicidade.
O valor da transparência só fez crescer desde que a tese foi enunciada, uma vez que também se expandiram a abrangência e a complexidade do sistema público.
Some-se a isso a multiplicação dos meios cibernéticos de pesquisa e talvez estejamos vivendo espécie de "crise de transparência", cujo efeito tende não só a uma purificação de longo prazo mas também a uma intensa –e, espera-se, provisória– sensação de desalento.
Nada se diga (desta vez) a respeito dos políticos brasileiros. Autoridades investigativas e da Justiça têm procurado derrubar e punir os abusos no trato do dinheiro público e as pretensões dos que, no governo ou na oposição, ostentam seu moralismo de fachada.
Devido a esse importante papel no combate à corrupção, as instituições ligadas à esfera do Judiciário têm sido vistas pela população com muito mais respeito do que as associadas aos demais Poderes.
Até mesmo por isso, provoca inconformismo e mal-estar a notícia, publicada nesta Folha, de que 10 dos 33 ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) têm filhos ou mulheres advogando em causas julgadas pela própria corte.
A suspeição que essa circunstância projeta sobre o STJ não é negligenciável; para a corregedora nacional de Justiça, Nancy Andrighi, trata-se de "uma das mais nocivas práticas existentes" no Judiciário. Torna-se ainda mais grave, naturalmente, quando envolve um dos tribunais mais relevantes do país.
Verdade que resolução do Conselho Nacional de Justiça, reafirmada no novo Código de Processo Civil, proíbe expressamente que magistrados votem em processos de interesse de cônjuges e parentes.
Ainda que a vinculação possa ser indireta num colegiado de 33 membros, abre-se a possibilidade de um cruzamento de favores: o pai de um advogado no processo X vota no julgamento Y, em que milita a esposa de um colega –e este retribui a gentileza.
Constitui-se uma rede de comprometimentos familiares e estamentais, viciando um sistema que deveria ser marcado acima de tudo pelo equilíbrio e pela isonomia.
Talvez seja impossível impedir essa rede de compadrio, pois sempre pode se formar com laços cada vez mais remotos. O mínimo, entretanto, seria um controle mais efetivo quanto a impedimentos diretos, que, hoje, às vezes passam em brancas nuvens no tribunal.
A luz do sol, como se vê, chega em boa hora ao STJ.
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"Onze na cabeça"

Folha de São Paulo  Ruy Castro:
Em conversa com uma amiga bem informada, fã de literatura, Carnaval e futebol, descobrimos que, embora assistisse pela TV aos jogos da seleção brasileira e do seu clube de coração, o Fluminense, ela não sabia escalar nenhum dos dois. Da seleção, lembrava-se de Neymar, claro, e de David Luiz, Daniel Alves, Hulk e olhe lá. E, do Fluminense, além de Fred, só lhe vinham à cabeça Diego Cavalieri, Gum e Magno Alves – talvez por já serem tão móveis e utensílios do tricolor quanto os vitrais das Laranjeiras.
"O Millôr [Fernandes] dizia que a Academia Brasileira de Letras se compunha de 39 membros e um morto rotativo", ela explicou. "Com a seleção e com os nossos times, é parecido. Cada qual tem, digamos, um craque e dez japoneses rotativos. De seis em seis meses trocam quase todos, não dá para gravar".
Em compensação, nem vacilou quando a desafiei a escalar os membros do STF (Supremo Tribunal Federal). De estalo, desfiou-os como se formassem um time: 
"Lewandowski; Celso de Mello, Teori, Fachin e Luiz Fux; Cármen Lúcia, Rosa Weber e Gilmar Mendes; Barroso, Toffoli e Marco Aurélio Mello". E, como se falasse de futuras estrelas dos Jogos Olímpicos, citou também o juiz Sergio Moro, o procurador-geral Rodrigo Janot e os procuradores Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima.
Minha amiga não será a única a saber de cor os nomes desses juízes e a identificá-los em fotografias. Com exceção dos apresentadores do noticiário e dos atores da novela, eles devem ser atualmente os rostos mais conhecidos do país.
No Brasil de outros tempos, em que o governo estava sempre na iminência de meter a mão no nosso bolso, era importante saber o nome do ministro da Fazenda. Hoje, o povo torce por aqueles que — ele espera — o redimirão do que vê como anos de putrefação da vida nacional.
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A quem interessa incendiar um país quase falido?

Moacir Pimentel
Enquanto o governo Dilma Rousseff agoniza em praça publica e o vice-presidente Michel Temer vai montando um novo Ministério à espera do impeachment inevitável, uma onda de vandalismo e acampamentos contra o “golpe” fictício varre o País, prejudicando ainda mais a economia e aumentando as legiões de desempregados, embora fazendo o lançamento do novo discurso das esquerdas progressistas, hipoteticamente a favor dos trabalhadores, no estilo louco de hospício.
A baderna é protagonizada por pequenos grupos de pelegos, mas é suficiente para infernizar a vida de quem ainda tem trabalho e quer exercer seu direito de ir e vir.
Ateando fogo em pneus, pedaços de madeira e sacos de lixo, esses marginais promovem o caos visando a sobrevivência política e as boquinhas nas próximas eleições , sabe-se lá quando.
RADICALIZAÇÃO
Como essa radicalização em nada pode ajudar os brasileiros desempregados – é o maior drama do país, mas não aparece nas faixas e cartazes exibidos nos protestos – os patrões dessa gente que para fazer fogueiras ganha R$ 50/dia mais pão com mortadela, certamente estarão perdendo muitos de seus antigos votos.
Ao tentar incendiar o país que levaram à falência, os petistas não pensam nas vítimas do desemprego e da paralisia econômica patrocinadas por seus líderes incompetentes, não ajudam o povo brasileiro com imagens e histórias assustadoras e comoventes de quem, de uma hora para outra, tem que lutar apenas pela sobrevivência, assistindo ao contínuo fechamento de lojas e fábricas e os respectivos postos de trabalho.
NA VIDA REAL…
Será que os petistas em Brasília, que já estão esvaziando as gavetas da administração, não se sensibilizam com estas cenas da vida real? São dois Brasis diferentes, que cada vez mais se afastam um do outro, e ainda que paguemos o pato, as cabeças que estarão rolando no abismo não são as nossas. São as dos “cumpanheiros”.
Que cavem bem fundo a cova de seu futuro político. Que caprichem no fogo, nos pneus, na insanidade , no buraco negro da radicalização. E que a terra lhes seja leve.






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