#juntosvamosmudarbrasilia
Por Jorge Serrão -
Apenas
no primeiro semestre deste ano reeleitoral de 2014, a Petrobras torrou
R$ 181.706.865,77 em publicidade. O valor de seis meses é superior ao
montante total gasto durante o ano de 2013: 169.137.320,32. Tamanha
gastança agora é uma arma da campanha de Marina Silva para desmoralizar,
completamente, a gestão petista de Dilma Rousseff na Petrobras.
Curiosamente,
os números oficiais que serão usados e abusados na campanha socialista
contra os petistas foram passados, oficialmente, pela presidente da
Petrobras, Maria das Graças Foster, uma das melhores amigas de Dilma.
Graça enviou tais informações ao deputado socialista Júlio Delgado,
membro da CPMI da Petrobras, no último dia 10 de julho, através do
ofício “Pres 036-2014”, com cópia também passada ao senador Vital do
Rêgo, que preside a comissão parlamentar de inquérito.
O
vazamento do documento no Senado é mais um capítulo para colocar Graça
em desgraça perante a amiga que perde a graça no comando do imperial do
Palácio do Planalto. A campanha de Marina já definiu que um dos pontos
para ataque direto, sem defesa, ao PT é a gestão sobre as empresas
estatais (de economia mista). Os socialistas já pregam, em documentos de
campanha, que não vão reeditar prejuízos na Petrobras e Eletrobras,
usando-as como instrumento de política macroeconômica, para segurar
preços de tarifas de combustíveis e energia.
Depois
da bem sucedida ação de levou Marina a alçar voo – depois da queda
trágica do avião de Eduardo Campos (que, em breve, só os amigos e
familiares lembrarão de quem se tratava) -, agora o foco é atacar os
pontos mais frágeis do governo petista. Petrobras e Eletrobras estão
eleitas como “alvos preferenciais”. A mídia amestrada, aliada de Marina,
vai começar a detonar “bombas” contra as estatais. A CPMI da Petrobras,
que parecia esfriada, pode ser aquecida pela tática de guerrilha dos
socialistas para, se possível, derrotar Dilma já no primeiro turno.
A
campanha de Marina também vai jogar pesado na questão da política
econômica – calcanhar de Aquiles de Dilma. A intenção é conseguir mais
apoio político e financeiro do “deus mercado” (do qual Marina se
transformou em seguidora fidelíssima, assim que se tornou viúva política
do neto de Miguel Arraes). Marina vai insistir na toada de que fará a
“independência do Banco Central do Brasil”, vai trabalhar com “metas de
inflação críveis”, vai liberar geral o câmbio, promoverá um sistema de
superávit primário sem contabilidade criativa.
A
petralhada anda mais apavorada que nunca. O principal temor é que a
“onda” Marina se transforme em um “tsunami”. Na avaliação petista, o
comando de campanha do adversário Aécio Neves já jogou a toalha. Por
isso, a ordem agora é bater forte em Marina e poupar Aécio. Se o neto de
Tancredo Neves perder mais eleitorado, que migra para Marina, a
reeleição de Dilma fica inteiramente sob risco. Por isso, a marketagem
petralha já começou a atacar as “palestras e consultorias milionárias”
recebidas por Marina em eventos empresariais.
O
perigo é que Marina devolva o ataque na mesma moeda. Afinal, o chefão
Luiz Inácio Lula da Silva, o Presidentro da Dilma, também capta recursos
da mesma forma... Assim, no fogo contra fogo, petistas e socialistas
podem sair chamuscados. Mas o prejuízo maior fica, certamente, com o PT –
que já tem saída agendada do poder. A Oligarquia Financeira
Transnacional, e seus tentáculos tupiniquins, já decidiram que Marina
será a vencedora.
Marina
é uma incógnita de alto risco. Acima de tudo, sempre foi uma radical
chic de esquerda, com discurso ambientalista. Marina não tem experiência
administrativa, além de ter sido ministra de Lula – hoje seu
“amigo-inimigo”. Seu eventual governo terá de negociar com a mesma base
aliada e com a máquina aparelhada pelos petistas. Os acordos custarão
muito caros. O risco de uma reedição de instabilidades, iguais ou piores
que no governo Collor de Mello, é uma hipótese factível.
FONTE OCC ALERTABRASIL
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