Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Campanha de Marina condena gastos publicitários e desmandos na Petrobras para arrasar Dilma

#juntosvamosmudarbrasilia

Por Jorge Serrão -
Apenas no primeiro semestre deste ano reeleitoral de 2014, a Petrobras torrou R$ 181.706.865,77 em publicidade. O valor de seis meses é superior ao montante total gasto durante o ano de 2013: 169.137.320,32. Tamanha gastança agora é uma arma da campanha de Marina Silva para desmoralizar, completamente, a gestão petista de Dilma Rousseff na Petrobras.
Curiosamente, os números oficiais que serão usados e abusados na campanha socialista contra os petistas foram passados, oficialmente, pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, uma das melhores amigas de Dilma. Graça enviou tais informações ao deputado socialista Júlio Delgado, membro da CPMI da Petrobras, no último dia 10 de julho, através do ofício “Pres 036-2014”, com cópia também passada ao senador Vital do Rêgo, que preside a comissão parlamentar de inquérito.
O vazamento do documento no Senado é mais um capítulo para colocar Graça em desgraça perante a amiga que perde a graça no comando do imperial do Palácio do Planalto. A campanha de Marina já definiu que um dos pontos para ataque direto, sem defesa, ao PT é a gestão sobre as empresas estatais (de economia mista). Os socialistas já pregam, em documentos de campanha, que não vão reeditar prejuízos na Petrobras e Eletrobras, usando-as como instrumento de política macroeconômica, para segurar preços de tarifas de combustíveis e energia.
Depois da bem sucedida ação de levou Marina a alçar voo – depois da queda trágica do avião de Eduardo Campos (que, em breve, só os amigos e familiares lembrarão de quem se tratava) -, agora o foco é atacar os pontos mais frágeis do governo petista. Petrobras e Eletrobras estão eleitas como “alvos preferenciais”. A mídia amestrada, aliada de Marina, vai começar a detonar “bombas” contra as estatais. A CPMI da Petrobras, que parecia esfriada, pode ser aquecida pela tática de guerrilha dos socialistas para, se possível, derrotar Dilma já no primeiro turno.
A campanha de Marina também vai jogar pesado na questão da política econômica – calcanhar de Aquiles de Dilma. A intenção é conseguir mais apoio político e financeiro do “deus mercado” (do qual Marina se transformou em seguidora fidelíssima, assim que se tornou viúva política do neto de Miguel Arraes). Marina vai insistir na toada de que fará a “independência do Banco Central do Brasil”, vai trabalhar com “metas de inflação críveis”, vai liberar geral o câmbio, promoverá um sistema de superávit primário sem contabilidade criativa.
A petralhada anda mais apavorada que nunca. O principal temor é que a “onda” Marina se transforme em um “tsunami”. Na avaliação petista, o comando de campanha do adversário Aécio Neves já jogou a toalha. Por isso, a ordem agora é bater forte em Marina e poupar Aécio. Se o neto de Tancredo Neves perder mais eleitorado, que migra para Marina, a reeleição de Dilma fica inteiramente sob risco. Por isso, a marketagem petralha já começou a atacar as “palestras e consultorias milionárias” recebidas por Marina em eventos empresariais.
O perigo é que Marina devolva o ataque na mesma moeda. Afinal, o chefão Luiz Inácio Lula da Silva, o Presidentro da Dilma, também capta recursos da mesma forma... Assim, no fogo contra fogo, petistas e socialistas podem sair chamuscados. Mas o prejuízo maior fica, certamente, com o PT – que já tem saída agendada do poder. A Oligarquia Financeira Transnacional, e seus tentáculos tupiniquins, já decidiram que Marina será a vencedora.
Marina é uma incógnita de alto risco. Acima de tudo, sempre foi uma radical chic de esquerda, com discurso ambientalista. Marina não tem experiência administrativa, além de ter sido ministra de Lula – hoje seu “amigo-inimigo”. Seu eventual governo terá de negociar com a mesma base aliada e com a máquina aparelhada pelos petistas. Os acordos custarão muito caros. O risco de uma reedição de instabilidades, iguais ou piores que no governo Collor de Mello, é uma hipótese factível.
Trocar Marina por Dilma é substituir a coisa ruim por uma que pode ser pior. No entanto, péssimo tem tudo para virar realidade, graças ao eleitorado “ávido por mudanças” e induzido pela pesquisa que convence a “votar no vencedor”.  


FONTE OCC ALERTABRASIL

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