Jornalista Andrade Junior

domingo, 2 de junho de 2013

É amarelo, o banana



‘É amarelo, o banana’, um artigo do Oliver

VLADY OLIVER
Ao longo do tempo em que encontrei e me encontrei neste nobre espaço de contendas capitaneado por um dos maiores expoentes do jornalismo brasileiro, pude perceber uma curiosa curva de conscientização ao longo do processo. É como se disséssemos: “As bananas são amarelas”, enquanto uma parte significativa da patuleia acreditava que eram azuis. “Essas são azuis”, bradavam os mais convictos, acreditando que as bananas sempre foram amarelas até o país ser refundado por um bando de vigaristas.
Pior. Eu diria que as bananas de hoje são tão amarelas como todas as outras, inclusive aquelas que um dia se apresentaram como azuis, na ânsia de conquistar um eleitorado amarelecido, que continua pisando nos votos, distraído. Me indispus com muitos, cujas bananas amarelas pareciam bem azuis, até prova em contrário. Sempre defendi uma lógica simples por aqui: os ladrões estão certos. Estão no papel de ladrões que sempre foram. O que não está certo por aqui são as “puliça”.
Travestidas de uma tal de “oposição”, que de oposição não tem nada, insistem em parecer o que não são: amigos da confraria, civilizados senhores cujo discursinho bambo não chega até a esquina do eleitorado ávido por um contraponto nessa mixórdia em que se transformou nossa política. Ao longo do tempo fomos vendo cair os Demóstenes, os Afifes, os Kassabes e outros tantos pilantras cuja verdadeira pilantragem foi se disfarçarem do que nunca foram: políticos honestos e bananas exóticas.
Alguns destes pilantras até levaram meu voto, na ânsia vagabunda de frear a força das novas bananas políticas deste cenário nacional turvo. Algo que não vou repetir em minha vida. A esquerda já deu, ampliando o conceito defendido pelo Coronel, lá do Coturno. Que me desculpem os potenciais eleitores do novo banana que acaba de se apresentar candidato, mas esse discursinho bafu já não é o bastante para me convencer.
Que todas essas bananas são amarelas, disso eu já sei. Não preciso de horário eleitoral gratuito para me convencer disso. Também não anulo o meu voto, pois isso é o que querem os democratas de araque que ora fustigam esta nossa democracia perneta. Hoje meu voto vai para construir um discurso de direita; qualquer um. Se é para votar num banana, quero um que não mude de cor pelo caminho.
Que se danem os índios fajutos, os esmolados das bolsas-miséria sem as calças de 300 contos na cintura, os defensores do xixi no banho e toda a corja de politicamente corretos, tapas-nas-panteras, defensores de véspera da mão grande em nossas liberdades individuais, exterminadores de sacolinhas plásticas e fadas escondidas em cremes antirrugas. Já chega dessa bananada.
Vivi pra ver o maior golpe que pode sofrer uma democracia. Um bovinismo estúpido e crédulo. Um país encostado num barranco sem vergonha, coalhado de oportunistas cujo discurso raso não se firma nas duas patas traseiras. Vivi pra ver um velha me odiar, mesmo eu sendo forçado a pagar as contas da vigarista contra a minha vontade. Vivi pra ver um presidente picareta e boquirroto me acusar de ser o culpado pela crise, por ter olhos azuis pregados na cara, tais quais os de meu filho menor.
É um vigarista. Enquanto ordenhava a galera ávida por uma mortadela pública, era ordenhado pela amante inescrupulosa, contratada para dar algum prazer sado-masô na vidinha besta deste cretino fundamental. Vivi pra ver sua banana ir enegrecendo lentamente. Um podre. Aboletado numa seita igualmente podre. E cercada (a seita ) por um bando de oportunistas, cuja ideia é sempre se servir da carniça que sobra, como os abutres. Vade Retro. Olhe bem para a sua banana, caro eleitor. De que cor será a bananada que você vai fazer, na próxima escolha ?

 

0 comments:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More