POR MARCO ANTÔNIO VILLA
Algumas observações:
1. Dilma não vai ao Maracanã. Mostra mais uma vez fraqueza. Sabe que vai levar uma vaia e optou por ficar reclusa em Brasília;
2. Como esperado, o índice de popularidade de Dilma desabou. Os protestos foram, claro, a razão principal, mas a economia (e seus péssimos resultados) teve parcela na avaliação;
3. Deu tudo errado para os petistas: o objetivo das manifestações em SP era desgastar Alckmin e colocá-lo contra a parede. Como controlam a prefeitura e o Planalto, falta o Palácio dos Bandeirantes. A estratégia foi um desastre. Pior ainda quando Rui Falcão ordenou os petistas ir para as ruas;
4. Um governo que tem na coordenação política Aloisio Mercadante só poderia naufragar;
5. Como já escrevi, Lula está só esperando a vez para entrar em campo. Em 2011, relembrando, Gilberto Carvalho deu uma entrevista e disse que se a situação política ficasse desfavorável para o PT, eles chamariam o “Pelé”, que estava no banco de reservas. Era caso de demissão. Mas Dilma fez cara de paisagem;
6. Como a queda da popularidade foi muito acentuada, não causará estranheza em um próximo levantamento uma leve recuperação. Mas acabou aquelas avaliações consagradoras de 60-70% de aprovação;
7. Também não causará estranheza se algum instituto de pesquisa de confiança do Planalto divulgar uma pesquisa mais favorável à Dilma;
8. Dos “5 pactos”, só falam de um, da reforma política. E o governo diz que vai propor um plebiscito. Dilma não sabe o que é plebiscito (acha que é referendo). Quais as perguntas? Como será a campanha? E o tempo de propaganda na TV para os favoráveis e contrários à proposta? Quantas perguntas? Como o TSE vai regular os debates? E o custo? Tudo vai ser resolvido até o final de setembro, como dispõe a Constituição? E o recesso do Congresso? No ar fica o cheiro que pode não ter plebiscito algum.
0 comments:
Postar um comentário