Ex-ministros do STF, presidente da OAB e Michel Temer (em 2007): Constituinte é impossível
Ex-ministros
do STF e o presidente do Conselho Federal da OAB criticaram severamente
a proposta de uma Constituinte exclusiva. Em 2007, o então deputado
Michel Temer e hoje vice-presidente da República escreveu um artigo
criticando duramente a medida. Leiam o que informa O Globo.
(…)
Outros dois ministros do STF condenaram a ideia de Dilma pelos mesmos motivos. Para eles, não é necessário criar uma nova Constituição para realizar uma reforma política. O ministro aposentado do STF Carlos Velloso compartilha a mesma posição e criticou duramente a presidente.
Outros dois ministros do STF condenaram a ideia de Dilma pelos mesmos motivos. Para eles, não é necessário criar uma nova Constituição para realizar uma reforma política. O ministro aposentado do STF Carlos Velloso compartilha a mesma posição e criticou duramente a presidente.
“Eu acho
que essa proposta não passa de uma medida pra enganar a população que
está nas ruas. Não seria necessária uma Constituinte para fazer reforma
política. Isso pode ser feito mediante emenda constitucional ou lei. O
que está faltando é vontade política de fazer a reforma política. Aí,
ficam jogando para o futuro. Porque o Congresso teria que convocar o
plebiscito, a Justiça Eleitoral teria que programar e tudo ficaria para o
ano que vem. Aí, a população já teria distraído e nenhuma solução seria
tomada”, reclamou.
Velloso
sugeriu medidas que a própria presidente poderia tomar para economizar o
dinheiro dos cofres públicos: “A presidente da República poderia
extinguir cerca de 20 ministérios que são desnecessários, são parasitas.
Isso seria uma grande reforma, uma economia imensa de dinheiro
público!”
O
ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto alerta para a impossibilidade de
haver convocação de uma Constituinte, já que a possibilidade não está
prevista na Constituição Federal. “Nenhuma autoridade constituída tem
poder para convocar uma Assembleia Constituinte. Se o fizer, não estará
atuando no plano jurídico. Se a Constituição autorizasse qualquer órgão a
convocar Assembleia Constituinte, ela estaria convocando seu próprio
coveiro. Está havendo aí uma carência de conhecimento científico das
coisas, ainda que a intenção seja a melhor possível”, afirmou.
O
presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus
Vinicius Furtado, também não poupou ataques à proposta da presidente. “É
muita energia gasta em algo que pode ser resolvido sem necessidade de
mexer na Constituição. Basta alterar a Lei das Eleições e a Lei dos
Partidos. É isso o que queremos com o projeto de lei de iniciativa
popular, que já está pronto, de reforma política. É prático e direto.
Acaba com o financiamento de campanhas por empresas e define regras para
eleições limpas”, declarou, mencionando a proposta aprovada pela ordem.
Em 2007, o
vice-presidente da República e constitucionalista Michel Temer
(PMDB-SP) escreveu o artigo “Não à Constituinte Exclusiva”. Ele
criticava justamente a possibilidade de se formar uma Assembleia
Constituinte para a realização de uma reforma política.
“É
inaceitável a instalação de uma constituinte exclusiva para propor a
reforma política. Não vivemos um clima de exceção e não podemos
banalizar a ideia da constituinte, seja exclusiva ou não. Seu
pressuposto ancora-se em certo elitismo, porquanto somente pessoas
supostamente mais preparadas e com maior vocação pública poderiam dela
participar. O que, na verdade, constitui a negação do sistema
representativo. Numa sociedade multifacetada como a nossa, multiforme há
de ser a representação popular”, sustenta Temer.
O vice-presidente da República é enfático:
“Em suma, uma constituinte exclusiva para a reforma política significa a desmoralização absoluta da atual representação. É a prova da incapacidade de realizarmos a atualização do sistema político-partidário e eleitoral”. Nesta segunda-feira, o peemedebista Geddel Vieira Lima disse que a posição do seu partido é mesma da defendida por Temer no artigo.
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“Em suma, uma constituinte exclusiva para a reforma política significa a desmoralização absoluta da atual representação. É a prova da incapacidade de realizarmos a atualização do sistema político-partidário e eleitoral”. Nesta segunda-feira, o peemedebista Geddel Vieira Lima disse que a posição do seu partido é mesma da defendida por Temer no artigo.
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