Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Relato de Decotelli demonstra o grande “caráter” de Bolsonaro e a “covardia” da FGV: “Não sei se foi racismo (...)”

Jornal da Cidade

O desfecho da demissão de Carlos Alberto Decotelli do Ministério da Educação, só demonstra o grande caráter do Presidente da República.
Por outro lado, segundo relato do próprio Decotelli, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), promoveu contra ele o que chama de “covardia moral” e “linchamento”,
“Se a FGV não tivesse me destruído, eu estaria agora trabalhando no MEC e ajudando o presidente Bolsonaro.”
O ex-ministro afirma que Bolsonaro pretendia mantê-lo no cargo, apesar dos questionamentos a seu doutorado na Universidade de Rosário e ao mestrado na própria FGV.
“Uma série de acusações que eram coisas infundadas, que nem havia tempo para explicar.”
E prossegue:
“Eu expliquei ao presidente. Ele falou: ‘Olha, todas essas questões curriculares não me interessam, o que me interessa é o caráter e o olho no olho. Confio em você, você vai ser meu ministro da Educação. Esqueça isso’”.
E na sequência, Decotelli explica a covardia da FGV, que ele cita como possível “racismo”.
Quem diria, Logo a FGV?
Eis o relato:
"(...) a Fundação Getúlio Vargas fez uma covardia impensável de jogar uma notícia na imprensa de que eu nunca havia sido professor da FGV. Isso destruiu toda a parte que havia sido negociada. O presidente disse: ‘Decotelli, que pancada que nós recebemos. A FGV que você diz que foi professor tanto tempo está publicando aqui que você nunca foi professor’. Eu disse: ‘Presidente, eu tenho os documentos todos aqui. Eu sou professor desde 1986. Sou professor de MBA’“, relatou. “Quando alguém de dentro de casa, do nosso Brasil, tenta desconstruir, isso se tornou uma situação de pressão de questionamentos que veio a se tornar insuportável. Por essa razão, entreguei a carta ao presidente. É vida que segue. Estou recolhido. Rompi definitivamente qualquer compromisso com a FGV pela covardia moral do que fizeram”, afirmou.
Decotelli afirmou que Bolsonaro estava disposto a mantê-lo no cargo mesmo depois da nota da FGV, mas ele preferiu sair. “Disse a ele: ‘Capitão, eu não vou deixá-lo sangrando’”.





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