Jornalista Andrade Junior

sábado, 2 de junho de 2018

Reflexões sobre os militares no poder, caso o capitão Bolsonaro venha a ser eleito

Carlos Newton

Nesta fase eleitoral, um dos esportes preferidos dos comentaristas da “Tribuna da Internet” é atribuir tendências antimilitaristas ao editor, embora jamais tenha escrito nenhum artigo que contenha esse tipo de sentimento ou preconceito. Só falta me atribuírem a autoria dos crimes cometidos por Stalin, Lenin, Pot, Castro, Mao e outros deturpadores das teorias de Karl Marx e Friedrich Engels. Para mim, ser chamado de comunista é elogio, porque apenas revela que não aceito a miséria e a desigualdade social que passam diante de meus olhos nem me omito na tentativa de proteger os menos favorecidos.
Esse lance de atribuir antimilitarismo ao editor chega a ser ridículo, até porque, em um país como o Brasil, as Forças Armadas são mais do que necessárias. Devem ser consideradas a reserva moral do país, sobretudo diante do flagrante apodrecimento dos Três Poderes republicanos, nas últimas décadas.
FALTA EVOLUÇÃO – É claro que as Forças Armadas e a Polícia só existem em função da insatisfatória evolução do ser humano, cheio de defeitos de fábrica, digamos assim. E ainda há aqueles que parecem ter nascido para fazer o mal, como preconizava o médico italiano Cesare Lombroso, em sua teoria do criminoso nato.
É claro que há militares picaretas e que se descaminham, como ex-mito Othon Pinheiro da Silva, um vice-almirante que corrompeu a própria filha, seguindo a mesma trilha de Lula da Silva, Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha, Paulo Preto e tantos outros que criaram famiglias. Mas no meio militar os desvios de conduta são ínfimos em relação à sociedade civil.
EXPERIÊNCIA E TALENTO – Como o Brasil não está em guerra desde 1945, acredito que a experiência e o talento dos militares deveriam ser aproveitados de uma forma mais ampla. Eles já dão exemplo de excelência na construção de estradas e aeroportos, na assistência à população carente e às tribos indígenas da Amazônia, entre outras atividades. Tudo o que eles constroem é de alta qualidade e de baixo custo, deveriam ser considerados os empreiteiros do bem.
O maior exemplo é a construção da estrada do projeto Baixo Sul da Bahia, criado em 2003 pelo empresário Norberto Odebrecht, recentemente falecido. É o maior programa social privado do país, abrangendo 11 municípios, cuja população é assistida em educação, trabalho, geração de renda e cooperativismo.
Na hora de construir a estrada ligando as cidades da região, o maior empreiteiro do país preferiu contar com os serviços de engenharia e construção do Exército. O experiente engenheiro Norberto Odebrecht sabia que a obra seria bem feita e a preços reais. Não é preciso dizer mais nada.
PLANEJAMENTO – Os chefes militares poderiam administrar melhor o país porque gostam de planejamento, sabem investir em infra-estrutura, enquanto os partidos políticos estão funcionando como verdadeiras quadrilhas. Pessoalmente, tenho muitas propostas sobre um melhor aproveitamento do potencial das Forças Armadas. São ideias práticas e de fácil execução.

Mas acho ridícula, por exemplo, a suposta “intervenção” que está sendo feita na segurança do Rio. Os militares poderiam fazer melhor, mas dependem de muitos fatores que fogem à sua área de atuação, ficam completamente perdidos, os chefes das facções já perderam o medo dos militares.




































extraídadetribunadainternet

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