por Percival Puggina, com editorial do Estadão.
Esgotados
os frágeis argumentos jurídicos de sua defesa, o sr. Lula da Silva
apela para a farsa política, dando a entender que seria mais poderoso do
que as instituições do País. O medo de que Lula seja transformado em
mártir não é, assim, consequência de uma preocupação com o interesse
nacional e a ordem pública. É a velha manipulação petista da realidade,
numa canhestra tentativa de mais uma vez enganar a população. O engodo é
evidente. Incapaz de mostrar a inocência do seu líder ante a condenação
em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a
legenda em frangalhos deseja que o povo acredite que as instituições
nacionais são frágeis e, portanto, não devem ousar enfrentar o mito
Lula.
Absolutamente precisa a frase com que o jornal define a
conduta denunciada: “É a velha manipulação petista da realidade”.
Tenho, com insistência, mostrado a febril atividade dessa central de
versões que acompanha a existência do partido de Lula ao longo de sua
história. Se tais versões e narrativas se restringissem à retórica
parlamentar, seriam muito menos danosas do que se tornam quando passam à
comunicação social, ao quadro negro da escola, ao material didático, às
provas do ENEM, ao meio acadêmico, aos gabaritos de concursos públicos,
à pregação dos púlpitos, às falas (e aos silêncios) da CNBB e à mídia
paga dos sindicatos e centrais.Frente a tais circunstâncias, ou se desnuda ao público o que está acontecendo ou a nação corre o risco de viver uma realidade virtual, como a Venezuela sob o comando de um louco de hospício.
extraídadepuggina.org
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