Percival Puggina
Pois para quem tem medo de errar, o homem não anda se ajudando. Seduzido pela possibilidade de denunciar o presidente da República, caiu como um pato na conversa dos irmãos Batista. Fez, com o chefe da maior quadrilha que operava com recursos do BNDES e com favores oficiais, o mais improvável, generoso e escandaloso dentre todos os acordos de colaboração premiada. AfinaL, mais vale uma cabeça de presidente que dois vinténs de prudência. Foi enrolado por seu braço direito, o ex-procurador Marcelo Miller, em favor de quem botou as duas mãos na chapa quente e se queimou com lesões irreparáveis. Vendeu para o ministro Edson Fachin, pelo preço de chinchila cultivada em ambiente climatizado, o mesmo rato de esgoto comprado de Joesley Batista. E agora aparece entre engradados de cerveja, num fundo de boteco, lá no canto das baratas, portando improváveis óculos escuros, proseando com o advogado do quadrilheiro gozador que tinha um plano para derrubar o executivo, o legislativo e o judiciário.
Janot, Janot, toma tento, Janot.
extraídadepuggina.org
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