#JUNTOSVAMOSMUDARBRASILIA
VLADY OLIVER
Divulgada uma primeira prévia do que está por vir ─ uma pesquisa no Paraná – já podemos vislumbrar o tamanho do tsunami que se abate sobre as campanhas em andamento. Marina Silva lidera, Dilma Rousseff perde dez pontos e Aécio conquista um, conseguindo o milagre de manter seu eleitorado até agora intacto. Caminha a passos de tartaruga no terceiro lugar consolidado. É mais do que suficiente para sabermos que essa musculatura precisa de um suplemento.
Ao mirarem na imensa massa amorfa que se deixa seduzir pelas bolsas esmolas de turno, esquecem os três candidatos principais que há neste país uma elite ainda viva, pagando as contas dessa festinha e querendo saber o que vão fazer para deixá-los trabalharem em paz e com liberdades asseguradas.
Para este público não há discurso no horário político. Alguém aqui poderá lembrar que tal público não assiste ao horário político. Então as campanhas deveriam se desenvolver na internet e só depois ganharem o revestimento televisivo. Deveria haver um texto específico para esse eleitorado, que não entende as coisas por simples associação de imagens. Não está implícito o que farão para governar o país, muito pelo contrário. Parecem três cheques em branco diante do eleitorado parvo. Acredito que os três não considerem importante quem realmente paga as contas nestas terras. Ao desconsiderá-las, desconsideram também o poder que essas pessoas têm sobre os demais, uma vez que dão ou asseguram empregos para uma parcela considerável da população.
O governo se comporta como patrão, não como uma agência reguladora. Compete em condições extremamente favoráveis com o pobre e incipiente mercado empreendedor que teima em existir por aqui. Este foi o primeiro a se desencantar com a situação atual. O resultado disso? Absoluta falta de “capilaridade”. Gente disposta a defender candidatos pela postura que adotam e não pela possibilidade de negócios que mais tarde farão com o imenso elefante inerme que se espalha por toda a nação encostada num barranco.
Virou um show de populismo rombudo nosso horário eleitoral nada gratuito, com uma competição acirrada para ver quem distribui mais dentaduras para falsear o sorriso manco. Nesse rombudismo, não me espanta que uma terceira via venha com tanta força – mesmo calada – para o centro dos holofotes tortos dessa pátria mãe gentil. Os caras não conseguem entender que uma “cola de rombudismo” prendeu e enredou definitivamente tucanos e petralhas num mesmo discurso e numa mesma armadilha retórica.
Urge livrar-se deste rótulo, coisa que se recusam a fazer, nem sabem como fazê-lo. Pelo contrário: competem mesmo para ver quem faz mais cara de messias dos cofres públicos e campeão dos mutirões de catarata. É um abraço dos afogados, meus caros. Infelizmente, ferindo de morte nossa democracia tão incipiente. Pra mim está de bom tamanho. Voltamos em 2018.
Divulgada uma primeira prévia do que está por vir ─ uma pesquisa no Paraná – já podemos vislumbrar o tamanho do tsunami que se abate sobre as campanhas em andamento. Marina Silva lidera, Dilma Rousseff perde dez pontos e Aécio conquista um, conseguindo o milagre de manter seu eleitorado até agora intacto. Caminha a passos de tartaruga no terceiro lugar consolidado. É mais do que suficiente para sabermos que essa musculatura precisa de um suplemento.
Ao mirarem na imensa massa amorfa que se deixa seduzir pelas bolsas esmolas de turno, esquecem os três candidatos principais que há neste país uma elite ainda viva, pagando as contas dessa festinha e querendo saber o que vão fazer para deixá-los trabalharem em paz e com liberdades asseguradas.
Para este público não há discurso no horário político. Alguém aqui poderá lembrar que tal público não assiste ao horário político. Então as campanhas deveriam se desenvolver na internet e só depois ganharem o revestimento televisivo. Deveria haver um texto específico para esse eleitorado, que não entende as coisas por simples associação de imagens. Não está implícito o que farão para governar o país, muito pelo contrário. Parecem três cheques em branco diante do eleitorado parvo. Acredito que os três não considerem importante quem realmente paga as contas nestas terras. Ao desconsiderá-las, desconsideram também o poder que essas pessoas têm sobre os demais, uma vez que dão ou asseguram empregos para uma parcela considerável da população.
O governo se comporta como patrão, não como uma agência reguladora. Compete em condições extremamente favoráveis com o pobre e incipiente mercado empreendedor que teima em existir por aqui. Este foi o primeiro a se desencantar com a situação atual. O resultado disso? Absoluta falta de “capilaridade”. Gente disposta a defender candidatos pela postura que adotam e não pela possibilidade de negócios que mais tarde farão com o imenso elefante inerme que se espalha por toda a nação encostada num barranco.
Virou um show de populismo rombudo nosso horário eleitoral nada gratuito, com uma competição acirrada para ver quem distribui mais dentaduras para falsear o sorriso manco. Nesse rombudismo, não me espanta que uma terceira via venha com tanta força – mesmo calada – para o centro dos holofotes tortos dessa pátria mãe gentil. Os caras não conseguem entender que uma “cola de rombudismo” prendeu e enredou definitivamente tucanos e petralhas num mesmo discurso e numa mesma armadilha retórica.
Urge livrar-se deste rótulo, coisa que se recusam a fazer, nem sabem como fazê-lo. Pelo contrário: competem mesmo para ver quem faz mais cara de messias dos cofres públicos e campeão dos mutirões de catarata. É um abraço dos afogados, meus caros. Infelizmente, ferindo de morte nossa democracia tão incipiente. Pra mim está de bom tamanho. Voltamos em 2018.
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