Irineu Mário Colombo, que já foi deputado pelo PT, é acusado de ter participado de esquema de fraudes que desviou R$ 11 milhões
Informação do blog Nossa Educação, do Estadão
A Justiça Federal determinou a suspensão
do mandato do reitor do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Irineu
Mario Colombo. O professor foi deputado pelo PT e pivô da queda do
ex-presidente da Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), José Carlos Wanderley Dias de Freitas, durante investigação da
Operação Sinapse, da Polícia Federal. Reitor ainda teria realizado
perseguição a funcionários neste ano.
A operação Sinapse, realizada em agosto
passado, apurou esquema de fraudes no ensino a distância do instituto.
As fraudes teriam desviado R$ 11 milhões. Dezoito pessoas foram presas.
O Sindicato dos Educadores da Educação
Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná (Sindiedutec), que
protocolou a ação, defende que o mandato de Colombo no IFPR terminou em
30 de abril – o reitor argumentava que tinha direito a mais um ano à
frente do instituto. Em nota publicada em seu portal, a instituição
informou que a Procuradoria Federal junto ao IFPR “está adotando as
providências cabíveis”. O professor Ezequiel Westphal já substitui o
reitor.
Colombo chegou a ser afastado
por determinação judicial durante a Operação Sinapse. O afastamento
durou de agosto até 31 de dezembro de 2013. Mesmo tendo sido denunciado
pela Justiça por participação no esquema, Colombo voltou ao instituto porque a comissão
de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) da Controladoria Geral
da União (CGU) não solicitou a a continuidade de seu afastamento.
Após voltar ao cargo, Colombo
teria começado uma perseguição contra funcionários que colaboraram na
gestão do reitor pró-tempore, Jesué Graciliano. Pelo menos 14 servidores foram retirados de cargos de chefia entre janeiro e fevereiro, segundo despachos obtidos pelo blog
no site da instituição. Diretores de cargos de direção foram exonerados
e profissionais com funções gratificadas foram dispensados. A denúncia
foi levada ao Ministério da Educação (MEC) – que encaminhou à CGU.
Questionado em março pela reportagem, o IFPR informou que desconhece os
atos de perseguição.
A PF flagrou uma ligação em que
Colombo era avisado pelo ex-presidente da FNDE sobre as operação. No
relatório final, a PF indica que Colombo agiu para atrapalhar as
investigações. O então presidente do fundo ligou de um orelhão de São
Paulo para alertar Colombo.
Freitas, do FNDE, havia pedido
exoneração do cargo no meio do mês de agosto alegando motivos pessoais. A
conversa grampeada foi revelada pelo Estado no dia 31
de agosto. Servidor de carreira do FNDE há 22 anos, Freitas só saiu da
presidências, mas continua cumprindo sua jornada de trabalho normalmente
– com uma remuneração bruta de R$ 14.557,07.
Sob a responsabilidade do fundo estão as
principais atividades do governo federal na Educação. O FNDE teve
orçamento no ano passado de R$ 50,3 bilhões, valor que supera em 20% o
orçamento da cidade de São Paulo, por exemplo.





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