São Paulo quer mais um Tiririca
O eleitorado de São Paulo, como se sabe, é dado a ataques de tédio.
Volta e meia inventa um Enéas, um Clodovil, um Tiririca – e assim cria
grandes fenômenos de votação pelo simples prazer de ver um palhaço tocar
fogo no circo. Na eleição de 2012, os paulistanos estão ameaçando mais
uma travessura. ...
Apesar do enorme destaque em torno do julgamento no STF, a tragédia do
mensalão não tem sido bem compreendida pela opinião pública.
Frequentemente o caso é classificado como um dos maiores escândalos de
corrupção da história da República. O eleitor precisa entender que o
roubo de dinheiro público é só um dos aspectos do mensalão. E não é o
mais grave.
Na maioria dos casos de corrupção envolvendo governos, a equação básica
é o uso do poder como meio para o roubo. No mensalão, trata-se de roubo
como meio para a permanência no poder. O dinheiro do valerioduto era
destinado essencialmente aos caixas do partido e do grupo político do
presidente da República. Além da compra de votos no Congresso, servia
também para despesas políticas gerais, custeio de candidaturas,
alimentação da máquina partidária.
Por Guilherme Fiuza
Fonte: Revista Época -
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