Todo
país tem o direito natural de se defender contra a agressão
estrangeira. Foi o que o Brasil fez contra o Paraguai e ponto final.
Paulo Fonteles Filho é filho de Paulo Fonteles, ex-deputado e advogado de posseiros no Sul do Pará, assassinado em 1987. Em seu blog, Fonteles Filho se apresenta orgulhosamente como “comunista”, apesar desta peste vermelha ter ocasionado o assassinato de 110 milhões de pessoas ao redor do planeta: “Nasci nos cárceres da repressão política brasileira e os brutamontes diziam que ‘Filho desta raça não deve nascer’. Sou filho de um ventre rebelde, rubro. Sou comunista desde tenra idade e vou levando na lapela a rosa vermelha da esperança.”
Um dos textos de Fonteles Filho, A guerra biológica no Araguaia,
já começa com o título errado: se realmente foi utilizado o Aldrin no
Araguaia, com propósito militar, o correto seria chamar isso de "guerra
química", não "biológica". Quem entende de guerra biológica - ou melhor, de terrorismo biológico - são alguns petistas, que deliberadamente propagaram a praga da vassoura-de-bruxa no sul da Bahia - cfr. em http://veja.abril.com.br/210606/p_060.html.
Em seu livro MATA! - O Major Curió e as guerrilhas do Araguaia
(1), Leonencio Nossa faz uma permanente comparação da violência dos
militares na campanha contra Canudos com a Guerrilha do Araguaia - com
louvores a Lampião: “O Exército tinha distribuído Aldrin nas cabanas
de castanheiros. No Araguaia, não foi respeitada a lei de Lampião, que
não envenenava riachos por onde passavam inimigos” (op. cit. pg. 193).
O
Aldrin era um inseticida utilizado no Brasil nos anos de 1960 e 70 como
agrotóxico, além do DDT e BHC, entre outros, que foram proibidos no
Brasil a partir de 1985, por decreto federal. Se houve morte de
guerrilheiro do PCdoB por ingestão ou contágio de Aldrin, isso foi um
caso isolado, não devido a uma “guerra química” promovida pelo Exército,
como sugere o articulista vermelho, Fonteles Filho. Além do mais, o
aldrin era um produto de fácil alcance por qualquer um, seja posseiro,
guerrilheiro ou combatente militar, e qualquer pessoa desses grupos
poderia ter sido contaminada devido à manipulação indevida do produto.
Quanto
a Leonencio Nossa afirmar que o Exército envenenou riachos com o
aldrin, uma crueldade que nem o querido Lampião fez, é delírio puro. Se
algum rio foi contaminado por aldrin ou qualquer outro agrotóxico, isso
ocorreu devido à sua utilização na lavoura, não que foi lançado
diretamente no rio pelos militares. Afinal, estes também dependiam dos
rios e igarapés para sua sobrevivência na selva.
O que todo combatente militar de selva sabe é que algumas tribos indígenas, como a etnia Sateré-Mawé, utilizam o cipó timbó,
que é venenoso, para a pesca. A imersão do timbó na água libera um
veneno que age no sistema nervoso cerebral do peixe, que perde o
equilíbrio e fica boiando na água, facilitando sua captura. O rios Mawé e
Andirá, por exemplo, são rios mortos, não têm vida, devido a essa
prática indígena. O efeito do veneno do timbó nos rios pode permanecer
durante 10 anos - um verdadeiro desastre ecológico, que lembra o antigo
uso de dinamite para pesca.
A
revisão histórica é benéfica, desde que os críticos se atenham a
critérios científicos tão ou até mais rigorosos do que aqueles que
nortearam a história original.
É
comum entre esquerdistas realizar a revisão da História, de modo que
ela fique igual à sua cara, a cara da mentira. O "historiador" José
Chiavenato - fonte de consulta do articulista vermelho -, com seu livro Genocídio americano: a guerra do Paraguai,
não tem credibilidade nenhuma em seu revisionismo rasteiro sobre a
Guerra do Paraguai, em que tenta classificar Caxias e o Conde D'Eu como
combatentes monstruosos, e que o Brasil estaria a serviço do império
britânico, para massacrar o país "mais progressista" da América do Sul. “Historiadores
militares de gabarito assinalaram, nessa obra de Chiavenato, mais de 30
erros históricos comprovados e outras tantas distorções da verdade
comprovando o relativismo e o absolutismo com que o autor manipulou a
história” (PEDROSA: 2008, 69). (2)
O Brasil, no início de Guerra do Paraguai, era um "império desarmado". “A
proposta liberal de Adam Smith em A Riqueza das Nações, em moda durante
a segunda metade do século XIX, induzira no Brasil um certo descuido
com o exército profissional, embora o famoso pensador sempre propugnasse
por uma força militar organizada para fundamentar e garantir o
progresso e a segurança da nação” (PEDROSA, 2004: 209 - capítulo
“Império Desarmado”). (3)
A
Guerra do Paraguai só tem uma história: o Brasil, com muito custo,
conseguiu reunir 15 mil homens armados, para se defender da agressão de
Solano López, à frente de um exército de 64 mil homens, que aprisionou
um navio brasileiro (em que viajava o presidente da Província de Mato
Grosso), invadiu o Mato Grosso, ocupando parte desse território por três
anos, violou o território da Argentina e chegou a conquistar
Uruguaiana.
Todo
país tem o direito natural de se defender contra a agressão
estrangeira. Foi o que o Brasil fez contra o Paraguai e ponto final.
Todo revisionista vermelho deveria ter passado pelo menos 15 anos num gulag
soviético, ou 10 anos numa “leoneira” (4) cubana, para dar valor à
liberdade e à democracia, que tanto prega - apenas da boca para fora, já
que defende, até hoje, regimes totalitários, como o de Cuba.
A
recente história do Brasil é uma só: os militares evitaram que o Brasil
se transformasse num imenso “Cubão”, no dizer de Elio Gaspari. Daí o
revanchismo da esquerda, derrotada ontem e hoje no poder, em sua prática
de satanizar as Forças Armadas, com o propósito de se perpetuar no
poder. Um exemplo
desse maniqueísmo pueril, em que os antigos terroristas são
apresentados como heróis, e os militares como bandidos, é a famigerada
Comissão Nacional da Verdade - o Pravda tupiniquim - que tenta
reescrever a história dos governos militares pós-1964 dentro da ótica
marxista da desinformação.
Notas:
(1) NOSSA, Leonencio. MATA! O Major Curió e as Guerrilhas no Araguaia. Companhia das Letras, São Paulo, 2012.
(2) PEDROSA, J. F. Maya. O Revisionismo Histórico Brasileiro - Uma proposta para discussão. Bibliex, Rio, 2008.
(3) PEDROSA, J. F. Maya. A Catástrofe de Erros - Razões e Emoções na Guerra contra o Paraguai. Bibliex, Rio, 2004.
(4) Leoneira
- Solitária ambulante, feita de seis lados de grades de ferro, onde o
preso não pode se deitar, nem ficar de pé. Tipo de tortura adotada em
Cuba durante a ditadura de Fidel Castro, onde os presos são largados no
teto do presídio, alternando altas temperaturas do sol durante o dia com
baixa temperatura à noite. O escritor Pedro Juan Gutiérrez, autor de Trilogia suja de Havana, esteve preso em tal jaula.
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