Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

"A Argentina e a receita para destruir um País",

 por Angelo Lorenzo

O que a crise na Argentina, a discussão sobre taxação de fortunas e a tentativa de derrubar o Veto 17 tem a nos ensinar? Muitos ficam indignados nas redes sociais, mas poucos entendem o objetivo de fundo destas batalhas.

Chamam de populismo (em alguns casos de modo equivocado) quando veem políticos proporem (mais) um rombo público como o PLC 39, estimado em mais de 130Bi. Estes pensaram em agradar uma parcela do eleitorado, os funcionários públicos, sem medir as futuras consequências do ato, enquanto parte da população sofre com o desemprego.

Muitos políticos e eleitores nem imaginam que estas votações são apenas mais um movimento da engrenagem marxista, uma verdadeira máquina de destruição. Vou detalhar isto em livro, mas adianto a explicação, dada a urgência de se compreender isto e apoiar a Reforma Tributária.

No Manifesto Comunista, Capítulo 2, Marx fez uma proposta que vem sendo observada fielmente em quase todo o mundo: a implantação de um “pesado imposto progressivo”.

Qual é o grande segredo de Marx, que não explicou o motivo desta proposta em nenhum lugar de sua obra? Porque a criação de pesados impostos lhe é tão importante?

Marx como grande estudioso da Revolução Francesa (1789) analisou as fontes do caos econômico pré-revolucionário: gastos excessivos da realeza (vide a série “Versailles”); guerra com a Inglaterra; e em consequência desta, como estratégia, o financiamento francês da independência americana contra seus inimigos.

Ele percebeu o que estudos atuais apontam: a altíssima carga de impostos foi uma das causas determinantes da Revolução Francesa. Diante de tantos custos os monarcas, pura e simplesmente, aumentavam impostos. Parece algum filme conhecido?

Eis aqui a cartada de Marx.

Recriar a Revolução Francesa esmagando a população com impostos. O objetivo estratégico é gerar as mesmas condições que a realizaram, conforme já atestaram alguns biógrafos, como Gareth Jones e Jonathan Speerber.

E como aplicar a demoníaca estratégia hoje, se a grande maioria não vive em monarquias? Simples. Modernamente, além de aumentar impostos em todas as frentes, criam despesas extras.

Tratam os geradores de empregos como criminosos, afinal são capitalistas. Assim, soterrando as empresas com impostos, estas embutem no preço dos seus produtos a pesada carga tributária, tornando cada vez mais difícil à população comprar. Quem conhece o setor da construção sabe que, no passado, os impostos para a casa própria passavam de 140% sobre o custo. Depois de sobrecarregar o setor, os políticos de esquerda que o havia prejudicado surgiam fingindo indignação diante da falta de moradia para os pobres.

Modernamente, aprenderam a aumentar outros custos, com leis que beneficiam alguns setores ou grupos, que serão sustentados por todo o povo. Temos uma ilustração no filme “Hillary's America - The Secret History of the Democratic Party” (América de Hillary, a história secreta do Partido Democrata) onde vemos, segundo Dinesh D’Souza, Lyndon Johnson combinando com sua bancada política, uma lei para os negros: - “Agora precisamos dar a eles alguma coisinha. Só o suficiente para aquietá-los, mas não o bastante para que faça diferença”. (de 49:26 até 50:02 do filme).

Entendeu o que está por trás dos famosos “pacotes de bondade” esquerdistas? De onde vem o interesse em “cuidar das minorias” dando-lhes migalhas, desde que se aumente os gastos públicos? Eis a origem de ajudas duvidosas, indo do bolsa-presidiário (auxílio-reclusão) à distribuição de camisinhas, em postos de saúde. Recentemente, surgiu a proposta de distribuição de absorventes que foi apoiada por liberais.

O que estes não sabem é que, a cada “bondade” concedida se empurra o país para a autodestruição. Não há bondade alguma nem interesse genuíno: é apenas a colocação de mais uma peça da “grande bomba”. Pior é se posarem de bonzinhos enganando idiotas úteis que os apoiam sem saber de seus reais objetivos.

O povo diz que, quando a esmola é muita, o santo desconfia. Toda ajuda é bem-vinda, mas não sem responsabilidade e muito menos à custa do sofrimento dos demais. Este é o ponto em que a bondade esquerdista se mostra falsa.

O objetivo de Marx é matar a população de fome de modo a acirrar os ânimos, incitar o ódio, a ponto dela sair enfurecida contra o poder estabelecido, como na Revolução Francesa. Sua ideia é forçar uma ruptura, necessária ao ataque revolucionário e à implantação da Ditadura do proletariado. Vimos no Chile, recentemente, a primeira destas etapas.

O certeiro vídeo dos Brasileirinhos mostra como as coisas acontecem: o establishment (a máquina do poder) aproxima-se dos eleitos e os convencem (ou os compram) a não se preocupar com os gastos, seus e de outros - lagostas, vinhos finos e, por que não, agradar alguns grupos “especiais”, já que no fim das contas quem vai pagar sempre será o povo. É como diz a expressão: “Aproveita, enquanto o Brás é tesoureiro” - uma forma irônica, mas real, de mostrar que o Brasil (o Brás) serve para distribuir dinheiro público à quem lhes interessa beneficiar.

Já permitimos por tempo demais que destruíssem nossas vidas, comprometendo o futuro dos nossos filhos. Não vamos esperar que nos esmaguem mais para reagir.

Aos políticos que não se dão conta de que estão ajudando a máquina de destruição marxista, vai um lembrete: os mandatos não são eternos. As urnas virão para demitir os que se desviaram.

Se Deus quiser, haveremos de eleger pessoas que honrarão nosso voto e acabaremos com a farra que fazem com o dinheiro público - o nosso dinheiro.








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