Jornalista Andrade Junior

domingo, 23 de agosto de 2020

52% acham que Bolsonaro deve continuar na Presidência - Cresce o grupo pró-permanência - No Norte, apoio ao presidente passou de 40% para 72% em 15 dias

 

Pesquisa PoderData mostra que 52% dos brasileiros acham que Jair Bolsonaro deve continuar na Presidência. Houve aumento de 5 pontos percentuais em relação ao último levantamento, realizado de 3 a 5 de agosto. Antes, 48% defendiam sua permanência.

No mesmo período, o percentual daqueles que defendem que Bolsonaro deve deixar o cargo caiu 7 pontos percentuais. Passou de 48% para 41%.

Os dados mostram que tem sido positiva a estratégia do chefe do Executivo de evitar falar com a imprensa e fazer ataques a adversários. Desde junho, o presidente adota uma versão mais “paz e amor”.

Há duas semanas, a “boca de jacaré” da pesquisa havia se fechado. Agora, abriu novamente, com as linhas se cruzando.

A pesquisa foi realizada pelo PoderDatadivisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é realizada em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 17 a 19 de agosto, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 481 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

A mudança na percepção sobre a permanência ou não de Bolsonaro na Presidência são coerentes com o aumento da aprovação do trabalho do presidente e com a redução da sua rejeição.

De acordo com o PoderData, na avaliação geral, 38% consideram “ótimo” ou “bom” o desempenho pessoal de Bolsonaro –alta de 6 pontos em 15 dias. Os que acham “ruim” ou “péssimo” são 35% –queda de 6 pontos.

Entre os que acham que o trabalho pessoal de Bolsonaro é “ótimo” ou “bom“, 94% defendem sua permanência no cargo e só 3% querem seu impeachment.

Já entre os que avaliam o desempenho do presidente como “ruim” ou “péssimo“, 93% querem sua saída do Planalto e só 2% acham que ele deve continuar no cargo.

ESTRATIFICAÇÃO

PoderData também mostra a percepção dos entrevistados por sexo, idade, escolaridade, região e renda.

Os dados mostram que, nas últimas duas semanas, a defesa à permanência de Bolsonaro no Planalto só não aumentou entre o jovens, os moradores do Sul e Nordeste, e entre quem recebe de 5 a 10 salários mínimos.

Já o desejo de saída do presidente do cargo só não caiu entre os homens, os mais jovens (pessoas de 16 a 24 anos), moradores do Sul, quem tem ensino superior e quem recebe de 5 a 10 salários mínimos.

O Norte foi onde houve maior alta do percentual dos que querem Bolsonaro no Planalto. Passou de 40% para 72% em 15 dias. Na região, caiu de 56% para 25% a taxa dos que querem que o presidente deixe a Presidência.

Na região Centro-Oeste também houve mudanças na percepção. Antes, 49% manifestavam-se pela permanência de Bolsonaro no cargo. Agora são 66% –alta de 17 pontos. Os que queriam a saída do presidente eram 44%. Hoje são 30% dos moradores –queda de 14 pontos.

Os dados indicam que o percentual dos que defendem a continuidade de Bolsonaro no comando do país aumentou entre os mais ricos (os que recebem mais de 10 salários). Há duas semanas, 33% desse grupo achavam que Bolsonaro deveria continuar no governo. Agora, 44% têm essa percepção.

Apesar de ter aumentado a proporção dos mais ricos que defendem que Bolsonaro siga na Presidência, esse ainda é o grupo que tem maior percentual de pessoas favoráveis ao impeachment: 50%. Há duas semanas, essa taxa era de 65%. 


Sabrina Freire, Poder360












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