PERCIVAL PUGGINA
O colunista João Domingos, do Estadão, escreve em sua coluna que, “de forma involuntária, Bolsonaro pode ter feito um bem para a política”. Para o colunista, o Presidente montou um governo sem as habituais negociações típicas do presidencialismo de coalizão, para cumprir promessa de que “não lotearia seu governo e numa ação politicamente egoísta, no estilo ‘ganhei a eleição, o governo é meu e não vou dividi-lo’”.
Não contente com a desqualificação do acerto presidencial, o colunista seguiu afirmando que essa atitude (“egoísta e involuntária”) fez com que o Congresso mudasse de atitude e deixasse de ser um “carimbador das medidas provisórias” e “um apêndice do Poder Executivo”. Situação que vinha se mantendo desde o governo de FHC, quando os ministérios entregues a partidos se tornaram “feudos próprios” onde deputados e senadores “mandaram e desmandaram”.
Na sequência, o colunista afirma que a tal atitude “involuntária e egoísta” do Presidente levou os congressistas a perceber que a pressão das redes sociais estava a exigir deles que assumissem “pautas importantes para o país, como a reforma da Previdência e a reforma tributária”. Por fim, e nessa mesma linha, manifesta simpatia pelo substitutivo à reforma da Previdência apresentado pelo partido dirigido pelo mal afamado ex-deputado Valdemar Costa Neto, que reduz à metade o ganho fiscal a ser obtido. Essa proposta, outra coisa não é que um detalhamento da anunciada pelo deputado Paulinho da Força, que cortava ao meio a reforma com a elevadíssima motivação de não reeleger o governo em 2022.
É assim, com fake analysis, que se presta desserviço à nação.
EXTRAÍDADEPUGGINA.ORG
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