Jornalista Andrade Junior

domingo, 23 de junho de 2019

"Diplomas",

por Miranda Sá

“O diploma serve apenas para constituir uma espécie de valor mercantil do saber”. (Michel Foucault)
    FOTO ANDRADE JUNIOR
O presidente da Academia, Arnaldo Niskier, que se projeta no plenário da Casa pela cultura e independência, comentou que “A carta dos ex-ministros da Educação condena o contingenciamento de verbas que todos eles fizeram e exige a solução de problemas que criaram ou agravaram”.
Verdade. Todos eles os que assinaram a “Carta” são culpados da situação terrível em que a Educação se encontra; foram incompetentes e deveriam ficar calados, principalmente sobre o corte de verbas que todos aceitaram no exercício do cargo.
Apesar disto, seguindo bovinamente esses “líderes de coisa alguma”, a manada lulopetista estoura irracionalmente contra o Governo Federal cega para o passado narcopopulista das administrações Lula da Silva e o seu fantoche, Dilma Rousseff.
Não veem como se encontra o Brasil no ranking mundial da Educação. E que isto, evidentemente, não é resultado dos seis meses de Bolsonaro, mas a herança maldita dos 16 anos de governo petista, quando as Faculdades de Pedagogia entregavam ao mercado de trabalho docentes incapazes de assumir uma sala de aula.
Isto nos envergonha, mas explica termos 14 milhões de analfabetos ao mesmo tempo em que a universidade oferece uma pós-graduação quantitativa de país desenvolvido.
O legado da má política – seja por falta de civismo ou corrupção vem da prática distributiva própria da pelegagem sindical, o “engana trouxa” importado das ditaduras cubana e venezuelana sob o rótulo de “socialismo do século 21”.
Da incompetência, irresponsabilidade e favoritismos nos governos lulopetistas e a sua midiática “Pátria Educadora” contam-se histórias incríveis. Uma delas é tragicômica; poderia se encontrar numa peça de Nelson Rodrigues ou num filme de Chaplin.
É o caso de um pelego das antigas, ex-presidente de uma das inúmeras federações sindicais, que procurou o “companheiro Presidente” solicitando um emprego público para o filho. Lula não titubeou em aparelhar mais um e encaminhou o pedinte à Casa Civil, para resolver.
Com o Ministro (foram tantos a ocupar o cargo que não se sabe qual deles), também sindicalista, o favorecido resolveu falar francamente com o colega. Disse que o filho, candidato ao cargo, era fraco de estudos, sem concluir sequer o Fundamental.
Com um sorriso maroto, o Ministro abriu uma pasta, examinou alguns papéis e disse: – “Tenho um aqui, ideal para o seu filho; conselheiro de uma empresa estatal, com um vencimento de R$ 25 mil…”
–  “Vinte cinco mil? É muito, ele acabaria me desprezando e à sua mãe”, disse o Pelego, e sugeriu outra função. O negociador então ofereceu um lugar de assessor técnico de um banco oficial, ganhando R$ 15 mil.
– “Assessor técnico, não dá, companheiro, ele é quase analfabeto… E também é muito dinheiro para um pródigo como ele… Não haveria um lugar com um salário de seis, oito mil reais? ”
O Ministro, assumindo uma postura burocrática, foi curto e grosso: – “Você não sabe, meu amigo, que abaixo de R$ 15 mil exige-se diploma? Veja se compra um por aí, é muito fácil…”
Esta parábola da pelegagem lembrou o meu avô, de quem herdei o nome, engenheiro formado na Escola Politécnica, junto com outros três colegas positivistas como ele, se recusou a receber o diploma…













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