TOMAZ FILHO
Em tese, pode facilitar o tramite dos projetos do governo nas duas casas.
Mas, o Palácio do Planalto precisa fazer a sua parte. De inicio, carece de interlocutores com o Parlamento.
Ao contrário de governos anteriores, que praticavam o toma-lá-dá-cá, Bolsonaro deve buscar o quanto anos alguém que pacifique o entendimento com o Congresso Nacional.
Se Maia ganhou com naturalidade a presidência da Camara, Alcolumbre teve o apoio inestimável das redes sociais para desconstruir Renan Calheiros.
A mobilização na rede foi essencial para comover senadores. Tanto que apenas velhos patifes do Senado tiveram coragem de posar ao lado de Renan.
Katia Abreu, Fernando Bezerra Coelho, Humberto Costa, Jader Barbalho, Eduardo Braga e similares não se intimidaram. Têm uma folha corrida suja demais para serem acuados.
Mas, diante da necessidade de promover as reformas neste primeiro ano de governo, Bolsonaro carece de apoios, além da rede social.
Quanto antes estiver no seu entorno gente séria e competente para o jogo com os congressistas, mais rápido avançará nas reformas que o pais aguarda.
A pressão popular é importante, porém o trato com Câmara e Senado estará à flor da pele.
No grito, não vai funcionar. É preciso jeito para sensibilizar o Congresso Nacional a aprovar medidas impopulares.
Mesmo com dois aliados na Câmara e no Senado, Bolsonaro precisará de interlocutores qualificados para aprovar as reformas.
A bola está com Bosonaro.
EXTRAÍDADEROTA2014BLOGSPOT
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