por Jorge Hernández Fonseca.
Como nos anos anteriores e com os elementos fornecidos pelos eventos atuais, quero analisar os cenários prováveis no próximo ano. Para a análise, farei considerações sobre o que estimo sejam os quatro cenários principais no futuro imediato da ilha:
• a análise da sucessão de Castro como fator de "mudanças";
• a eleição presidencial venezuelana e o controle da ilha dos processos desse país;
• relações cubano-americanas e presença de Trump presidindo os destinos dos EUA;
• as relações que Cuba reinicia com um ex-aliado russo.
• a eleição presidencial venezuelana e o controle da ilha dos processos desse país;
• relações cubano-americanas e presença de Trump presidindo os destinos dos EUA;
• as relações que Cuba reinicia com um ex-aliado russo.
No interior da ilha, Diaz Canel será o sucessor de Raúl Castro na presidência formal do país, se as expectativas forem finalmente confirmadas. Eu acredito que esta revisão da autoridade é um aspecto fundamental na provável quebra do esquema de comando até então monolítico dentro da ditadura cubana e a luta pelo poder - agora interna e subterrânea - que se tornaria patente. Um sinal importante a este respeito é o necessário e surpreendente adiamento da aposentadoria do ditador e a seleção de seu sucessor. Isso certamente desencadeou conjecturas associadas a disputas internas sobre quem será selecionado para a presidência formal pois o adiamento, em si, destaca a importância desse fato. Penso que o sucessor será Diaz Canel e que o adiamento deve mais a fatores não relacionados à pessoa que irá substituir Raúl Castro, embora essa substituição produza um agravamento da luta pelo poder dentro da ditadura, que acabará favorecendo, a curto ou médio prazo, a causa da liberdade e da democracia do sofrido povo cubano.
Venezuela: Cuba depende como nunca antes da Venezuela “madurista”. A principal tarefa da contra inteligência cubana é transformar Nicolás Maduro no candidato presidencial do chavismo para as próximas eleições presidenciais e que este candidato será eleito na caricatura eleitoral a ser montada no início deste ano para perpetuar Maduro no poder. Maduro será o candidato "eleito", mas o futuro do “madurismo” não longo.
Com relação aos EUA, Cuba 2018 aproveitará o período de calma proporcionado pelos obstáculos interpostos ao governo Trump, malgrado as mudanças que ele já promoveu na anterior política entre os dois países. Acredito que Trump quer resolver o problema cubano a médio prazo, esperando, para agir, que a sucessão e/ou o desaparecimento físico do último Castro acabem se manifestando como um conflito interno entre os reformadores e a velha guarda.
No entanto, a disputa geopolítica entre os EUA e a Rússia fez com que o último país voltasse para a ilha, começando a fornecer petróleo e planejando instalar bases militares (ou paramilitares) em Cuba, direta ou secretamente, o que complica a estratégia de Trump. Este aspecto é explosivo. Pode ser um jogo geopolítico, segundo o qual os russos começaram a apoiar o castrismo como resposta ao apoio militar dos EUA à Ucrânia. Esta relação poderia, finalmente, ser definida deixando - por parte da Rússia - os cubanos em "mãos" dos EUA, em troca de que os EUA deixassem os acontecimentos da Ucrânia nas "mãos" russas, com as exceções e recomendações usuais em ambos os casos .
Por fim, a difícil situação social, econômica e material de Cuba e da Venezuela resulta de métodos políticos ditatoriais e pode levar a uma explosão social com resultado libertador inesperado. E não seria improvável, então, o efeito dominó de um regime sobre o outro.
extrraídadepuggina.org
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