Jornalista Andrade Junior

quinta-feira, 24 de julho de 2014

O Professor e a Madame

#vamosmudarbrasilia

recebi o texto abaixo via e mail de um amigo leitor do blog. Infelizmente não tem o nome do autor, mas peço licença para publicá-lo pois por ser muito didático tem que ser compartilhado.


A negação é mecanismo de defesa essencial para que não enlouqueçamos (a morte só deve ser lembrada às vezes). Porém, como qualquer remédio, seu excesso é um veneno capaz de levar-nos ao desastre, ou à morte (quando se negam sintomas de uma doença e as providências não são tomadas).
O Professor acha que a seleção fez um bom trabalho, exceto nos seis minutos de apagão. Pensa que um passado de glórias põe a mão na Copa, junto a palestras motivacionais, dispensados a disciplina e o dever de casa. Some-se arrogância e não reconhecimento de erros, e terminamos nos 7 x 1 (e nos 3 x 0, em que não houve apagão).
Madame é semelhante, porém a coisa é mais séria, sua lista de negações é bem maior e mais grave, como o consequente desastre.
A saber: ela, seu Inventor e seu partido negam o passado, o Brasil começou em 2003. Antes havia a herança maldita. Palocci, com seus “métodos rudimentares”, quase foi crucificado por elogiar Pedro Malan.
Cesare Batisti não é terrorista e merece asilo político. Pugilistas cubanos não queriam asilo, por isso foram rapidamente reenviados para Cuba.
Qual o problema de mudar a língua portuguesa? E não é para fins populistas que ela é Presidenta, gerenta e pretendenta a reeleição. O Mensalão (que não houve) não foi substituído por loteamento de ministérios, em número “nunca antes neste país”. Aparelhamento do estado? Substituição de cargos técnicos por políticos cúmplices? Nunca! Redução populista da taxa de energia elétrica empurrando a conta para 2015? Absurdo! Gastos máximos com a máquina e investimentos mínimos? Jamais! Controle da imprensa? Como? Madame tem reiterado a importância da mídia livre. O decreto de criação dos sovietes (perdão, em português é “Conselhos populares”) não é golpe na democracia, ao contrário. Pegou em armas, não para implantar a ditadura do proletariado, mas “para defender a democracia”. Não tem inflação represada por preço artificialmente controlado, nem contabilidade criativa. Madame não dá moleza para a inflação. Não há insegurança jurídica e o país continua atraindo investimentos. Não, a balança comercial negativa não é pela importação de combustível caro para ser vendido barato, é pela zelite branca que viaja, por isso, imposto neles. E não se privativa nada, faz-se “concessões”. Não, tudo o que o ministro capacho diz tem credibilidade junto ao mercado, podem crer. Fazer um porto em Cuba é muito bom para o Brasil. Os estádios de Manaus e Cuiabá eram necessários e não se tornarão elefantes brancos. O caos de transporte urbano durante a copa não foi evitado pelos feriados que derrubaram o comércio. E qual o problema de Abreu e Lima custar quinze Pasadenas? São ambas bons negócios. Dividir o país e estimular a luta entre as elites brancas e o pobre povo? Jamais! Isso seria atiçar ódio racial, e racismo é crime hediondo, ela governa para todos.
Pelo menos o Trem-bala TAMBÉM não foi feito. É, entre tantas, sua maior não-obra.
Por tudo isso, é necessário mandar Madame ao mesmo lugar para onde foi o Professor: para casa.
 


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