#vamosmudarbrasilia
A negação é mecanismo de defesa essencial
para que não enlouqueçamos (a morte só deve ser lembrada às vezes). Porém, como qualquer remédio, seu excesso é um veneno capaz de
levar-nos ao desastre, ou à morte (quando se negam sintomas
de uma doença e as providências
não são
tomadas).
O Professor acha que a seleção
fez um bom
trabalho, exceto nos seis minutos de apagão.
Pensa que
um passado
de glórias põe a mão
na Copa, junto
a palestras motivacionais, dispensados a
disciplina e o dever
de casa. Some-se arrogância
e não reconhecimento
de erros, e terminamos nos 7 x 1 (e nos
3 x 0, em que
não houve apagão).
Madame é semelhante, porém a coisa é mais séria, sua lista de negações é bem maior e mais grave, como o
consequente desastre.
A saber: ela, seu Inventor e seu partido
negam o passado, o Brasil começou em 2003. Antes
havia a herança maldita.
Palocci, com seus
“métodos rudimentares”,
quase foi crucificado por elogiar Pedro Malan.
Cesare
Batisti não é terrorista
e merece asilo político.
Pugilistas cubanos não
queriam asilo, por
isso foram rapidamente reenviados para Cuba.
Qual o problema de mudar
a língua portuguesa? E não é para fins populistas que
ela é Presidenta, gerenta e pretendenta
a reeleição. O Mensalão (que não houve) não foi substituído por
loteamento de ministérios,
em número
“nunca antes
neste país”. Aparelhamento
do estado? Substituição
de cargos técnicos
por políticos
cúmplices? Nunca!
Redução populista da taxa de energia
elétrica empurrando a conta
para 2015? Absurdo!
Gastos máximos
com a máquina
e investimentos mínimos?
Jamais! Controle
da imprensa? Como?
Madame tem reiterado a importância da mídia
livre. O decreto
de criação dos sovietes
(perdão, em
português é “Conselhos
populares”) não
é golpe na democracia,
ao contrário. Pegou em
armas, não
para implantar a ditadura do proletariado,
mas “para defender a democracia”.
Não tem inflação
represada por preço
artificialmente controlado, nem contabilidade
criativa. Madame
não dá moleza
para a inflação.
Não há insegurança
jurídica e o país
continua atraindo investimentos. Não, a balança comercial negativa
não é pela
importação de combustível
caro para ser vendido barato, é
pela zelite branca
que viaja, por
isso, imposto
neles. E não se privativa
nada, faz-se “concessões”.
Não, tudo
o que o ministro
capacho diz tem credibilidade
junto ao mercado,
podem crer. Fazer um porto em Cuba é muito bom para o Brasil. Os estádios
de Manaus e Cuiabá eram necessários e não se tornarão elefantes
brancos. O caos
de transporte urbano
durante a copa
não foi evitado pelos
feriados que
derrubaram o comércio. E qual o problema
de Abreu e Lima custar
quinze Pasadenas? São ambas bons negócios. Dividir o país e estimular a luta entre as elites
brancas e o pobre povo?
Jamais! Isso
seria atiçar ódio
racial, e racismo
é crime hediondo,
ela governa
para todos.
Pelo menos o Trem-bala
TAMBÉM não
foi feito. É, entre
tantas, sua maior
não-obra.
Por
tudo isso,
é necessário mandar Madame ao mesmo
lugar para onde
foi o Professor: para casa.
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