#vamosmudrabrasilia
Por Gen Marco Antonio Felício da Silva* ( Cientista político )
O processo histórico e sócio-cultural, pelo qual passou o Brasil, trouxe traços que bem caracterizam o comportamento da sociedade e das elites brasileiras ao longo de nossa História. Se por um lado herdamos alguns fatores altamente positivos como Nação e como País, herdamos, também, traços negativos que contribuem, hoje, para as principais razões da crise ética e de civismo existente.
Autoritarismo, paternalismo, patrimonialismo e cartorialismo são, segundo sociólogos, algumas das características que permeiam, na sociedade brasileira, desde a sua formação, as elites dominantes. Estas jamais diferenciaram enfaticamente a coisa pública da privada, lançando mão de ambas para perpetuar a dominação exercida.
Sem dúvida, herança colonial, origem do fisiologismo e do clientelismo, ambos praticados com desenvoltura pela classe política atual, que continua confundindo o privado com o público, apropriando-se ou valendo-se, também, deste último para a consecução de interesses individuais ou de grupos. Exemplo gritante é o do PT que, com políticas assistencialistas, visa a manutenção do poder.
Embora muitos queiram fazer destas práticas corriqueira normalidade, são elas a base de grande parte da corrupção que desgraça a máquina governamental e se espraia, em todos os níveis, pelo País. São elas causa parcial, mas importante, da ineficiência administrativa pública, pois, dos ministérios aos institutos e estatais, diretorias e “cargos de confiança” são preenchidos segundo indicações políticas. Essas indicações, confirmadas após lutas de bastidores ou por meio de conchavos políticos, traduzem vantagens políticas e/ou financeiras para os que indicam e oportunidade, para os indicados, na maioria das vezes, enriquecerem as custas dos cofres da nação. Basta que se leia os jornais para que se veja o tanto de corrupção que flui das respectivas páginas e que têm origem nessas indicações. É interessante notar que uma das justificativas para a privatização da maioria das empresas governamentais, algumas estratégicas e por tal razão privatizadas de forma criminosa, é a ineficiência administrativa das mesmas, como se para tal ineficiência não concorresse a negativa ação governamental, transformando-as em cabides de empregos para apaniguados e satisfação de interesses políticos, pessoais ou partidários. A Petrobras atual é claro exemplo.
A crise ética e cívica está na base da crise sócio-política, alimentando a permanência e o incremento do maior problema do País que é a sua dicotomia social. Esta contribui, direta ou indiretamente, para implicações negativas tais como instabilidade política-social, corrupção generalizada, miséria, crime organizado, tráfico de drogas, contrabando de armas, lavagem de dinheiro e violência, em formas e graus variados. A crise de civismo, entre outras coisas, contribui para a desnacionalização da nossa cultura e para o arrefecimento do sentimento patriótico, colocando em perigo a soberania e a unidade nacionais.
Há que se enfatizar que a exceção do malfadado Collor, apoiado então por um partido “nanico”, o País foi governado, nestas 3 ultimas décadas, pelo PSDB e pelo PT, ambos acolitados pela famigerada colcha de retalhos que é o PMDB. São estes os partidos responsáveis atuais e diretos pela situação em que hoje nos encontramos. Mostram-se como repositórios, em sua maioria, de aproveitadores, alguns criminosos já condenados, e incompetentes.
Em nome do aperfeiçoamento da Democracia, tudo isso se transforma, quase com total impunidade, em décadas perdidas e em atraso irrecuperável para o País. Desgraçadamente, destes 3 partidos e do PSB ( mais do mesmo, pois, candidatos crias do apedeuta Lula), e de suas maquinações deletérias sairá o próximo responsável pelos destinos do País.
fonte averdadesufocada
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