(*) Ucho Haddad –
Dilma, sempre lembrando que abro mão da
formalidade para garantir a fluidez do colóquio, o Brasil amanheceu
envergonhado. A vergonha não é por causa do fiasco da segurança do papa, o que
já era esperado, mas devido a sua postura como chefe de Estado. A diplomacia
brasileira, Dilma, perdeu de longe para um bando de bugios famintos em plena
selva. Que espetáculo chicaneiro, Dilma! Mesmo assim, preciso reconhecer que
quando o assunto é abusar do ridículo você é “doutora honoris causa”.
Vocês, soberbos petistas palacianos, são
tão incompetentes que o único sentimento que desperta em mim é pena. Mas de
forma alguma nutrirei esse sentimento por você e seus companheiros, pois se
assim for tomam o País de assalto. Na verdade você gostaria que isso já tivesse
ocorrido, mas os brasileiros de bem hão de resistir ao projeto dos saltimbancos
da esquerda que sonham em “cubanizar” o Brasil.
Pela primeira vez em mais de trinta anos
de profissão, Dilma, senti dificuldade para escrever sobre as coisas do Brasil.
Isso por causa da vergonha que tomou conta de mim. O fiasco protagonizado por
você e sua horda foi tamanho, que a terça-feira amanheceu mais lenta e
preguiçosa, como se, envergonhada, tivesse dificuldade para avançar no
calendário. Que papelão! Ao longo de mais de cinco décadas jamais tive vergonha
de ser brasileiro, mas você conseguiu quebrar essa sequência impune.
Às vezes me pego pensando, Dilma, na
dificuldade que é mentir para tentar convencer o povo de que tudo está bem e
que você a versão de saias de Aladim. Sugiro que você tome cuidado com essa
semelhança, pois seu neto, que ainda está na fase das fábulas, pode lhe
confundir com o gênio da lâmpada maravilhosa. Essa sua falsa genialidade tem
custado caro aos brasileiros. E ainda custará muito, pois somada à de Lula
exigirá pelo menos meio século de esforço por parte da nação.
Mergulhada em uma crise
político-econômica que parece não ter fim, você foi uma péssima atriz ao tentar
mostrar aos brasileiros uma suposta intimidade com o papa Francisco. Você é uma
anti-Cristo conhecida e nada mudará a opinião dos brasileiros a seu respeito
nesse quesito. Nos outros cada um é responsável por aquilo que pensa e
acredita. Eu, assim como milhões de patrícios, tenho opinião formada sobre esse
tema e outros tantos.
Creio que se assistir às gravações do seu
encontro com o papa, Dilma, você certamente há de se envergonhar de si mesma.
Foram tantas gafes, que é impossível que isso não aconteça. Cheguei a pensar
que sua capacidade cognitiva está depauperada, mas se isso for verdade é melhor
você pedir ara sair, pois o Brasil no momento precisa de gente com o raciocínio
em ordem. E quem viu as cenas do seu encontro com o papa Francisco concluiu que
pensar é a única coisa que você não sabe fazer.
Primeiro você recebeu o papa ao pé da
escada do avião que o trouxe da Itália e chacoalhou o braço do chefe da Igreja
Católica como se cumprimentasse o dono de uma borracharia. O Chicão
borracheiro, seu amigo de longa data. Dilma, a cena foi tão ridícula e
deselegante que só faltou você dizer “e aí mano”. O papa não é um dos seus
velhos companheiros de terrorismo, tema que ele abomina, assim como não é um
dos seus camaradas que integram as Farc.
Depois, Dilma, ao puxar conversa com o
papa você, em diversos momentos, apontou o indicador na sua direção. Coisa de
gente mal educada que se sobrepõe ao interlocutor para camuflar a própria
incompetência. Fique tranquila Dilma em relação a isso, pois o mundo já sabe da
sua incapacidade como presidente. Quem não ouviu dizer a esse respeito já
percebeu o fracasso nos números da economia. Sua incompetência é tão grande,
que se fosse o papa teria medo de colocá-la para tomar conta das hóstias do
Vaticano. Sob sua responsabilidade certamente elas derreteriam, como aconteceu
com o Brasil.
Deixemos a pujante economia brasileira
para um próximo e impertinente colóquio redacional, pois a bola da vez é o
argentino Jorge Mario Bergoglio. Dilma, como se não bastasse aquele cumprimento
que parecia um terremoto, coisa de leão de chácara de bordel, você, ao final do
evento no Palácio Guanabara, beija o papa no rosto e bate nas suas costas como
se ele fosse um velho conhecido. Por alguns segundos pensei que você tirar o
papa para dançar, para encarar um “Hali-Gali”. Depois que você cantou e
aplaudiu o Hino Nacional, tudo é possível.
O papa exibiu elegância tão magistral,
que você, Dilma, se apequenou diante de tanto cavalheirismo, dando espaço às
suas atitudes ridículas. A grande questão é que você confunde lhaneza com
cretinice. Sabe, Dilma, meu finado pai, que sempre agiu com firmeza comigo,
repetia uma frase que ficou na minha memória. “Quando o sujeito é burro, peça a
Deus que o mate e o diabo que o carregue”. Confesso que não desejo a morte de
ninguém, nem mesmo do mais figadal dos inimigos, quem dirá de alguém por quem
sinto pena. Contudo, Dilma, preciso admitir que a tal frase cai como luva na
sua seara a qualquer momento. E se isso acontecer, gente para lhe carregar não
há de faltar.
Refeito do susto que levei ao vê-la
beijando o papa, passei a analisar o seu comportamento ridículo, que
envergonhou nove entre dez brasileiros. É notório o seu desespero diante da
crise que chacoalha o Palácio do Planalto, mas de nada adianta fingir que é
amiga de boteco do Bergoglio. Afinal, para ele você é uma ilustre e vexatória
desconhecida. Assim, só posso concluir que ao ver o papa você se lembrou
daquela frase “o pau que bate em Chico, bate em Francisco”. E por isso você
sentou a pua no santo padre. Dilma, vá com calma, pois o papa não é o cofre do
Adhemar!
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