Governantes reprovados na reação às ruas - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE
CORREIO BRAZILIENSE -
As pesquisas de opinião
pública reverberam o grito de insatisfação com os governantes que ecoa
nas ruas do país, mesmo depois das tentativas de resposta, comprovando o
descontentamento em relação às medidas até aqui implementadas e
anunciadas. Para se ter ideia, a parcela da população que avaliava o
governo da presidente Dilma Rousseff como ótimo ou bom despencou de 55%
para 31% de junho para cá - o mesmo percentual o considera, hoje, ruim
ou péssimo. E sete de 11 governadores de estados em que a consulta foi
feita estão em situação ainda pior, com apenas quatro deles superando os
30% de aprovação, dos quais, só um, Eduardo Campos (PSB), de
Pernambuco, foi enaltecido pela maioria (58%) de seus governados.
A lanterninha da reprovação coube a Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, com 12% de ótimo ou bom, seguido por Marconi Perillo (PSDB), de Goiás (21%); Tarso Genro (PT), do Rio Grande do Sul (25%); Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo (26%); Jacques Wagner (PT), da Bahia (28%); Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo (29%); Raimundo Colombo (PSD), de Santa Catarina (30%); Antonio Anastasia (PSDB), de Minas Gerais (36%); Cid Gomes (PSB), do Ceará (40%); e Beto Richa (PSDB), do Paraná (41%). As apreciações foram colhidas pelo Ibope, por encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 9 e 12 de julho, com 7.686 pessoas de 434 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.
O recado não podia ser mais claro: se o gigante já não dorme em berço esplêndido, urge seus dirigentes acordarem do sono profundo. Lá se vão mais de 40 dias desde o início dos protestos, e a sensação é de descrédito generalizado, um baque na democracia, que carece de uma classe política forte, capaz de atender aos anseios populares. E quem mais chegou perto de dar a resposta certa às ruas, a presidente da República, obteve nota abaixo da média: 4, numa escala de 0 a 10. Na sequência, aparecem os prefeitos, com 3,7; os governadores, 3,6; o Senado Federal, 3,0; e a Câmara dos Deputados, 2,8.
Preocupa que, a pouco mais de um ano das eleições, os governantes cedam à tentação da demagogia, para chegarem ao fim do mandato em condições de disputar a reeleição ou fazerem o sucessor. Esse certamente seria o pior caminho. A conjuntura econômica recomenda rigor fiscal, com contenção de gastos. E o que o povo cobra nada mais é do que coerência entre os impostos que paga e a qualidade dos serviços públicos que recebe de volta. Em outras palavras: eficiência. Um choque de gestão que perpasse os vários níveis de governo, do municipal e do estadual até o federal é a resposta esperada pelas ruas. Do contrário, a popularidade de Suas Excelências seguirá ladeira abaixo.
A lanterninha da reprovação coube a Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, com 12% de ótimo ou bom, seguido por Marconi Perillo (PSDB), de Goiás (21%); Tarso Genro (PT), do Rio Grande do Sul (25%); Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo (26%); Jacques Wagner (PT), da Bahia (28%); Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo (29%); Raimundo Colombo (PSD), de Santa Catarina (30%); Antonio Anastasia (PSDB), de Minas Gerais (36%); Cid Gomes (PSB), do Ceará (40%); e Beto Richa (PSDB), do Paraná (41%). As apreciações foram colhidas pelo Ibope, por encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 9 e 12 de julho, com 7.686 pessoas de 434 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.
O recado não podia ser mais claro: se o gigante já não dorme em berço esplêndido, urge seus dirigentes acordarem do sono profundo. Lá se vão mais de 40 dias desde o início dos protestos, e a sensação é de descrédito generalizado, um baque na democracia, que carece de uma classe política forte, capaz de atender aos anseios populares. E quem mais chegou perto de dar a resposta certa às ruas, a presidente da República, obteve nota abaixo da média: 4, numa escala de 0 a 10. Na sequência, aparecem os prefeitos, com 3,7; os governadores, 3,6; o Senado Federal, 3,0; e a Câmara dos Deputados, 2,8.
Preocupa que, a pouco mais de um ano das eleições, os governantes cedam à tentação da demagogia, para chegarem ao fim do mandato em condições de disputar a reeleição ou fazerem o sucessor. Esse certamente seria o pior caminho. A conjuntura econômica recomenda rigor fiscal, com contenção de gastos. E o que o povo cobra nada mais é do que coerência entre os impostos que paga e a qualidade dos serviços públicos que recebe de volta. Em outras palavras: eficiência. Um choque de gestão que perpasse os vários níveis de governo, do municipal e do estadual até o federal é a resposta esperada pelas ruas. Do contrário, a popularidade de Suas Excelências seguirá ladeira abaixo.
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