Há poucos dias de se iniciar o XIX Encontro do Foro de São Paulo,
na cidade que deu nome a esta organização, coisas obscuras e
silenciadas pela mídia nacional ocorreram bem debaixo dos narizes do
povo e das autoridades mas merecem uma investigação séria.
No
início do mês de julho tomamos conhecimento de que aviões da Força
Aérea Venezuelana (FAV) estiveram em várias partes do país,
desembarcando grupos de aproximadamente 200 militares, a maioria em
trajes civis e alguns poucos fardados. Depois do desembarque formavam-se
grupos de 40 deles que, sob as vistas discretas dos fardados,
embarcavam em vôos comerciais junto com outros passageiros. O primeiro
grupo seguiu do aeroporto de Campo Grande e alguns desceram em São
Paulo, enquanto o restante seguia - não se sabe para onde -, pois o vôo
ainda faria escalas em Maringá, Curitiba e Porto Alegre.
Consultadas, as autoridades da Força Aérea Brasileira informaram o que segue:
- o C-130 venezuelano realmente pousou em SBCG no dia 8, ficando estacionado ao lado de um avião da GOL;
- foi um pouso técnico para reabastecimento;
-
os passageiros e tripulantes, cerca de 40 militares, foram autorizados a
entrar no terminal de passageiros, sendo submetidos aos procedimentos
padrões de aduana e imigração;
- todos retornaram ao C-130;
- a bordo do C-130 havia um blindado;
-
o destino da aeronave era Montevidéu, para onde iria o presidente
Maduro (a fim de tomar parte em uma reunião de chefes de estado);
- supõe-se que os passageiros do C-130 iriam fazer a segurança do Maduro;
-
tudo o mais que foi divulgado na internet não passa de história
fantasiosa criada por alguma mente muito fértil que a postou em um blog.
Outra
fonte me informa que a Polícia Federal (PF) confirmou que havia
inspecionado um grupo de 80 passageiros e que nenhum permaneceu no país,
seguindo para o Uruguai na manhã do dia 09/07. Entretanto, a mesma
fonte me informa que “outro vôo da FAV pousou em Roraima, com cerca de 200 pessoas, desembarcaram e dispersaram em destinos diferentes”.
Ora,
não é a primeira vez que os militares brasileiros são enganados por
este governo, tendo ocorrido um fato desagradável em fevereiro de 2011,
quando as FARC exigiram que, para devolver à liberdade três colombianos
seqüestrados em seu poder, necessitavam de helicópteros da nossa FAB que
se deslocou para lá e foi usada vergonhosamente conforme denunciei na
ocasião em meu blog (ler aqui:http://notalatina.blogspot. com.br/2011/03/resposta- alguem-que-estava-la-no.html).
É
provável que uma quantidade desses militares venezuelanos tenha apenas
feito escala para reabastecimento em solo brasileiro e seguido para
Montevidéu, e que faziam parte da guarda pessoal do usurpador
“presidente” Nicolás Maduro, uma vez que no dia 11 de julho ocorreria
uma reunião do MERCOSUL. Tudo isto é crível. O que não podemos
acreditar, porque são os fatos que provam o contrário, é que fosse
necessário enviar dois aviões, um aterrissando em Campo Grande e outro
em Roraima, para depois seguir ao Uruguai a fim de fazer a guarda de
Maduro. Sabemos - e até as pedras venezuelanas sabem - que essa guarda é
a mesma que servia ao defunto Hugo Chávez, composta por militares
pertencentes ao G2 cubano, escolhidos a dedo pelo próprio Fidel Castro,
com passaportes venezuelanos falsos.
Seria
ingenuidade acreditar que esses dois aviões trazendo 400 militares
cubano-venezuelanos iam TODOS fazer a guarda de Maduro, e justamente num
país onde o presidente é seu amigo e, como ele, membro do Foro de São
Paulo? Seria “história fantasiosa” de “alguma mente muito fértil”,
imaginar que dentre esse enorme grupo havia terroristas das FARC
devidamente cedulados como “venezuelanos” (isso é fartamente conhecido
pelas Forças Armadas colombianas e também denunciado pelo Notalatina),
que vieram se estabelecer no Brasil? Em quem devemos acreditar: nas
fotos que comprovam esses detalhes e o relato da pessoa que viajou no
mesmo vôo do grupo que desembarcou em São Paulo, ou no que disseram as
autoridades da FAB e da PF? Já vimos e tomamos conhecimento de tantas
coisas encobertas pelos órgãos oficiais de segurança brasileiros, que
obedecem em última instância à chefe do Governo nacional, que não me
espantaria se a informação dada pela FAB tenha sido aquilo que foi
“permitido” divulgar, afinal, clandestinidade não é exatamente uma
atitude desconhecida ou repudiada pela mandatária brasileira.
Futuramente
saberemos o que estes elementos vieram fazer aqui, mas aposto numa
coisa: legal e oficialmente, nem um terço deles veio ou está no Brasil.
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