Coração Alerta: o infarto não escolhe idade e nem sexo
“As doenças cardiovasculares são as maiores causadoras de morte no mundo, afetando países em desenvolvimento como o Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, 29,4% das mortes, por ano, no país, são causadas, principalmente, por infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Estima-se que em nosso país ocorrem, por ano, cerca de 300 mil casos de infarto agudo do miocárdio, sendo que mais de 80 mil pessoas vão ao óbito.”
Campanha Coração Alerta, promovida pela SBHCI (Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista) em parceria com a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia.),
A SBHCI e a SBC são sociedades de especialidade médica, sem fins lucrativos, cuja missão é desenvolver a cardiologia brasileira, certificar a atuação de seus profissionais com qualidade e eficiência em prol da saúde da comunidade. “Nosso objetivo é reduzir a mortalidade por infarto no Brasil em 50% até 2014 e isso só será possível por meio do tratamento e acesso à informação. A população precisa saber como se comportar em uma situação de risco.
Apesar de relacionarmos problemas cardíacos com determinado perfil, a Campanha Coração Alerta pretende mostrar que o infarto não escolhe idade e nem sexo.Para promover a importância da prevenção e cuidados com a saúde, a Campanha Coração Alerta disponibiliza informações sobre fatores de risco, quais são os principais sintomas, tratamentos e dicas de bem-estar e alimentação. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares causam 17,3 milhões de óbitos por ano, mas há uma diminuição de mortalidade nos países que promoveram campanhas de conscientização e se equiparam para o tratamento de doenças cardiovasculares.
E mesmo quem não está na faixa de risco deve estar atento: o infarto agudo do miocárdio atinge pessoas cada vez mais jovens e as mulheres estão neste grupo crescente por conta do aumento de obesidade e do tabagismo. Em mulheres jovens, a associação da pílula anticoncepcional com o cigarro representa uma das maiores causas de infarto em mulheres em idade fértil, aumentando o risco delas em até cinco vezes.
No Brasil, mais de 200 mulheres morrem por dia vítimas de Infarto, sendo as cardio e cerebrovasculares a principal causa de morte entre elas, chegando a matar seis vezes mais que o câncer de mama, onde temos campanhas já bem estabelecidas. As mulheres estão a cada ano mais expostas ao risco, pois cerca de 40% apresentam aumento da cintura abdominal, mais de 20% fumam, 18% são ex-fumantes, 23% têm seus níveis de pressão arterial acima do preconizado e 21% possuem alteração dos níveis de colesterol, além de estarem cada vez mais inseridas no mercado de trabalho e, portanto, acumulam o estresse do trabalho com o dos cuidados da família, comprometendo em muito a qualidade de vida.
Como evitar?
A prática de exercícios físicos, hábitos saudáveis na rotina e uma alimentação rica em legumes, frutas e hortaliças são indispensáveis para combater as doenças cardiovasculares e diminuir a probabilidade de sofrer um infarto. Vale lembrar que o principal risco de infarto é a falta de informação.
Mudanças simples na rotina podem ter grande significado, que tal começar por estas 5?
- Monitorar seu peso, colesterol, pressão arterial e diabetes. É fundamental realizar avaliações médicas periódicas para detecção de fatores de risco cardiovasculares como a pressão alta, o diabetes e as alterações do colesterol, a partir dos 30 anos de idade pelo menos.
- Praticar atividades físicas regularmente. Uma caminhada diária de 30 minutos, por exemplo, é ótima, ajuda no condicionamento, na queima das calorias, na redução da pressão arterial e dos nível de glicose e colesterol no sangue, diminuindo assim o risco de um futuro infarto do miocárdio ou derrame cerebral.
- Alimentar-se de forma saudável, excluindo as frituras, alimentos processados, salgadinhos e excesso de gorduras;
- Incluir gorduras “boas” na dieta, como: azeites extravirgem, peixes e oleaginosas (amêndoas, castanhas e nozes);
- Não fumar, não consumir bebida alcoólica em excesso, nem usar drogas.
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