Por Mark Thornton
Que bom te ver por aqui, seja bem vindo. Neste espaço busco repassar a informação séria, sem censura. Publico artigos e notícias que estão na internet e que acredito serem de interesse geral. Também publico textos, vídeos e fotos de minha autoria. Nos textos há sempre uma foto ou um gif, sempre ilustrativa, muitas vezes, nada tem a ver com o texto em questão. Para entrar em contato comigo pode ser em comentários nos artigos ou, então, pelo e mail andradejrjor@gmail.com.
Por Mark Thornton
ANTONIO CARLOS PORTO GONÇALVES/INSTITUTOLIBERAL
O governo brasileiro inverteu a relação temporal costumeira entre a austeridade econômica e a necessidade eleitoral. Os governos costumam adotar medidas austeras necessárias no início dos seus mandatos e, ao final destes, próximo às eleições, com a inflação baixa, aumentam seus gastos para obter bons resultados eleitorais.
Mas, logo de início, o governo atual expandiu fortemente o gasto público, levando a um aumento do Produto Interno Bruto do país. O excesso cometido está acelerando a inflação, o que sustou a redução paulatina da taxa de juros que vinha ocorrendo, invertendo-a.
A expansão econômica não aumentou suficientemente a receita fiscal para compensar o maior gasto público. Como resultado, a dívida pública brasileira, já vultosa, cresceu 15% desde o início de 2023. A desconfiança gerada levou à subida da taxa de câmbio entre real e dólar, o que realimenta a inflação. A popularidade do governo, simultaneamente, tem diminuído.
A questão que se coloca, no momento, diz respeito à postura do governo nos próximos meses. Vai tentar aumentar a receita fiscal, vai interferir no esforço do Banco Central para obter a meta de inflação, vai controlar os preços, sobretudo dos alimentos, dos combustíveis e do dólar? Ou vai reduzir o gasto público? Esta é a incerteza básica de política macroeconômica nos próximos 6 meses.
Considere estas várias alternativas. Haverá muita dificuldade para aumentar a receita tributária; o país é fiscalmente caro (e confuso) para seus cidadãos, e mais impostos podem “exportar” a atividade econômica no Brasil. Sacrificar a independência do Banco Central e sua meta de inflação será um retrocesso importante para nossa construção institucional, gerando desconfiança nos atores econômicos.
A incerteza
Controlar diretamente os preços e o câmbio pode ter algum efeito imediato, mas é inflacionário a médio e longo prazos: pois, se uma pessoa paga continuamente menos pela gasolina de preço controlado, por exemplo, vai ter mais sobras de recursos para comprar outras coisas, cujos preços aumentarão. Eventualmente, a gasolina também terá que ser reajustada.
A solução adequada para o atual desequilíbrio econômico é a redução do gasto público, o que seria politicamente menos danoso do que a inflação. Considere, por exemplo, o caso da Argentina atual, cujo governo reduziu os gastos e diminuiu a inflação — e sua popularidade até aumentou, desmentindo as previsões de que seria um governo politicamente sitiado.
Por Antonio Carlos Porto Gonçalves. Ph.D. em economia e conselheiro superior do Instituto Liberal.
PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/economia/a-incerteza-macroeconomica-no-brasil-atual/
DELTANDALLAGNOL/YOUTUBE
“Encarnação do mal”: Barroso libera Dino e Zanin para julgar Bolsonaro
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SEM MIMIMI /youtube
Essa semana o Alexandre de Moraes perdeu as estribeiras por causa do Golpe SEM MIMIMI
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RUBINHO NUNES/YOUTUBE
LULA ABANDONADO e MORAES ACUADO! BIGTECHS exigem RESPOSTAS na JUSTIÇA!
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GAZETA DO POVO
Em desespero, petistas querem matar a vaca leiteira da economia /
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J.R. Guzzo - Os magistrados brasileiros não aplicam a lei — usam a lei. Decidem segundo o caso, a pessoa envolvida e os seus interesses políticos ou financeiros
V amos começar com uma pergunta compreensível, descomplicada e fácil de responder: você acredita que teria chances de receber uma sentença honesta, ou pelo menos coerente com a lei, se entrasse com uma ação numa vara judicial do Congo, digamos, ou de Ruanda, ou de algum dos 25 países da África que pelas últimas contas estão em guerra neste momento? E num tribunal da Al-Qaeda, ou do Exército Islâmico, ou coisa parecida? Que tal o Afeganistão, ou a esquadra judicial de algum grupo terrorista que vive de pirataria em alto-mar? Vamos, agora, à pergunta que interessa: você acha, sinceramente, que as coisas seriam diferentes na Justiça brasileira como ela ficou hoje — a começar pelo STF?
A única resposta possível, diante dos fatos concretos, indiscutíveis e visíveis para todo o mundo, é não e não. Não existe justiça em nenhum dos lugares citados na primeira pergunta. Não existe justiça, da mesma forma, no Brasil. A razão fundamental é a mesma: em nenhum dos casos o Estado nacional e quem tem a força bruta respeitam o que está escrito nas leis ao tomarem as suas decisões. Há leis, é claro — até numa tribo perdida no fim do mundo há algum tipo de lei. Mas os magistrados não cumprem o que as leis mandam fazer, ou cumprem para uns e não para outros, ou cumprem hoje e não cumprem amanhã. Dão sentenças opostas para as mesmas questões. Não aplicam a lei — usam a lei. Decidem segundo o caso, a pessoa envolvida e os seus interesses políticos ou financeiros.
Os ministros do Supremo, daquela maçaroca de “tribunais superiores” de Brasília e dali para baixo, rumo aos tribunais de Justiça dos Estados e às comarcas de primeira instância, acham que é um exagero dizer qualquer das coisas ditas acima. Pior: acham que é um “ataque à Justiça”. Na melhor das hipóteses, debitam esses “ataques” ao inconformismo humano de quem perdeu uma causa na Justiça ou discorda de alguma decisão — fruto, naturalmente, da sua ignorância das leis e da sua pretensão absurda de “discutir com o juiz”. É a resposta automática do sistema a qualquer crítica. “Por acaso você é formado em Direito? Quem é você para discutir com um jurista de notável saber jurídico?
Será? Será que não dá para discutir nem com o notável saber jurídico do ministro Dias Toffoli — que foi reprovado duas vezes no concurso para juiz de Direito e, como tal, não está qualificado para decidir nem uma ação de despejo? É claro que dá para discutir. Não apenas é um direito do cidadão. Do jeito que as coisas estão indo com a Justiça brasileira, já é um dever. Para quem tem condições de se manifestar em público, como a Revista Oeste, na verdade tornou-se impossível levar a sério um sistema judicial que destrói, a cada dia, o direito constitucional das pessoas de receber justiça segundo o que está escrito na legislação. Não há exagero nenhum. Há juízes que negam a lei.
Não se trata de uma opinião: é um fato. Se a lei, como ocorre no Brasil de hoje, não é a mesma para todos, não é aplicada da mesma forma e durante o tempo todo, e vale ou não vale conforme o que o STF decide na hora, então não há lei nenhuma. É exatamente o que está acontecendo hoje no país. Por acaso algum cidadão preso pelas autoridades públicas tem direito à plena proteção do processo legal, se for “de direita” ou estiver sendo perseguido pelo ministro Alexandre de Moraes? Até uma criança de curso primário sabe que não. O Brasil de hoje é o centro mundial da insegurança jurídica — a situação em que ninguém, sobretudo os advogados, pode ter uma expectativa racional de que a lei será obedecida.
O país superou, na verdade, a mera insegurança jurídica. Está hoje em situação de crescente anarquia legal, criada diretamente pela violação das leis por parte do STF — e dali, como num processo de metástase, irradiada para baixo em todo o aparelho judicial brasileiro. A negação das regras mais básicas do Estado de Direito não é, há pelo menos seis anos, uma anomalia ocasional, dessas que podem acontecer nas melhores famílias da democracia mundial. Passou a ser um sistema. A surpresa, hoje, é ver a Justiça agir como um Poder que cumpre a lei. O seu pão-nosso-de-cada-dia, ao contrário, é a recusa em respeitar o ordenamento jurídico tal como ele é.
Há literalmente centenas de casos, a maioria processada na escuridão do anonimato e envolvendo gente que não tem nenhuma condição de se defender, que comprovam de forma material a violação sistêmica das leis pelo STF — isso para ficar só no STF, e só nas violações mais óbvias. Acontece todos os dias. Está acontecendo neste exato momento, mais uma vez. A lei proíbe, por exemplo, que o juiz tome parte da negociação entre acusado e promotor, para efeitos de possível delação premiada, se é ele quem vai julgar a causa. Alexandre de Moraes faz o contrário. Não só participa, como comanda o processo — e ameaça prender o delator, o seu pai, a sua mulher e a sua filha maior se ele não disser o que querem que ele diga.
A mídia e os juristas consultados pela mídia, sempre os mesmos, fazem extensas considerações dizendo ao público que o ministro age de maneira perfeitamente legal — nunca, jamais, em caso algum, a mídia e os juristas acham que o ministro Moraes faz alguma coisa errada. Isso não torna o episódio legal, como nada é legal na raison d’être do atual STF: tornar oficial, jurídica e acabada a ficção de que houve um golpe armado no país, que o responsável é o ex-presidente Jair Bolsonaro e que ele tem de ficar na cadeia pelo resto da vida para não haver nenhum risco de que venha a ganhar uma eleição de novo. O “golpe” nunca foi dado e não há prova nenhuma contra ninguém. Mas também não há lei — e é justamente para isso que não há lei.
Se houvesse, seria simplesmente impossível, entre sabe lá Deus o que mais, aceitar dos pontos de vista jurídico e moral que o ex-presidente seja julgado por inimigos declarados, como os ministros Moraes e Flávio Dino — este, inclusive e em público, chamou Bolsonaro de “demônio”. Está bom assim, ou precisa de mais alguma coisa? Os réus não vão ter direito a recurso das sentenças que receberem, coisa que deve ser ilegal até no Congo. O julgamento jamais poderia ser feito diretamente no STF. Os advogados não puderam exercer o direito de defesa. Todo o processo, do primeiro minuto até hoje, é uma árvore envenenada. Tudo o que saiu dela é ilegal — fruto contaminado pelo veneno original.
Se vale tudo no processo do “golpe” então vale tudo no resto — e essa bem que pode ser, todas as contas feitas, a pior depravação trazida ao Brasil pelo Supremo. Com certeza, é a mais duradoura e difícil de resolver algum dia. A política passa, mas o Erário fica, e o STF aboliu, com suas sentenças, o crime de corrupção no Código Penal Brasileiro. Aí complica. Os ministros, na verdade, criaram uma jurisprudência no Brasil única no planeta: se o sujeito provar que é ladrão, inclusive com confissão feita na presença de seus advogados, ele é absolvido e recebe de volta o dinheiro que roubou. Por que os ladrões do futuro seriam condenados?
“Se o ministro do STF pode fazer o que bem entende, por que eu também não poderia?” Essa é a pergunta no STJ, em seus similares de Brasília, nos tribunais de Justiça dos Estados e em toda a magistratura. Os efeitos estão aí. Desembargadores e juízes construíram para si um paraíso salarial onde recebem R$ 100 mil por mês, ou R$ 200 mil, ou R$ 500 mil, e daí para cima — e dessa aberração resulta que o Brasil tem o Judiciário mais caro do mundo. A venda aberta de sentenças, nos tribunais de Justiça, está todos os dias na mídia. Na prática, é permitida: não há nenhum magistrado preso no Brasil. A própria noção do que é a palavra “lei” está em vias de extinção. Basta ver que um juiz — isso mesmo, um juiz — propôs que fosse legalmente proibido o uso da palavra “penduricalho”. Segundo ele, é um “ataque à Justiça”
Não há segurança nenhuma para os cidadãos, enfim, quando o ministro Alexandre de Moraes prega em aula magna nas Arcadas, e é aplaudido pela plateia, que o Brasil tem de eliminar legalmente a liberdade de expressão nas redes sociais. Não é liberdade, diz o ministro — ele, Moraes, e não o Congresso Nacional. É uma armação de multinacionais para manipular, violar e falsificar “o algoritmo”. Com isso, segundo Moraes, lavam o cérebro do ser humano. Com o cérebro de todo mundo lavado, tipo geral, as multis vão acabar com a democracia no Brasil e no resto do planeta, e impor uma ditadura mundial de extrema direita. Para impedir isso, é preciso banir da internet as opiniões que ele, Moraes, considera extremistas, direitistas e impróprias para serem ouvidas pela população. Não é que isso seja apenas uma acusação “sem provas” — como sempre diz a mídia quando não gosta do que ouve. É algo que não tem nenhum vestígio de fundamento lógico.
Quando um ministro do STF se sente livre para agir dessa maneira, é que se sente livre para tudo. O ministro viajou da conspiração dos algoritmos para a exposição de suas teses sobre a sociedade brasileira — incluindo a extraordinária alegação de que é uma “classe média” frustrada, na maioria “branca, hétero e com mais de 45 anos”, quem realmente é a favor das redes sociais no Brasil. É gente, na sua opinião, que está na fronteira do “nazismo” — e, como tal, precisa ser erradicada da face da Terra. É um legítimo “Chauí II, O Retorno” — a musa filosófica do PT que pelo menos disse, logo de uma vez, “eu odeio a classe média”. É aí que Moraes e o STF vieram amarrar o nosso burro.
Os ouvintes bateram palmas — eis aí o Xandão que eles amam. Uma das coisas mais tristes desta vida é ver um jovem puxa-saco, ou um puxa-saco jovem, como os que rodam no cordão do ministro. Fazer o quê? Mas isso não é o pior — é baixo-astral, e fica por isso mesmo. Ruim, para valer, é o veneno que o STF espalha pelos sete lados, da desordem legal à corrupção, das ações pró-ditadura ao colapso de um sistema de Justiça coerente. Pior ainda, está construindo uma sociedade de ódios, de dogmas estatais e de discriminação entre os cidadãos. É o ministro Moraes quem está dizendo. Se você é da classe média, branco, hétero e tem de 45 anos para cima, você é um suspeito, um extremista político e um inimigo oculto da “democracia”. Cuidado. O consórcio Lula-STF está atrás de você.
J.R. Guzzo - Revista Oeste
publicadaemhttps://rota2014.blogspot.com/2025/02/jr-guzzo-lei-morreu.html
Alex Pipkin, PhD
Por que existe Estado?
Penso que, basicamente, esse se justifica pela necessidade de prover serviços públicos, garantir direitos individuais e promover a segurança e a justiça - verdadeira!
Na republiqueta verde-amarela, da burocracia e da procrastinação, é recorrente e sabido, que é preciso reduzir o tamanho da mastodôntica máquina estatal e, ao mesmo tempo, aumentar a sua eficiência. Qualquer sujeito com razoável visão e experiência empresarial, enxerga a olhos nus, que existe uma série de processos que não agregam valor para a população. Servem apenas de poder de barganha para acomodar "apadrinhados políticos"... O conhecido e antigo cabide de emprego.
Analisando-se sob a ótica do desempenho e de resultados, aparenta que a automatização de processos ainda não pairou sob os ares de Macunaíma.
Vejam o Judiciário brasileiro. Abissal - o que há de prédios novos, hein?! -, caro - comprovado por comparativos -, e o que é pior, mais do que moroso! Ineficiente! Além disso, a imoralidade reina. Alguns membros do Judiciário, recebem salários acima do teto constitucional, somados a uma infinidade de penduricalhos, descolados da realidade dos reles mortais.
Porém, na visão dos "doutores", esses são medidos por "indicadores de desempenho". A piada já vem pronta. Quase todo mundo sabe que a produtividade do setor público cresce tal qual rabo de cavalo!
Com base nos fatos e dados, no governo Bolsonaro - apesar de suas mazelas -, o ministro Paulo Guedes enfatizou a ideia das desestatizações e da redução da máquina e gastos públicos. Novamente, de fato, houve uma redução do número do funcionalismo.
Já no governo Lula, evidente, o grito de ordem é o maior intervencionismo estatal e o ainda maior inchação do setor público. Nesse "governo" Lula, deu-se o maior crescimento do número de servidores desde 2021. No que tange a custos, houve o maior incremento desde 2019, alcançando, em 2024, a cifra R$ 62,5 bilhões! Ocorreu um aumento da máquina pública federal, em termos de pessoal e de despesas, sem qualquer contrapartida em nível de serviços e resultados positivos para os brasileiros.
Nesse país da retórica, da mentira e da procrastinação, a elite do funcionalismo público - e politiqueiros "da hora" - sempre e falaciosamente, arrotam chavões, tais como eficiência e produtividade, visando a reforma do sistema em um futuro que nunca chega, e tampouco chegará.
O negócio deles é claro como água cristalina: "não mexe aí no meu queijo". O "status quo" dia sim, outro dia sim, prevalece e nada acontece, nem acontecerá!
Embora o setor público seja distinto do privado, não se miram as boas e melhores práticas empresariais, a fim de que se implementem melhorias do setor privado, completamente adaptáveis ao público.
Quando existe um dono do negócio, evidente que esse e seus prepostos, estão, diuturnamente, preocupados com custos, produtividade, nível de serviços e lucro, buscando identificar e implementar oportunidades de melhoria. É uma simples questão de sobrevivência empresarial.
Tenham em mente que se depender de políticos e do alto funcionalismo público, a reforma para o bem da eficiência e dos brasileiros nunca chegará! Eles têm seus "motivos"! Nunca acordarão do sono dos sicilianos...
A mudança, a reforma no serviço público, imagino eu, somente acontecerá, caso algum político, num delírio de liberalismo, dê a um homem e/ou mulher, de mente e experiência empresarial, a autoridade, e este tenha autonomia para fazer acontecer, ou seja, realizar aquilo que factualmente necessita ser feito, visando a melhoria dos serviços e a imperiosa redução dos gastos públicos.
Não, não há vontade política, e eu já tenho quase sessenta para acreditar em Papai Noel.
Neste momento, vem-me à mente a famosa frase do ex-presidente americano, Ronald Reagan, dita em seu discurso de posse em 1981: "O governo não é a solução para o nosso problema; o governo é o problema".
Ele, como qualquer empresário "de verdade", é sabedor de que para o aumento da eficiência e de resultados positivos para à população, é necessário um muito menor intervencionismo estatal, a eliminação da burocracia e da alta regulamentação, e a consequente liberdade dos indivíduos das afiadas garras do Leviatã vermelho, verde-amarelo.
Singelo, não?
publicadaemhttps://www.puggina.org/outros-autores-artigo/logica-do-privado-para-reformar-o-publico__18414
Augusto Nunes -
No meio da aula magna para calouros do curso de Direito de uma universidade paulista, o ministro Flávio Dino reconheceu que, de acordo com a Constituição de 1988, o Legislativo legisla, o Executivo executa e o Judiciário julga. Mas os tempos são outros, ressalvou o caçula do Supremo Tribunal Federal. Ele vestiu a toga pela primeira vez em fevereiro de 2024. Pouco mais de um ano. Tão curto período no Pretório Excelso foi suficiente para elevá-lo à categoria dos doutores em tudo.
“O protagonismo do Poder Judiciário é uma marca do nosso tempo que veio para ficar”, comunicou Dino aos universitários recém-chegados. “O Supremo está condenado a arbitrar temas políticos, econômicos e sociais.”
Militante comunista desde o berçário, deputado federal e governador do Maranhão eleito pelo PCdoB, senador pelo PSB e ministro da Justiça do governo Lula, ele fingiu que nunca ocupou cargos no Legislativo e no Executivo, talvez para louvar sem remorso a entrega dos demais Poderes aos doutores em tudo. “Se a política não resolve alguns problemas, isso vai para algum lugar”, foi em frente. Qual lugar?
O Supremo, claro. No momento, por exemplo, Dino cuida simultaneamente de pendências e complicações que vão do mercado de trabalho no Brasil ao serviço funerário em São Paulo, das queimadas na Amazônia às emendas orçamentárias impositivas — sem deixar de manter sob estreita vigilância a prioridade número 1: os desdobramentos do “golpe de Estado” tramado por Jair Bolsonaro.
Desde março de 2019, quando os ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes plantaram no Pretório Excelso o inquérito das fake news, as sumidades trajadas de preto não param de intrometer-se em assuntos alheios. Passados seis anos de abusos, continuam convencidos de que, para preservar o Estado de Direito, é preciso submeter a medonhas sessões de tortura o que chamam de “Carta Magna”.
Com a soberba de quem efetivamente acredita que salvou o Brasil dos fascistas de extremíssima direita, seguem confiscando territórios pertencentes ao Legislativo e ao Executivo. Neste fim de fevereiro, o STF resolveu deliberar também sobre desavenças internacionais, expropriando uma área até agora confiada ao governo federal.
Decidido a livrar a humanidade das redes sociais, obcecado pela eternização da censura em escala planetária, faz uma semana que Moraes declarou guerra ao grande satã americano. Assim, neste 24 de fevereiro, também simulando proferir uma aula magna para calouros paulistas, passou mais de uma hora mandando chumbo em qualquer coisa ou gente com sotaque ianque.
Ele é gerente da vara criminal semiclandestina que administra mais de 2 mil casos, além de capataz da usina de sentenças condenatórias, tornozeleiras eletrônicas e restrições sem pé nem cabeça. Mas deixou de lado tais ocupações e mandou às favas temas que interessam a futuros advogados para concentrar-se no alvo da vez. Transcrito sem correções nem retoques, segue-se um dos melhores piores momentos do bombardeio:
As big techs não são enviadas de Deus, como alguns querem. Elas não são neutras. São grupos econômicos que querem dominar a economia e a política mundial, ignorando fronteiras, ignorando a soberania nacional de cada um dos países, ignorando as legislações, pra aferir poder e lucro. Democracia é um negócio… pras big techs… porque tudo pras big techs é dinheiro, é um negócio. Democracia é um negócio. Assim como vendemos carro, vamos vender candidatos.”
Como sua comarca clandestina não abarca os Estados Unidos, o Primeiro Carcereiro teve de engolir comentários irônicos de executivos de big techs, críticas de jornalistas estrangeiros, contragolpes de deputados republicanos e mensagens explícitas ou em código — todas pouco animadoras — remetidas por autoridades do governo Trump. Nesta quinta-feira, de volta a Brasília, Moraes treplicou com a leitura de um discurso na sessão do STF. Se o idioma nacional foi poupado das pancadas desferidas por improvisos do ministro, a História não escapou do pontapé abaixo da linha da cintura.
“Deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822”, tropeçou Moraes ao declamar o que deveria ser o clímax do palavrório. Merece zero com louvor no Enem. O Brasil deixou de ser colônia em 16 de dezembro de 1815, quando D. João, ainda príncipe regente, fez do Brasil um Reino Unido a Portugal e Algarves. A monarquia brasileira nasceu sete anos antes do que imagina o orador.
Por ignorância ou piedade, nenhuma eminência corrigiu o erro bisonho. Tampouco se comentou a indigente resposta do Itamaraty à nota de um departamento do governo americano que não melhora a folha corrida do ministro. Antes de enviada, a réplica foi examinada pelo presidente Lula e por Moraes. Tais cuidados podem ser associados à constatação famosa feita pelo decano Gilmar Mendes: Lula não estaria no Planalto se o STF não fosse o que é. A notícia de que Moraes pode ser proibido de entrar nos Estados Unidos foi igualmente abrandada por piadinhas pouco inspiradas. “Se quiser passar lindas férias, pode ir para Carolina, no Maranhão”, sugeriu Flávio Dino. \
“Não vai sentir falta de outros lugares com o mesmo nome.” Moraes já está convidado para palestrar em maio num seminário que o empresário João Doria vai promover em Nova York. Dino precisa contar-lhe que entre as cidades maranhenses também existe uma Nova Iorque.“É falsa a ideia de que a autocontenção do STF é uma coisa boa, e o ativismo, uma coisa ruim”, disse Dino na PUC. “É falsa a ideia de que o Supremo, quando se abstém de votar alguma coisa, fez o certo.” Para o ministro, quem contesta o ativismo do STF decerto mudaria de ideia se conhecesse um dramático episódio ocorrido há quase 90 anos. Em seguida, Dino gaguejou a sinopse incompreensível:
“Olhe o julgado do Supremo sobre a deportação… deportação de Olga Benário. Uma cidadã alemã, é verdade, grávida de um bebê e que foi para a Alemanha e morreu num campo de concentração. Ela buscou evitar essa deportação onde? No STF. E o que foi que os meus colegas da época disseram? Isso é ato político. Não é algo de importância. É certo entregar uma mulher grávida para morrer no campo de concentração?”
Que se conte o caso como o caso foi. Casada com o líder comunista Luís Carlos Prestes, a militante alemã Olga Benário engajou-se em novembro de 1935 na fracassada Intentona Comunista, concebida para derrubar o governo de Getúlio Vargas. Presa semanas depois, estava grávida havia sete meses quando a Suprema Corte, em setembro de 1936, rejeitou o pedido de habeas corpus nº 26.155, protocolado pelo advogado Heitor Lima em 3 de junho de 1936 e apreciado na sessão de 17 de junho.
Com a decisão, o tribunal aprovou a deportação abjeta — e a condenação à morte. Olga foi assassinada em 1942, no campo de concentração de Bernburg. Ali nascera em novembro de 1936 a filha Anita Leocádia, localizada e devolvida à liberdade graças à tenacidade da avó paterna, Leocádia Prestes.
Em 2022, a ministra Cármen Lúcia prometeu propor ao STF que se desculpasse publicamente pelo que fez em 1936. Estava em vigor a Constituição de 1934, e o Estado Novo só seria decretado um ano depois da deportação. Num Brasil democrático, a Suprema Corte pecou por ação, não por omissão. A decisão infame foi endossada pela maioria dos ministros.
É tarde para redesenhar a trajetória de Olga. Mas há neste momento centenas de vidas a salvar. O destino de uma multidão de brasileiros está nas mãos de 11 servidores públicos. O STF deveria orientar-se pela sabedoria e pelo senso de justiça que faltaram à avó Suprema. A ditadura do Judiciário é um pesadelo de curta duração. A verdade não morre. E quem tem razão sempre vence
Augusto Nunes - Revista Oeste
publicadaemhttps://rota2014.blogspot.com/2025/02/augusto-nunes-trapacas-e-mentiras.html
GAZETA DO POVO
Guilherme Fiuza -
O cineasta Walter Salles Jr., diretor de “Ainda estou aqui”, tem dito em entrevistas à imprensa internacional que seu filme é resultado da “volta da democracia” ao Brasil. Segundo ele, a democracia voltou ao Brasil com a eleição de Lula.
Assinale abaixo a explicação que você considera mais adequada para a afirmação de Waltinho:
1. O cineasta teve que viajar muito nos últimos anos e acabou confundindo o Brasil com um país da galáxia vizinha.
2. A ausência de censura no governo que antecedeu ao de Lula significa, na visão de Walter, um truque da ditadura para parecer democracia.
3. Para ele, a censura em favor de Lula na eleição de 2022 foi um passo decisivo para a volta da democracia.
4. O cineasta confundiu a volta da democracia com a volta à cena do crime, influenciado pela frase imortal do filósofo Geraldo Alckmin.
5. O conceito de democracia foi atualizado e hoje designa regimes como o da Venezuela, o da Nicarágua, o do Irã, o do Hamas e o da China.
6. A declaração de Waltinho foi só uma brincadeirinha para animar a campanha do seu filme e será esclarecida no tapete vermelho do Oscar.
7. Sem o PT, a Odebrecht e a OAS não haveria democracia no Brasil.
8. Tentar calar a boca da oposição é o requisito número um de qualquer democracia séria.
9. Cala a boca já morreu, mas ressuscitou só até segunda-feira.
10. Evocar o fantasma da ditadura do passado é a melhor maneira de blindar o autoritarismo do presente.
Você também pode assinalar “nenhuma das opções anteriores” se considerar que a intenção do Waltinho foi só proferir uma bizarrice para dar uma sacudida no tédio.
Guilherme Fiuza - Gazeta do Povo
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Por Mark Thornton
fernãolaramesquita/youtube
TRUMP VIROU UM LULA PRA CIMA DO ZELENSKY. É PRA VALER?
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pavinatto/youtube
Isso ANULA TUDO Olha quem aparece nas imagens do 08 de Jan
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rubinhonunes/youtube
GAZETA DO POVO
Mais de 70 cristãos são decapitados por grupo islâmico na RD Congo
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