Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

domingo, 2 de março de 2025

Minhas férias em Cuba

 Por Mark Thornton


Nunca estive em Cuba. Isso é estranho, já que visitei a Flórida mais de 100 vezes, incluindo pelo menos três vezes em Key West, a apenas 90 milhas de distância. Também estive em alguns cruzeiros no Caribe e estive em ilhas ao sul e leste de Cuba. Eu vi Cuba de longe. Estive no México algumas vezes e também em países da América Central, mas não em Cuba.

À primeira vista, isso é muito estranho. Cuba já foi um famoso destino de férias para os americanos. Embora agora possamos viajar para Cuba, a maioria dos americanos foi privada de várias formas de comércio com o povo cubano (açúcar, charutos, viagens, níquel etc.) por toda a vida. Fomos feridos. Da mesma forma, o povo cubano foi privado de negociar com os americanos e visitar seus parentes americanos. Nós dois fomos peões da política externa e, em particular, da necessidade do complexo militar-industrial de uma "Guerra Fria".

Não quero me alongar nos aspectos negativos, mas o povo cubano está sofrendo com altas taxas de inflação e depreciação da moeda, racionamento e escassez generalizados e apagões de eletricidade se tornaram uma ocorrência comum. Com relações e comércio mais abertos, podemos ajudar-nos uns aos outros, e os cubanos estariam mais aptos a ajudarem-se a si próprios.

Cuba fez parte do Império Espanhol por muito tempo e, enquanto o povo cubano lutava por sua independência, os Estados Unidos entraram e roubaram as joias do Império Espanhol, que incluía Porto Rico e as Filipinas. Os políticos dos EUA queriam seu próprio império e, assim, lançaram a injustificada "Guerra Hispano-Americana" (1898). Isso também teve o efeito infeliz de trazer o político maluco e belicista Teddy Roosevelt para o centro do palco da política americana. Claro, isso foi realmente apenas uma continuação da tomada da propriedade colonial da Espanha, que já se estendia da Flórida à Califórnia.

Embora os cubanos tenham prosperado durante a "independência", foi uma prosperidade fraca e desequilibrada devido ao modelo de "capitalismo de compadrio" imposto pela "proteção" americana. Era semelhante ao seu status de colônia espanhola. Nesse tipo de modelo econômico, os líderes locais são protegidos dos cidadãos abaixo. Nesse modelo, os líderes locais podem explorar a economia, particularmente a mão de obra pouco qualificada, recompensando os capitalistas de compadrio e distribuindo pilhagem a seus amigos. Eles também são isolados de cima; certas coisas são impostas pela metrópole, mas, por outro lado, há negligência e falta de resposta. Claramente, essas questões também são grandes pontos negativos para o desenvolvimento econômico porto-riquenho. Ninguém realmente nega nada disso e a maioria concorda que foi uma força motriz para a Revolução Comunista em Cuba, bem como a força duradoura e unificadora do regime de Castro.

Alguém acha que essa situação é boa para os americanos? Alguém acha que esse impasse é bom para os cubanos?

Embora se diga que os cubanos prosperaram durante o período dos subsídios soviéticos e embora esteja claro que o povo cubano tem habilidades econômicas extraordinárias, seria difícil argumentar que a economia cubana está à altura de seu potencial. A resposta dos governos à situação da covid teve um enorme impacto negativo em Cuba, pois as viagens de férias para a ilha despencaram. Os cubanos sofreram e sua economia ainda não se recuperou totalmente.

Um movimento unilateral por parte dos Estados Unidos quebraria o impasse da política externa e poderia ajudar a liberar o potencial cubano. Reconheça Cuba, acabe com o embargo. Isso incluiria livre comércio e viagens ilimitadas com Cuba, o retorno da Baía de Guantánamo, relações diplomáticas plenas etc.

O aumento do comércio e das viagens beneficiaria os dois países. O investimento empresarial americano é extremamente necessário na economia cubana. O potencial do país como destino de aposentadoria e centro de negócios para operações comerciais no Caribe, América Central e América do Sul é óbvio e outras oportunidades são abundantes. Peças e atualizações em seu sistema de geração e distribuição elétrica são extremamente necessárias em Cuba.

As pequenas quantidades de distensão entre os países foram mutuamente benéficas e não levaram o mundo ao fim. O governo cubano está disposto a abrir bolsões de sua economia ao mercado. Em vez de tentar tirar proveito da situação de Cuba, é necessária uma postura mais generosa por parte dos EUA, como é o caso em toda e qualquer negociação comercial bem-sucedida. Isso também enfraqueceria a tentativa da China de ganhar influência sobre Cuba.

Os poderes constituídos em ambos os países não querem ver essa abertura das relações econômicas. Nos Estados Unidos, dizem-nos, por exemplo, que a população cubano-americana se opõe a isso, e a indústria açucareira americana se opõe a isso. Se for verdade, esses grupos de interesse dependem de nossa própria ignorância de como ganharíamos e como o povo cubano ganharia.

Você pode perguntar: os americanos realmente precisam de mais açúcar? Vamos mais fundo nessa toca de coelho: se comprássemos açúcar cubano, seu preço subiria beneficiando os cubanos, e o preço do açúcar americano cairia, prejudicando os produtores americanos. Mas atualmente os americanos são forçados a cultivar açúcar de forma ineficiente e intensa, com grandes quantidades de fertilizantes e produtos químicos, prejudicando nosso meio ambiente. Também obtemos açúcar da agricultura de beterraba - uma óbvia perda de eficiência em nossa economia e uma degradação de nossos recursos. Não apenas nossos produtos alimentícios seriam mais baratos, saborosos e saudáveis com menos frutose e substitutos artificiais, mas nem mesmo conhecemos todos os outros benefícios econômicos que se materializarão no futuro com uma economia mais eficiente.

Agora que todos os atores originais deste drama histórico estão mortos, vamos pensar por nós mesmos. Podemos nos afastar do "Lado Negro" e deixar para trás esse capítulo feio da Guerra Fria na história humana. Este é um fruto muito fácil em termos de ajudar as pessoas hoje e criar um futuro melhor.

Viva Cuba Libre!

 

Este artigo foi originalmente publicado no Mises Institute.




























publicadaemhttps://mises.org.br/artigos/3528/minhas-ferias-em-cuba

A incerteza macroeconômica no Brasil atual

 ANTONIO CARLOS PORTO GONÇALVES/INSTITUTOLIBERAL


O governo brasileiro inverteu a relação temporal costumeira entre a austeridade econômica e a necessidade eleitoral. Os governos costumam adotar medidas austeras necessárias no início dos seus mandatos e, ao final destes, próximo às eleições, com a inflação baixa, aumentam seus gastos para obter bons resultados eleitorais.


Mas, logo de início, o governo atual expandiu fortemente o gasto público, levando a um aumento do Produto Interno Bruto do país. O excesso cometido está acelerando a inflação, o que sustou a redução paulatina da taxa de juros que vinha ocorrendo, invertendo-a.


A expansão econômica não aumentou suficientemente a receita fiscal para compensar o maior gasto público. Como resultado, a dívida pública brasileira, já vultosa, cresceu 15% desde o início de 2023. A desconfiança gerada levou à subida da taxa de câmbio entre real e dólar, o que realimenta a inflação. A popularidade do governo, simultaneamente, tem diminuído.


A questão que se coloca, no momento, diz respeito à postura do governo nos próximos meses. Vai tentar aumentar a receita fiscal, vai interferir no esforço do Banco Central para obter a meta de inflação, vai controlar os preços, sobretudo dos alimentos, dos combustíveis e do dólar? Ou vai reduzir o gasto público? Esta é a incerteza básica de política macroeconômica nos próximos 6 meses.


Considere estas várias alternativas. Haverá muita dificuldade para aumentar a receita tributária; o país é fiscalmente caro (e confuso) para seus cidadãos, e mais impostos podem “exportar” a atividade econômica no Brasil. Sacrificar a independência do Banco Central e sua meta de inflação será um retrocesso importante para nossa construção institucional, gerando desconfiança nos atores econômicos.


A incerteza


Controlar diretamente os preços e o câmbio pode ter algum efeito imediato, mas é inflacionário a médio e longo prazos: pois, se uma pessoa paga continuamente menos pela gasolina de preço controlado, por exemplo, vai ter mais sobras de recursos para comprar outras coisas, cujos preços aumentarão. Eventualmente, a gasolina também terá que ser reajustada.


A solução adequada para o atual desequilíbrio econômico é a redução do gasto público, o que seria politicamente menos danoso do que a inflação. Considere, por exemplo, o caso da Argentina atual, cujo governo reduziu os gastos e diminuiu a inflação — e sua popularidade até aumentou, desmentindo as previsões de que seria um governo politicamente sitiado.


Por Antonio Carlos Porto Gonçalves. Ph.D. em economia e conselheiro superior do Instituto Liberal.













PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/economia/a-incerteza-macroeconomica-no-brasil-atual/

UMA EXCELENTE EXPLICAÇÃO SOBRE O SOCIALISMO

 INSTAGRAM


EXCELENTE EXPLICAÇÃO SOBRE O SOCIALISMO...



FAZ U ÉLI

 JAQUESJOSEDE/INSTAGRAM


CONCORDO COM ELA...



CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

 INSTAGRAM


E AGORA? NÃO HÁ COMO CONTESTAR... FAZ U ÉLI



CAOS NA EDUCAÇÃO NO BRASIL

 iNSTAGRAM


CAOS NA EDUCAÇÃO NO BRASIL 



“Encarnação do mal”: Barroso libera Dino e Zanin para julgar Bolsonaro

 DELTANDALLAGNOL/YOUTUBE


“Encarnação do mal”: Barroso libera Dino e Zanin para julgar Bolsonaro


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https://www.youtube.com/watch?v=GTjN6Ct3wCU

Essa semana o Alexandre de Moraes perdeu as estribeiras por causa do Golpe

  SEM MIMIMI /youtube


Essa semana o Alexandre de Moraes perdeu as estribeiras por causa do Golpe  SEM MIMIMI 

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LULA ABANDONADO e MORAES ACUADO! BIGTECHS exigem RESPOSTAS na JUSTIÇA!

 RUBINHO NUNES/YOUTUBE


LULA ABANDONADO e MORAES ACUADO! BIGTECHS exigem RESPOSTAS na JUSTIÇA!


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Em desespero, petistas querem matar a vaca leiteira da economia

  GAZETA DO POVO


Em desespero, petistas querem matar a vaca leiteira da economia /


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sábado, 1 de março de 2025

A Lei Morreu

 J.R. Guzzo - Os magistrados brasileiros não aplicam a lei — usam a lei. Decidem segundo o caso, a pessoa envolvida e os seus interesses políticos ou financeiros


V amos começar com uma pergunta compreensível, descomplicada e fácil de responder: você acredita que teria chances de receber uma sentença honesta, ou pelo menos coerente com a lei, se entrasse com uma ação numa vara judicial do Congo, digamos, ou de Ruanda, ou de algum dos 25 países da África que pelas últimas contas estão em guerra neste momento? E num tribunal da Al-Qaeda, ou do Exército Islâmico, ou coisa parecida? Que tal o Afeganistão, ou a esquadra judicial de algum grupo terrorista que vive de pirataria em alto-mar? Vamos, agora, à pergunta que interessa: você acha, sinceramente, que as coisas seriam diferentes na Justiça brasileira como ela ficou hoje — a começar pelo STF? 


A única resposta possível, diante dos fatos concretos, indiscutíveis e visíveis para todo o mundo, é não e não. Não existe justiça em nenhum dos lugares citados na primeira pergunta. Não existe justiça, da mesma forma, no Brasil. A razão fundamental é a mesma: em nenhum dos casos o Estado nacional e quem tem a força bruta respeitam o que está escrito nas leis ao tomarem as suas decisões. Há leis, é claro — até numa tribo perdida no fim do mundo há algum tipo de lei. Mas os magistrados não cumprem o que as leis mandam fazer, ou cumprem para uns e não para outros, ou cumprem hoje e não cumprem amanhã. Dão sentenças opostas para as mesmas questões. Não aplicam a lei — usam a lei. Decidem segundo o caso, a pessoa envolvida e os seus interesses políticos ou financeiros. 


Os ministros do Supremo, daquela maçaroca de “tribunais superiores” de Brasília e dali para baixo, rumo aos tribunais de Justiça dos Estados e às comarcas de primeira instância, acham que é um exagero dizer qualquer das coisas ditas acima. Pior: acham que é um “ataque à Justiça”. Na melhor das hipóteses, debitam esses “ataques” ao inconformismo humano de quem perdeu uma causa na Justiça ou discorda de alguma decisão — fruto, naturalmente, da sua ignorância das leis e da sua pretensão absurda de “discutir com o juiz”. É a resposta automática do sistema a qualquer crítica. “Por acaso você é formado em Direito? Quem é você para discutir com um jurista de notável saber jurídico?

Será? Será que não dá para discutir nem com o notável saber jurídico do ministro Dias Toffoli — que foi reprovado duas vezes no concurso para juiz de Direito e, como tal, não está qualificado para decidir nem uma ação de despejo? É claro que dá para discutir. Não apenas é um direito do cidadão. Do jeito que as coisas estão indo com a Justiça brasileira, já é um dever. Para quem tem condições de se manifestar em público, como a Revista Oeste, na verdade tornou-se impossível levar a sério um sistema judicial que destrói, a cada dia, o direito constitucional das pessoas de receber justiça segundo o que está escrito na legislação. Não há exagero nenhum. Há juízes que negam a lei. 


Não se trata de uma opinião: é um fato. Se a lei, como ocorre no Brasil de hoje, não é a mesma para todos, não é aplicada da mesma forma e durante o tempo todo, e vale ou não vale conforme o que o STF decide na hora, então não há lei nenhuma. É exatamente o que está acontecendo hoje no país. Por acaso algum cidadão preso pelas autoridades públicas tem direito à plena proteção do processo legal, se for “de direita” ou estiver sendo perseguido pelo ministro Alexandre de Moraes? Até uma criança de curso primário sabe que não. O Brasil de hoje é o centro mundial da insegurança jurídica — a situação em que ninguém, sobretudo os advogados, pode ter uma expectativa racional de que a lei será obedecida. 


O país superou, na verdade, a mera insegurança jurídica. Está hoje em situação de crescente anarquia legal, criada diretamente pela violação das leis por parte do STF — e dali, como num processo de metástase, irradiada para baixo em todo o aparelho judicial brasileiro. A negação das regras mais básicas do Estado de Direito não é, há pelo menos seis anos, uma anomalia ocasional, dessas que podem acontecer nas melhores famílias da democracia mundial. Passou a ser um sistema. A surpresa, hoje, é ver a Justiça agir como um Poder que cumpre a lei. O seu pão-nosso-de-cada-dia, ao contrário, é a recusa em respeitar o ordenamento jurídico tal como ele é.

Há literalmente centenas de casos, a maioria processada na escuridão do anonimato e envolvendo gente que não tem nenhuma condição de se defender, que comprovam de forma material a violação sistêmica das leis pelo STF — isso para ficar só no STF, e só nas violações mais óbvias. Acontece todos os dias. Está acontecendo neste exato momento, mais uma vez. A lei proíbe, por exemplo, que o juiz tome parte da negociação entre acusado e promotor, para efeitos de possível delação premiada, se é ele quem vai julgar a causa. Alexandre de Moraes faz o contrário. Não só participa, como comanda o processo — e ameaça prender o delator, o seu pai, a sua mulher e a sua filha maior se ele não disser o que querem que ele diga. 


A mídia e os juristas consultados pela mídia, sempre os mesmos, fazem extensas considerações dizendo ao público que o ministro age de maneira perfeitamente legal — nunca, jamais, em caso algum, a mídia e os juristas acham que o ministro Moraes faz alguma coisa errada. Isso não torna o episódio legal, como nada é legal na raison d’être do atual STF: tornar oficial, jurídica e acabada a ficção de que houve um golpe armado no país, que o responsável é o ex-presidente Jair Bolsonaro e que ele tem de ficar na cadeia pelo resto da vida para não haver nenhum risco de que venha a ganhar uma eleição de novo. O “golpe” nunca foi dado e não há prova nenhuma contra ninguém. Mas também não há lei — e é justamente para isso que não há lei.

Se houvesse, seria simplesmente impossível, entre sabe lá Deus o que mais, aceitar dos pontos de vista jurídico e moral que o ex-presidente seja julgado por inimigos declarados, como os ministros Moraes e Flávio Dino — este, inclusive e em público, chamou Bolsonaro de “demônio”. Está bom assim, ou precisa de mais alguma coisa? Os réus não vão ter direito a recurso das sentenças que receberem, coisa que deve ser ilegal até no Congo. O julgamento jamais poderia ser feito diretamente no STF. Os advogados não puderam exercer o direito de defesa. Todo o processo, do primeiro minuto até hoje, é uma árvore envenenada. Tudo o que saiu dela é ilegal — fruto contaminado pelo veneno original.


Se vale tudo no processo do “golpe” então vale tudo no resto — e essa bem que pode ser, todas as contas feitas, a pior depravação trazida ao Brasil pelo Supremo. Com certeza, é a mais duradoura e difícil de resolver algum dia. A política passa, mas o Erário fica, e o STF aboliu, com suas sentenças, o crime de corrupção no Código Penal Brasileiro. Aí complica. Os ministros, na verdade, criaram uma jurisprudência no Brasil única no planeta: se o sujeito provar que é ladrão, inclusive com confissão feita na presença de seus advogados, ele é absolvido e recebe de volta o dinheiro que roubou. Por que os ladrões do futuro seriam condenados? 


“Se o ministro do STF pode fazer o que bem entende, por que eu também não poderia?” Essa é a pergunta no STJ, em seus similares de Brasília, nos tribunais de Justiça dos Estados e em toda a magistratura. Os efeitos estão aí. Desembargadores e juízes construíram para si um paraíso salarial onde recebem R$ 100 mil por mês, ou R$ 200 mil, ou R$ 500 mil, e daí para cima — e dessa aberração resulta que o Brasil tem o Judiciário mais caro do mundo. A venda aberta de sentenças, nos tribunais de Justiça, está todos os dias na mídia. Na prática, é permitida: não há nenhum magistrado preso no Brasil. A própria noção do que é a palavra “lei” está em vias de extinção. Basta ver que um juiz — isso mesmo, um juiz — propôs que fosse legalmente proibido o uso da palavra “penduricalho”. Segundo ele, é um “ataque à Justiça”


Não há segurança nenhuma para os cidadãos, enfim, quando o ministro Alexandre de Moraes prega em aula magna nas Arcadas, e é aplaudido pela plateia, que o Brasil tem de eliminar legalmente a liberdade de expressão nas redes sociais. Não é liberdade, diz o ministro — ele, Moraes, e não o Congresso Nacional. É uma armação de multinacionais para manipular, violar e falsificar “o algoritmo”. Com isso, segundo Moraes, lavam o cérebro do ser humano. Com o cérebro de todo mundo lavado, tipo geral, as multis vão acabar com a democracia no Brasil e no resto do planeta, e impor uma ditadura mundial de extrema direita. Para impedir isso, é preciso banir da internet as opiniões que ele, Moraes, considera extremistas, direitistas e impróprias para serem ouvidas pela população. Não é que isso seja apenas uma acusação “sem provas” — como sempre diz a mídia quando não gosta do que ouve. É algo que não tem nenhum vestígio de fundamento lógico. 


Quando um ministro do STF se sente livre para agir dessa maneira, é que se sente livre para tudo. O ministro viajou da conspiração dos algoritmos para a exposição de suas teses sobre a sociedade brasileira — incluindo a extraordinária alegação de que é uma “classe média” frustrada, na maioria “branca, hétero e com mais de 45 anos”, quem realmente é a favor das redes sociais no Brasil. É gente, na sua opinião, que está na fronteira do “nazismo” — e, como tal, precisa ser erradicada da face da Terra. É um legítimo “Chauí II, O Retorno” — a musa filosófica do PT que pelo menos disse, logo de uma vez, “eu odeio a classe média”. É aí que Moraes e o STF vieram amarrar o nosso burro.


Os ouvintes bateram palmas — eis aí o Xandão que eles amam. Uma das coisas mais tristes desta vida é ver um jovem puxa-saco, ou um puxa-saco jovem, como os que rodam no cordão do ministro. Fazer o quê? Mas isso não é o pior — é baixo-astral, e fica por isso mesmo. Ruim, para valer, é o veneno que o STF espalha pelos sete lados, da desordem legal à corrupção, das ações pró-ditadura ao colapso de um sistema de Justiça coerente. Pior ainda, está construindo uma sociedade de ódios, de dogmas estatais e de discriminação entre os cidadãos. É o ministro Moraes quem está dizendo. Se você é da classe média, branco, hétero e tem de 45 anos para cima, você é um suspeito, um extremista político e um inimigo oculto da “democracia”. Cuidado. O consórcio Lula-STF está atrás de você.




J.R. Guzzo - Revista Oeste


















publicadaemhttps://rota2014.blogspot.com/2025/02/jr-guzzo-lei-morreu.html

Lógica do privado para reformar o público        

   Alex Pipkin, PhD


  Por que existe Estado?


Penso que, basicamente, esse se justifica pela necessidade de prover serviços públicos, garantir direitos individuais e promover a segurança e a justiça - verdadeira!


Na republiqueta verde-amarela, da burocracia e da procrastinação, é recorrente e sabido, que é preciso reduzir o tamanho da mastodôntica máquina estatal e, ao mesmo tempo, aumentar a sua eficiência. Qualquer sujeito com razoável visão e experiência empresarial, enxerga a olhos nus, que existe uma série de processos que não agregam valor para a população. Servem apenas de poder de barganha para acomodar "apadrinhados políticos"... O conhecido e antigo cabide de emprego.


Analisando-se sob a ótica do desempenho e de resultados, aparenta que a automatização de processos ainda não pairou sob os ares de Macunaíma.


Vejam o Judiciário brasileiro. Abissal - o que há de prédios novos, hein?! -, caro - comprovado por comparativos -, e o que é pior, mais do que moroso! Ineficiente! Além disso, a imoralidade reina. Alguns membros do Judiciário, recebem salários acima do teto constitucional, somados a uma infinidade de penduricalhos, descolados da realidade dos reles mortais.


Porém, na visão dos "doutores", esses são medidos por "indicadores de desempenho". A piada já vem pronta. Quase todo mundo sabe que a produtividade do setor público cresce tal qual rabo de cavalo!


Com base nos fatos e dados, no governo Bolsonaro - apesar de suas mazelas -, o ministro Paulo Guedes enfatizou a ideia das desestatizações e da redução da máquina e gastos públicos. Novamente, de fato, houve uma redução do número do funcionalismo.


Já no governo Lula, evidente, o grito de ordem é o maior intervencionismo estatal e o ainda maior inchação do setor público. Nesse "governo" Lula, deu-se o maior crescimento do número de servidores desde 2021. No que tange a custos, houve o maior incremento desde 2019, alcançando, em 2024, a cifra R$ 62,5 bilhões! Ocorreu um aumento da máquina pública federal, em termos de pessoal e de despesas, sem qualquer contrapartida em nível de serviços e resultados positivos para os brasileiros.


Nesse país da retórica, da mentira e da procrastinação, a elite do funcionalismo público - e politiqueiros "da hora" - sempre e falaciosamente, arrotam chavões, tais como eficiência e produtividade, visando a reforma do sistema em um futuro que nunca chega, e tampouco chegará.


O negócio deles é claro como água cristalina: "não mexe aí no meu queijo". O "status quo" dia sim, outro dia sim, prevalece e nada acontece, nem acontecerá!


Embora o setor público seja distinto do privado, não se miram as boas e melhores práticas empresariais, a fim de que se implementem melhorias do setor privado, completamente adaptáveis ao público.


Quando existe um dono do negócio, evidente que esse e seus prepostos, estão, diuturnamente, preocupados com custos, produtividade, nível de serviços e lucro, buscando identificar e implementar oportunidades de melhoria. É uma simples questão de sobrevivência empresarial.


Tenham em mente que se depender de políticos e do alto funcionalismo público, a reforma para o bem da eficiência e dos brasileiros nunca chegará! Eles têm seus "motivos"! Nunca acordarão do sono dos sicilianos...


A mudança, a reforma no serviço público, imagino eu, somente acontecerá, caso algum político, num delírio de liberalismo, dê a um homem e/ou mulher, de mente e experiência empresarial, a autoridade, e este tenha autonomia para fazer acontecer, ou seja, realizar aquilo que factualmente necessita ser feito, visando a melhoria dos serviços e a imperiosa redução dos gastos públicos.

Não, não há vontade política, e eu já tenho quase sessenta para acreditar em Papai Noel.


Neste momento, vem-me à mente a famosa frase do ex-presidente americano, Ronald Reagan, dita em seu discurso de posse em 1981: "O governo não é a solução para o nosso problema; o governo é o problema".


Ele, como qualquer empresário "de verdade", é sabedor de que para o aumento da eficiência e de resultados positivos para à população, é necessário um muito menor intervencionismo estatal, a eliminação da burocracia e da alta regulamentação, e a consequente liberdade dos indivíduos das afiadas garras do Leviatã vermelho, verde-amarelo.


Singelo, não?


















publicadaemhttps://www.puggina.org/outros-autores-artigo/logica-do-privado-para-reformar-o-publico__18414

Trapaças e Mentiras  Os doutores em tudo continuam sonhando com a proclamação da ditadura

 Augusto Nunes - 


No meio da aula magna para calouros do curso de Direito de uma universidade paulista, o ministro Flávio Dino reconheceu que, de acordo com a Constituição de 1988, o Legislativo legisla, o Executivo executa e o Judiciário julga. Mas os tempos são outros, ressalvou o caçula do Supremo Tribunal Federal. Ele vestiu a toga pela primeira vez em fevereiro de 2024. Pouco mais de um ano. Tão curto período no Pretório Excelso foi suficiente para elevá-lo à categoria dos doutores em tudo. 


“O protagonismo do Poder Judiciário é uma marca do nosso tempo que veio para ficar”, comunicou Dino aos universitários recém-chegados. “O Supremo está condenado a arbitrar temas políticos, econômicos e sociais.” 


Militante comunista desde o berçário, deputado federal e governador do Maranhão eleito pelo PCdoB, senador pelo PSB e ministro da Justiça do governo Lula, ele fingiu que nunca ocupou cargos no Legislativo e no Executivo, talvez para louvar sem remorso a entrega dos demais Poderes aos doutores em tudo. “Se a política não resolve alguns problemas, isso vai para algum lugar”, foi em frente. Qual lugar? 


O Supremo, claro. No momento, por exemplo, Dino cuida simultaneamente de pendências e complicações que vão do mercado de trabalho no Brasil ao serviço funerário em São Paulo, das queimadas na Amazônia às emendas orçamentárias impositivas — sem deixar de manter sob estreita vigilância a prioridade número 1: os desdobramentos do “golpe de Estado” tramado por Jair Bolsonaro. 


Desde março de 2019, quando os ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes plantaram no Pretório Excelso o inquérito das fake news, as sumidades trajadas de preto não param de intrometer-se em assuntos alheios. Passados seis anos de abusos, continuam convencidos de que, para preservar o Estado de Direito, é preciso submeter a medonhas sessões de tortura o que chamam de “Carta Magna”. 


Com a soberba de quem efetivamente acredita que salvou o Brasil dos fascistas de extremíssima direita, seguem confiscando territórios pertencentes ao Legislativo e ao Executivo. Neste fim de fevereiro, o STF resolveu deliberar também sobre desavenças internacionais, expropriando uma área até agora confiada ao governo federal.


Decidido a livrar a humanidade das redes sociais, obcecado pela eternização da censura em escala planetária, faz uma semana que Moraes declarou guerra ao grande satã americano. Assim, neste 24 de fevereiro, também simulando proferir uma aula magna para calouros paulistas, passou mais de uma hora mandando chumbo em qualquer coisa ou gente com sotaque ianque. 


Ele é gerente da vara criminal semiclandestina que administra mais de 2 mil casos, além de capataz da usina de sentenças condenatórias, tornozeleiras eletrônicas e restrições sem pé nem cabeça. Mas deixou de lado tais ocupações e mandou às favas temas que interessam a futuros advogados para concentrar-se no alvo da vez. Transcrito sem correções nem retoques, segue-se um dos melhores piores momentos do bombardeio:


As big techs não são enviadas de Deus, como alguns querem. Elas não são neutras. São grupos econômicos que querem dominar a economia e a política mundial, ignorando fronteiras, ignorando a soberania nacional de cada um dos países, ignorando as legislações, pra aferir poder e lucro. Democracia é um negócio… pras big techs… porque tudo pras big techs é dinheiro, é um negócio. Democracia é um negócio. Assim como vendemos carro, vamos vender candidatos.”


Como sua comarca clandestina não abarca os Estados Unidos, o Primeiro Carcereiro teve de engolir comentários irônicos de executivos de big techs, críticas de jornalistas estrangeiros, contragolpes de deputados republicanos e mensagens explícitas ou em código — todas pouco animadoras — remetidas por autoridades do governo Trump. Nesta quinta-feira, de volta a Brasília, Moraes treplicou com a leitura de um discurso na sessão do STF. Se o idioma nacional foi poupado das pancadas desferidas por improvisos do ministro, a História não escapou do pontapé abaixo da linha da cintura. 


“Deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822”, tropeçou Moraes ao declamar o que deveria ser o clímax do palavrório. Merece zero com louvor no Enem. O Brasil deixou de ser colônia em 16 de dezembro de 1815, quando D. João, ainda príncipe regente, fez do Brasil um Reino Unido a Portugal e Algarves. A monarquia brasileira nasceu sete anos antes do que imagina o orador.


Por ignorância ou piedade, nenhuma eminência corrigiu o erro bisonho. Tampouco se comentou a indigente resposta do Itamaraty à nota de um departamento do governo americano que não melhora a folha corrida do ministro. Antes de enviada, a réplica foi examinada pelo presidente Lula e por Moraes. Tais cuidados podem ser associados à constatação famosa feita pelo decano Gilmar Mendes: Lula não estaria no Planalto se o STF não fosse o que é. A notícia de que Moraes pode ser proibido de entrar nos Estados Unidos foi igualmente abrandada por piadinhas pouco inspiradas. “Se quiser passar lindas férias, pode ir para Carolina, no Maranhão”, sugeriu Flávio Dino. \


“Não vai sentir falta de outros lugares com o mesmo nome.” Moraes já está convidado para palestrar em maio num seminário que o empresário João Doria vai promover em Nova York. Dino precisa contar-lhe que entre as cidades maranhenses também existe uma Nova Iorque.“É falsa a ideia de que a autocontenção do STF é uma coisa boa, e o ativismo, uma coisa ruim”, disse Dino na PUC. “É falsa a ideia de que o Supremo, quando se abstém de votar alguma coisa, fez o certo.” Para o ministro, quem contesta o ativismo do STF decerto mudaria de ideia se conhecesse um dramático episódio ocorrido há quase 90 anos. Em seguida, Dino gaguejou a sinopse incompreensível: 


“Olhe o julgado do Supremo sobre a deportação… deportação de Olga Benário. Uma cidadã alemã, é verdade, grávida de um bebê e que foi para a Alemanha e morreu num campo de concentração. Ela buscou evitar essa deportação onde? No STF. E o que foi que os meus colegas da época disseram? Isso é ato político. Não é algo de importância. É certo entregar uma mulher grávida para morrer no campo de concentração?” 


Que se conte o caso como o caso foi. Casada com o líder comunista Luís Carlos Prestes, a militante alemã Olga Benário engajou-se em novembro de 1935 na fracassada Intentona Comunista, concebida para derrubar o governo de Getúlio Vargas. Presa semanas depois, estava grávida havia sete meses quando a Suprema Corte, em setembro de 1936, rejeitou o pedido de habeas corpus nº 26.155, protocolado pelo advogado Heitor Lima em 3 de junho de 1936 e apreciado na sessão de 17 de junho. 


Com a decisão, o tribunal aprovou a deportação abjeta — e a condenação à morte. Olga foi assassinada em 1942, no campo de concentração de Bernburg. Ali nascera em novembro de 1936 a filha Anita Leocádia, localizada e devolvida à liberdade graças à tenacidade da avó paterna, Leocádia Prestes.

Em 2022, a ministra Cármen Lúcia prometeu propor ao STF que se desculpasse publicamente pelo que fez em 1936. Estava em vigor a Constituição de 1934, e o Estado Novo só seria decretado um ano depois da deportação. Num Brasil democrático, a Suprema Corte pecou por ação, não por omissão. A decisão infame foi endossada pela maioria dos ministros. 


É tarde para redesenhar a trajetória de Olga. Mas há neste momento centenas de vidas a salvar. O destino de uma multidão de brasileiros está nas mãos de 11 servidores públicos. O STF deveria orientar-se pela sabedoria e pelo senso de justiça que faltaram à avó Suprema. A ditadura do Judiciário é um pesadelo de curta duração. A verdade não morre. E quem tem razão sempre vence 



Augusto Nunes - Revista Oeste
























publicadaemhttps://rota2014.blogspot.com/2025/02/augusto-nunes-trapacas-e-mentiras.html

No governo Lula, o ovo está chocando o Brasil

  GAZETA DO POVO


'Oscar de melhor lorota política'

 Guilherme Fiuza -


O cineasta Walter Salles Jr., diretor de “Ainda estou aqui”, tem dito em entrevistas à imprensa internacional que seu filme é resultado da “volta da democracia” ao Brasil. Segundo ele, a democracia voltou ao Brasil com a eleição de Lula. 


Assinale abaixo a explicação que você considera mais adequada para a afirmação de Waltinho:


1. O cineasta teve que viajar muito nos últimos anos e acabou confundindo o Brasil com um país da galáxia vizinha. 


2. A ausência de censura no governo que antecedeu ao de Lula significa, na visão de Walter, um truque da ditadura para parecer democracia. 


3. Para ele, a censura em favor de Lula na eleição de 2022 foi um passo decisivo para a volta da democracia. 


4. O cineasta confundiu a volta da democracia com a volta à cena do crime, influenciado pela frase imortal do filósofo Geraldo Alckmin. 


5. O conceito de democracia foi atualizado e hoje designa regimes como o da Venezuela, o da Nicarágua, o do Irã, o do Hamas e o da China. 


6. A declaração de Waltinho foi só uma brincadeirinha para animar a campanha do seu filme e será esclarecida no tapete vermelho do Oscar. 


7. Sem o PT, a Odebrecht e a OAS não haveria democracia no Brasil. 


8. Tentar calar a boca da oposição é o requisito número um de qualquer democracia séria. 


9. Cala a boca já morreu, mas ressuscitou só até segunda-feira. 


10. Evocar o fantasma da ditadura do passado é a melhor maneira de blindar o autoritarismo do presente. 


Você também pode assinalar “nenhuma das opções anteriores” se considerar que a intenção do Waltinho foi só proferir uma bizarrice para dar uma sacudida no tédio.




Guilherme Fiuza - Gazeta do Povo



















PUBLICADAEMhttps://rota2014.blogspot.com/2025/02/guilherme-fiuza-oscar-de-melhor-lorota.html

E o preço da carne bovina?

 Por Mark Thornton


Em setembro de 2023, analisamos o alto preço da carne bovina e como um governo grande tem sido prejudicial para o orçamento das famílias americanas. Com os índices de ações ainda mais elevados, a situação para os consumidores de carne bovina piorou.

Nos Estados Unidos, o preço da carne moída terminou o ano passado perto de um recorde, chegando a US$ 5,60 por libra. Apenas cinco anos antes - antes da pandemia de Covid -, o preço era de US$ 3,88 por libra. Entre o início da década de 1980 e o ano 2000, a carne moída custava, em média, US$ 1,50 por libra. Isso significa que, ao longo desse período de mais de 40 anos, o preço da carne moída quadruplicou.

Embora esse aumento pareça expressivo - e de fato é -, a taxa de crescimento do preço da carne é apenas um pouco maior do que o governo alega ter sido o aumento geral dos preços ao consumidor ao longo desse período, conforme medido pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês). Assim, a carne bovina tem sido um indicador bastante preciso do impacto das políticas do governo e do Federal Reserve na economia doméstica. Os aumentos mais rápidos nos preços da carne e dos bens de consumo em geral ocorreram após os grandes gastos de emergência promovidos pelos governos Trump e Biden durante a pandemia de Covid, além, é claro, da enorme expansão monetária realizada pelo Federal Reserve a partir de 2020.

Como a maioria dos negócios, a pecuária e as atividades relacionadas enfrentaram aumentos significativos de custos, principalmente devido às pressões inflacionárias. Os grãos usados na alimentação do gado são impactados pela inflação monetária. Durante a inflação monetária causada pelo Fed na pandemia de Covid, houve um grande pico nos preços dos grãos. Embora muitos atribuam isso à invasão da Ucrânia pela Rússia, um grande produtor de grãos, os preços dos grãos, na verdade, atingiram o pico por volta da época da invasão, depois se estabilizaram e até recuaram com a contração da economia global. Mesmo com a queda dos preços dos grãos, o tamanho dos rebanhos sofreu enorme pressão devido à inflação gerada pela pandemia: conforme o preço dos grãos disparava, os rebanhos encolhiam. O consumo de carne bovina também caiu na contração inflacionária que se seguiu à crise financeira global.

Com os preços relativamente altos e a redução tanto nos preços dos grãos quanto no tamanho dos rebanhos, os produtores de carne bovina vivem um momento favorável temporário. No entanto, consumidores e outros elos da cadeia de suprimentos, como processadores e atacadistas, continuam pressionados. O setor é altamente competitivo e sujeito a ciclos de incerteza.

Outro impacto inflacionário na oferta e nos preços da carne bovina, muitas vezes ignorado, é a política monetária do Federal Reserve. O Fed tem mantido as taxas de juros artificialmente baixas por décadas, gerando inflação de preços. Durante a pandemia, essa política foi aplicada em uma escala massiva e só recentemente começaram as tentativas de “normalizar” as taxas de juros.

Todo corretor, investidor e agente do mercado imobiliário sabe que as taxas de juros são um fator crucial para o setor. Em meu livro The Skyscraper Curse, exploro como taxas de juros artificialmente baixas aumentam a demanda por terras, elevando seus preços. Com terras mais caras, algumas áreas antes usadas para pecuária podem ter sido compradas e convertidas para outros usos. Além disso, terrenos que poderiam servir para a expansão da criação de gado podem simplesmente ter ficado caros demais para aquisição e conversão para a produção pecuária.

É possível criar gado e produzir carne bovina com pouca terra, como os japoneses fazem com grande eficiência. No entanto, do ponto de vista econômico, é muito mais barato criar gado em pastagens naturais, desde que essas terras sejam abundantes e próximas ao mercado consumidor. A necessidade de terra também seria menor se o milho e outros grãos para ração fossem extremamente abundantes. Porém, a realidade atual é que as terras são escassas e caras, e os grãos para alimentação animal também estão custando caro - com possibilidade de ficarem ainda mais caros. Ambas essas condições de mercado são, em grande parte, impulsionadas pela inflação monetária promovida pelo Federal Reserve.

Também suspeito que a intervenção do governo em favor de ambientalistas radicais esteja desempenhando um papel nesse cenário. Esses grupos defendem com fervor a ideia de que a emissão de gases pelas vacas é um problema catastrófico e acreditam que todos deveriam ser obrigados a seguir suas convicções alimentares, como o vegetarianismo ou o veganismo. Essa postura já prejudicou seriamente a indústria de carne bovina na Europa, onde o consumo foi drasticamente reduzido e os preços dispararam. Esse tipo de interferência deve ser combatido.
A indústria de carne bovina - incluindo todos os setores de processamento e produtos finais - também enfrenta uma base de consumidores que está experimentando uma queda na renda ajustada pela inflação. O resultado líquido é que menos americanos sequer se dão ao trabalho de parar no balcão de carnes, escolhem cortes de carne bovina mais baratos e optam por carne suína, frango e outros substitutos de proteínas mais baratos.

“A indústria de carne bovina americana está passando por uma das maiores quedas de dois anos na produção. Isso terá ramificações significativas para todos, desde os consumidores até os produtores de gado. Os consumidores enfrentarão preços de varejo mais altos do que os que tiveram em 2023.”

O consumo per capita de carne bovina nos Estados Unidos vem caindo desde que o país abandonou o padrão-ouro de Bretton Woods, mas, nos últimos anos, a queda tem sido ainda mais acentuada. Com a redução dos rebanhos e os preços nas alturas, parece improvável que essa tendência se reverta em 2025. Podemos ter algum alívio no médio prazo, mas temo pelo declínio nutricional a longo prazo que essas tendências indicam.

Com base em minhas próprias observações, o alto preço de bifes e assados deixa as pessoas irritadas. Além disso, prejudica a saúde, já que a carne bovina é altamente nutritiva e fornece proteína de altíssima qualidade. Pessoalmente, não aceito a campanha de relações públicas do governo contra a carne e a manteiga.

Uma coisa é certa: os americanos seguiram as diretrizes nutricionais oficiais, mas os resultados esperados não vieram - pelo contrário. Os índices de diabetes e obesidade atingiram recordes históricos. As mortes por ataque cardíaco diminuíram, mas isso se deve muito mais aos avanços na detecção e no tratamento, às centenas de milhares de cirurgias de ponte de safena e implantes de stents realizadas anualmente e à melhoria dos serviços médicos de emergência.

Existe uma solução mágica para os preços altos da carne bovina, suína e de frango? Na verdade, sim. Para começar, deveríamos retornar ao padrão-ouro ou, pelo menos, impedir que o Federal Reserve manipule as taxas de juros ou expanda a oferta monetária. Isso eliminaria as oscilações extremas do mercado e tornaria os investimentos mais previsíveis. No segundo dia, deveríamos liberar vastas áreas de terras controladas pelo governo federal e encerrar o programa de etanol, que desvia o milho da alimentação para a produção de combustível. A paz na Ucrânia e no Oriente Médio também liberaria mais alimentos e energia para a população global, beneficiando diretamente as pessoas mais impactadas e o mundo como um todo. Além disso, seria essencial reverter restrições ambientais e expandir a produção de petróleo e gás, o que reduziria os custos da agricultura e dos fertilizantes, além de impulsionar a produção e o emprego de forma geral.

A combinação dessas medidas aumentaria a renda real da população, reduziria significativamente o custo da carne bovina e estimularia sua produção. Em um único ciclo de produção, as famílias americanas poderiam voltar a desfrutar de seus tradicionais jantares semanais com bife.

 

Este artigo foi originalmente publicado no Mises Institute.
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publicadaemhttps://mises.org.br/artigos/3557/e-o-preco-da-carne-bovina

TRUMP VIROU UM LULA PRA CIMA DO ZELENSKY. É PRA VALER?

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TRUMP VIROU UM LULA PRA CIMA DO ZELENSKY. É PRA VALER?


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Isso ANULA TUDO Olha quem aparece nas imagens do 08 de Jan

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ERIKA HILTON usou FAKE NEWS para CANCELAR!

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Mais de 70 cristãos são decapitados por grupo islâmico na RD Congo

 GAZETA DO POVO


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