Mas pode chamar de máfia
Por mais que muitos "experts" à serviço da esquerda neguem, o governo Lula vem trazendo consigo inúmeras características explicitamente marxistas e revolucionárias radicais.
As notícias que apontam para o caos econômico do país são inúmeras. Desde a mobilização do MST para o planejamento da safra à taxação da previdência privada em herança, o plano de destruição da classe média brasileira segue a todo vapor. São os "pesados impostos progressivos", sobre os quais lemos no infame Manifesto Comunista de Marx e Engels.
Como demonstra o historiador Robert Service no livro "Stalin: Uma Biografia", o partido bolchevique soviético:
"defendia que todas as terras agrícolas passassem para as mãos dos camponeses, considerava os trabalhadores industriais pouco distintos, social e culturalmente, dos camponeses, matou inúmeros inocentes na Guerra Civil e causou centenas de milhares de mortes com o Primeiro e o Segundo Planos Quinquenais".
No entanto, como comprovam as notícias relacionadas ao governo Lula, vivemos hoje no Brasil um verdadeiro "Plano Quinquenal", muito similar ao implantado por Stalin na extinta URSS, envernizado por um falso discurso humanista, que visa a encobrir a maledicência de tal medida, assim como ocorreu no regime Stalinista, cujas proposições visavam à "restauração das regiões afetadas do país, nas áreas da indústria e da agricultura, para o desenvolvimento e social de médio prazo" por meio da "coletivização forçada de terras, da eliminação do caráter burguês do campo e da indústria".
O que parecia um caminho para a justiça social, foi na verdade uma das principais causas da fome em massa e um dos maiores morticínios por inanição da história da humanidade, afetando principalmente a União Soviética e a Ucrânia.
O plano diabólico
O governo soviético requisitava grandes quantidades de grãos para exportação e para alimentar as cidades e o exército. Isso deixou pouco alimento para os próprios camponeses, contribuindo para a fome.
Os kulaks, camponeses relativamente mais ricos, foram alvo de repressão, deportações e execuções, o que desestabilizou ainda mais a produção agrícola, por mero revanchismo político.
Parece familiar?
Segundo dados do Caged e do Ministério da Cidadania, deparamo-nos com a triste realidade de que 13 estados brasileiros têm mais beneficiários do Auxílio Brasil do que trabalhadores com carteira assinada, predominantemente no Nordeste do Brasil.
Ludwig Von Mises foi cirúrgico ao explicar o fenômeno do coronelismo socialista e suas narrativas absurdas e hipnóticas ainda em 1951:
"Se descrevêssemos como 'luta' o esforço de todos os pactos no mercado para obter o melhor preço possível, então poderíamos dizer que o que há é uma guerra constante de cada um contra cada um ao longo da vida econômica; mas de forma alguma que haja uma 'luta de classes'. A luta não é entre classes, mas entre indivíduos. Quando grupos de concorrentes se reúnem para uma ação conjunta, classe não enfrenta classe, mas grupo se opõe a grupo. O que um único grupo de trabalhadores obteve para si não beneficia todos os trabalhadores; os interesses dos trabalhadores de diferentes ramos de produção são tão conflitantes quanto os dos empresários e trabalhadores. Quando se fala de guerra de classes, a teoria socialista não pode ter em mente esta oposição de interesses de compradores e vendedores no mercado. O que significa luta de classes ocorre fora da vida econômica, embora por motivos supostamente econômicos. Quando os socialistas consideram a luta de classe como sendo análoga à luta entre estados, só podem estar se referindo a uma luta política que ocorre fora do mercado."
Em uma economia de livre mercado, existe sim competição e desigualdade, mas o ambiente econômico em si mesmo é desenhado para proporcionar a todos os indivíduos a chance de ascensão social, seja individualmente, seja por meio da colaboração com outros indivíduos e setores do mercado. E é exatamente esta meritocracia que a esquerda visa destruir, por meio do monopólio/oligopólio e da centralização governamental.
É evidente que se trata de uma luta exclusivamente política, e não intrinsecamente econômica.
Lula olha o Nordeste pela ótica do coronelismo, mantendo seu eleitorado em condições sub-humanas, sem acesso a emprego e renda, dependentes do assistencialismo governamental e das políticas da esquerda, que se alimenta do PIB produzido nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Esta exploração é culpa de empresários bilionários, geradores de emprego, renda e dignidade? Culpa da classe média, motor da economia nacional? Não creio. E aposto que nem o mais hábil sofista marxista consiga refutar Mises nesta demonstração! Afinal, a realidade que vivemos na pele, neste exato momento, é PRECISAMENTE essa.
Enquanto Lula ignora o Rio Grande do Sul, impondo a pesada bota estatal sobre os cidadãos inocentes afetados pela tragédia, seja por meio do confisco das doações para que sejam redistribuídas pelos políticos, seja multando caminhões ou pela pura inépcia em socorrer o povo com agilidade e competência utilizando o aparato de infraestrutura do estado, o que notamos na administração Lula sobre as regiões mais prósperas do Brasil pode ser resumido nas proféticas palavras de George Orwell em "A Revolução dos Bichos": "Mais trabalho, menos ração" para o Sul e Sudeste.
No entanto, em uma economia de livre mercado, por mais que esta represente "competição", todas as desigualdades são deixadas de lado em momentos de emergência e calamidade públicas, e as pessoas se mobilizam para ajudar os mais afetados. Pode-se dizer que o governo socialista faz o mesmo?
publicadaemhttps://mises.org.br/artigos/3366/marxismo-a-brasileira
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