ALAN MORI BRITO/ INSTITUTO LIBERAL
O agronegócio brasileiro é referência internacional em sustentabilidade. Mesmo com toda a desinformação existente sobre o assunto, é necessário reconhecer o papel do desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas ao meio agrícola para a manutenção dos padrões de excelência ambiental. Atualmente, além de melhoria do desempenho ambiental das propriedades rurais, as técnicas conservadoras de manejo buscam benefícios diretos para os produtores, como melhoria de renda e maior eficiência de produção.
Como principal expoente desse novo método de desenvolvimento de tecnologia, que agregará a melhoria de padrões ambientais com desenvolvimento econômico, está o método de manejo de integração lavoura-pecuária e floresta (ILPF). Por meio desse modelo, criado para adequação das áreas de pecuária e agricultura de baixo carbono (ABC), produtores rurais integram áreas de pecuária com lavouras ou florestas plantadas.
Com essa rotatividade de culturas, o carbono emitido pela produção de bovinos será absorvido no crescimento das culturas ou florestas de integração, equalizando o balanço de emissões da bovinocultura. Ademais, é possível usar esse tipo de consórcio, culturas anuais, como milho, soja, cana-de-açúcar e outros volumosos usados para a alimentação do gado, reduzindo o custo de alimentação do rebanho e aumentando a margem de lucros do produtor rural.
Ainda, é possível acrescer o componente florestal neste modelo, que melhorará o bem-estar animal pelo sombreamento do ambiente, logo, animais com terminação elevada e maior ganho de peso, com preço final de venda superior. Além do benefício na terminação do rebanho, as florestas estarão aptas a colheita e venda. Em um cenário de escassez de madeira, apenas no Espírito Santo há uma demanda anual de plantio de 30.937 hectares de florestas para abastecimento do mercado consumidor.
Esses pontos mostram a evolução tecnológica do agronegócio brasileiro, forte na sustentabilidade e preocupado com a manutenção da renda do produtor. Com modelos como o ILPF, o Brasil se destaca como o país que mais tem capacidade de conscientizar o meio rural de que as mudanças climáticas são um risco de continuidade do negócio agrícola, e que as ações para mitigação desse risco são de fácil acesso e podem ser elementos de geração e diversificação de renda para o produtor.
Nessa linha, é preciso seguir forte no investimento em pesquisa e inovação, criando técnicas de manejo sustentáveis que serão convertidas em renda ao produtor rural. Somente assim o Brasil caminhará de maneira ainda mais rápida para a agricultura de baixo carbono.
*Alan Mori Brito é associado do Instituto Líderes do Amanhã.
PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/ecologia/diversificacao-agricola-a-servico-da-sustentabilidade/
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