Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

'O ministro maluquinho',

 por Paulo Polzonoff


“Era uma vez um ministro maluquinho”. Assim começava a paródia que eu pretendia escrever de “O Menino Maluquinho”, do Ziraldo. Um clássico da literatura infantil que, se você não leu ainda, tem que ler ainda hoje. Mas a esta altura você já deve ter desconfiado que a paródia não foi adiante. É que me dei conta de que muita gente que leu “O Menino Maluquinho” não se lembra dele. Enquanto os que nunca leram têm do livro uma impressão errada – como a que eu tinha.

Apesar de estampar a capa com a panela na cabeça, o Menino Maluquinho não é um pestinha. Não é uma versão simpática de um diabinho bagunceiro e birrento. E é aí que está a genialidade do livro: o Menino Maluquinho cresce não para se tornar (como eu preconceituosamente esperava de um livro do Ziraldo) um chato, um burocrata, um moralista, um hipócrita, um ministro do STF. Ou qualquer coisa assim. Não! Ele cresce para se tornar, primeiro, “um cara legal”; depois, “o cara mais legal do mundo”; e, por fim, “um cara legal mesmo”.

Quando e por que abandonamos a ambição de nos tornarmos “caras legais”? Por que exaltamos caras chatos e maus, com os quais jamais beberíamos uma gelada? Por que deixamos que os meninos não-maluquinhos (infelizes, ressentidos, amargurados) se tornassem políticos e juízes – ou, no caso de Toffoli e dos demais ministros do STF, políticos-juízes?

TOFFOLI NÃO É UM CARA LEGAL


Antes de continuar

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O Brasil existe?

Passei os últimos dias questionando a própria noção de que existe uma “coisa” chamada Brasil. Me parece que quaisquer laços de união entre as pessoas são frágeis demais. Demais. E também os laços entre grupos. Cada qual parece querem se aproveitar um do outro. Tirar vantagem. Garantir seus privilégios. Bem comum? Ninguém sabe o que é. Ninguém viu. É isto um país?


Janjar, verbo transitivo

A primeira-hackeada Janja apareceu ao lado do submisso-em-chefe Lula e usou o episódio da invasão da sua conta no Twitter para propor censura e taxação das redes sociais. Escrevi sobre o episódio e propus algumas reflexões aos leitores. A principal delas (ainda mais que estamos bem perto do Natal): talvez seja hora de se dar conta de que passar raiva por causa de política se tornou uma distração conveniente para muitos de nós.

TRÊS REFLEXÕES NATALINAS SOBRE JANJA


Preguiça de ler?

Tá com preguiça de ler o texto acima? Não tem problema. Clica na imagem abaixo que eu fiz um vídeo sobre ele.


Alô, ABL!

Aproveitando que a Academia Brasileira de Letras registra toda semana um neologismo, uma palavra nova, e quase sempre de cunho político-ideológico, fica aqui a minha contribuição levando em conta os últimos acontecimentos no Congresso, mais especificamente o tapa do deputado Quaquá em outro deputado: em vez de patacoada, tapaquaquada.


Marcelinho, Marcelinho!...

No começo daquela manhã, o desaparecimento do ex-jogador Marcelinho Carioca era um mistério. Algumas horas mais tarde, tornou-se um sequestro que expunha a falência da segurança pública. Mas aí, enquanto os indignados se indignavam e os acadêmicos propunham teses e mais [BOCEJOS] teses, parece que tudo não passou de um crime com contornos passionais. Aí complica, né?

RIA COM A CRÔNICA OU A CRÔNICA RIRÁ DE VOCÊ   


FIDUCIA SUPPLICANS

Reconheço: não tenho capacidade intelectual nem forças para, neste momento, propor alguma reflexão ou tirar alguma conclusão do já histórico documento “Fiducia Supplicans”, que autoriza os padres a abençoarem pessoas envolvidas em relacionamentos irregulares. Por isso vou sugerir que você leia com atenção este texto do meu amigo Marcio Antonio Campos. Aí em 2024, se houver oportunidade, a gente volta a conversar sobre o assunto. Ok?

CONFITEOR ME PERISSE


No escurinho do cinema

Me desdobrei todo para ir ao cinema com Alexandre de Moraes – na verdade só uma tentativa pretensamente original de sugerir que você (e ele) assistisse ao filme “O Sol É Para Todos”. Não deu muito certo. Fui tristemente ignorado. Porque ainda persiste a ideia de que o tema de uma crônica é o destinatário dela. Não é. Não escrevo para Alexandre de Moraes; escrevo para você.

SHHHHHH. O FILME VAI COMEÇAR.


Paulo Polzonoff, Gazeta do Povo












PUBLICADAEMhttps://rota2014.blogspot.com/2023/12/o-ministro-maluquinho-por-paulo.html

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