Marcos Machado
O governo central (federal) registrou um rombo (déficit) de R$ 39,4 bilhões nas contas públicas, em novembro, conforme dados do relatório mensal do Tesouro Nacional O deficit primário (sem considerar o pagamento de juros da dívida pública) é o segundo pior da série histórica iniciada em 1997, perdendo apenas para novembro de 2016. O governo central inclui o Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central,
O dado acumulado desde janeiro eleva o buraco nas contas públicas de 2023 para R$ 114,6 bilhões, o segundo pior da história, atrás apenas do registrado em 2020, no auge da pandemia da covid-19. No ano passado, na gestão de Jair Bolsonaro, o governo central contabilizou saldo positivo (superávit) de R$ 47,9 bilhões no mesmo período.
Ao detalhar os números, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que a expectativa para dezembro é de um deficit primário “ao redor de R$ 10 bilhões”, o que deve elevar o saldo negativo entre R$ 125 bilhões e R$ 130 bilhões nos 12 meses do ano.
De acordo com o relatório do Tesouro, a despesa total aumentou 20%, em novembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto que as receitas, por sua vez, encolheram 2% em novembro, mesmo com o aumento de impostos, na comparação com o mesmo mês do ano passado, provocadas, principalmente, pelo mau desempenho da arrecadação do Imposto de Renda, com perda de R$ 3,7 bilhões em relação a novembro de 2022. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) registrou queda de R$ 2,8 bilhões na mesma base de comparação.
A previsão do último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas era de um rombo de R$ 177 bilhões no fim de 2023. A Dívida Pública Federal (DPF) atingiu, em novembro, R$ 6,3 trilhões — aumento de R$ 153 bilhões em relação a outubro. A informação está no Relatório Mensal da Dívida, divulgado pelo Tesouro Nacional.
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