Empresários pró-governo foram alvo de mandados judiciais expedidos pelo ministro Cristyan Costa
Um grupo de 1,7 mil advogados emitiu uma nota contra a “escalada autoritária” promovida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 23.
Endereçado à nação brasileira, o documento alerta para a “escalada persecutória de cunho ideológico e político, após a ampla divulgação de notícias de que o ministro determinou busca e apreensão contra empresários apoiadores do presidente da República”.
Os advogados alertam para o fato de que há no Brasil a adoção de “medidas desproporcionais”, promovidas pelo “ativismo judicial” de membros do STF.
“O Brasil assiste atônito às buscas e apreensões, aos bloqueio de contas em redes sociais, a quebras de sigilo bancário e a outras medidas desproporcionais contra empresários que apoiam o presidente do Brasil, medidas realizadas de forma totalmente arbitrária, em flagrante assédio processual”, denunciaram os signatários da peça.
Operação autorizada por Moraes
A atuação de Moraes tem gerado críticas de integrantes do MPF, que afirmam que o órgão acusatório precisa ser ouvido antes. O presidente Jair Bolsonaro chegou a protocolar ação contra o magistrado por abuso de autoridade por ter driblado um pedido da PGR de arquivamento do inquérito dos “atos antidemocráticos” abrindo outro, o de milícias digitais, bastante semelhante.
Segundo informações da PF, 35 oficiais participaram da ação, que ocorre no âmbito de inquérito em tramitação no Supremo. Entre os alvos da operação desta terça-feira estão Luciano Hang (lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), Luiz André Tissot (Grupo Serra), Meyer Joseph Nigri (Tecnisa), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) e Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu).
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