Universidade organizou uma ‘aula aberta’ sobre ‘democracia’ e convidou apenas políticos e ideólogos petistas Edilson Salgueiro
A Universidade de São Paulo (USP) violou a lei eleitoral ao promover, em 15 de agosto, o evento intitulado “Universidade pública e democracia”. O encontro contou com as participações do ex-presidente e condenado pela justiça Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-ministro Fernando Haddad (PT).
Segundo Alberto Rollo, advogado especialista em Direito eleitoral, as leis brasileiras proíbem a realização de propaganda política em bens de uso comum do povo. “Não é permitido pedir voto nas universidades, mesmo que por meio de palavras mágicas”, explicou. “É comum as universidades convidarem políticos para uma sabatina, mas não para fazer propaganda eleitoral.”
O evento, organizado pelo coletivo USP Pela Democracia, teve o objetivo de “expressar a indignação do grupo diante das violações à democracia brasileira e promover um debate sobre o papel das universidades nesse contexto”. Os petistas, na companhia da escritora e ideóloga Marilena Chauí, discursaram na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
Rollo explica que, embora o evento tenha sido promovido por um coletivo, as universidades públicas não podem ser palco de propaganda política. “Nesse caso, a USP teria de indicar as pessoas que organizaram o encontro e torná-las responsáveis por isso”, afirmou.
A reportagem procurou a assessoria da FFLCH, que não assumiu a responsabilidade pelo evento. O coletivo USP Pela Democracia, por sua vez, não respondeu às mensagens.
publicadaemhttps://revistaoeste.com/politica/eleicoes-2022/usp-violou-a-lei-eleitoral-ao-promover-evento-com-lula-e-haddad/
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