sucesso no campo
O monitoramento por satélite de referência da NASA (FIRMS-Aqua M-T) das queimadas e fogos ativos, de 1 de janeiro a 16 de agosto deste ano, registrou no Brasil um total de 63.616 pontos de calor. Com relação ao mesmo período do ano de 2019 houve no Brasil uma redução de 2%.
Nos países vizinhos, ocorreu um crescimento das queimadas neste período, principalmente na Argentina (230%) e no Paraguai (109%). No Brasil, a única região com um crescimento análogo foi o Pantanal: 233%. Foram 7.339 focos este ano contra 2.200 no ano passado, no mesmo período. Tanto nos países citados como no Pantanal, esse crescimento deve-se a um fenômeno climático esporádico (essencialmente a falta de chuvas no início do ano).
No Pantanal, muitas queimadas transformaram-se em incêndios. Outros foram provocados por raios e por ações criminosas ou de negligência. A vegetação aberta e caducifólia da região, onde predominam gramíneas e arbustos, facilita a ocorrência e propagação dos incêndios. Raios com frequência provocam incêndios em locais como a Serra do Amolar. A chegada das chuvas tende a encerrar esse ciclo de fogo.
O Mato Grosso apresenta 0% de variação nas queimadas com relação a 2019. O estado registrou até agora 13.225 queimadas, incluindo as de parte do Pantanal. O número é quase igual ao do ano passado: 13.238.
Apesar do falso alarde de alguns, até o momento no bioma Amazônia houve uma redução de 15% nas queimadas: 29.710 em 2020 contra 35.145 no mesmo período em 2019. O bioma caatinga também apresenta uma redução de 24% das queimadas com relação ao ano passado.
Evaristo de Miranda, Embrapa Territorial – Campinas
publicadaemhttp://rota2014.blogspot.com/2020/08/como-vao-as-queimadas-pelo-brasil-e.html
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