Jornalista Andrade Junior

sábado, 16 de maio de 2020

"Os guardas da esquina",

por José J. de Espíndola

Não basta nos defendermos do SARS-Cov-2, causador da doença Covid-19.
Existem coisas piores no Brasil: A cultura arraigada da corrupção, o Centrão da Câmara Federal, o SGA Rodrigo Maia, o comerciário David Alcolumbre, os oportunistas aspirantes à presidência da República Wilson Witzel e João Dória, a Facção – Pró-Crime do STF que já liberou bandidos de grossos calibres que vão de Lula a José Dirceu, etc., e governadores e prefeitos que, aproveitando o maná que lhes chegou da China, declaram a rodo “estados de calamidade”, um estado permissivo que tudo permite: pisotear a CF, as leis infraconstitucionais, os direitos humanos mais comezinhos e, principalmente, fazer compras e despesas sem licitação, sem controle externo, superfaturadas, sem limites e sem vergonhas. E tudo isto, às custas do contribuinte federal.
Esses governadores e prefeitos são análogos aos guardas da esquina de que falou Pedro Aleixo. Parafraseando o antigo vice-presidente de Costa e Silva, o perigo não está no controle racional do Covid-19, mas nos governadores e prefeitos: os “guardas da esquina” que, escudados em decisões do STF, acham-se libertos dos limites da Lei para praticar o oba-oba contra os cidadãos e os cofres públicos.
Sobre este assunto já escrevi em artigo publicado
(Abro um longo parêntesis para explicar o SGA acima referido. SGA = Sem Grau Acadêmico. Rodrigo Maia tentou cursar Economia em uma universidade particular e cara de São Paulo. O fato de ser cara não era problema para ele, nascido em berço esplêndido que fora. No RUF 2019 (Ranking das Universidades da Folha de São Paulo), o curso que pagava teve a seguinte avaliação:
a) 66º lugar na avaliação do Mercado;
b) 148º lugar em qualidade de ensino.
Mesmo em um curso de tão ínfimas “qualidades” - deve oferecer um prêmio a quem for reprovado em alguma disciplina, imagino - Rodrigo Maia não se formou. As razões deste fracasso eu desconheço (ele não conta!) e deixo a cada um a liberdade de imaginá-las.
Mas imagino que vislumbrara, sendo filho de quem é, um caminho mais ameno para subir na vida. Um caminho onde, para ser promovido, não se exige competência para nada, apenas esperteza, sempre temperada com jeitinho, sordidez de caráter, cumplicidade com o que há de pior na política, conspiração e até, eventualmente, corrupção.)
É este senhor, com este currículo acadêmico, que tem o topete de querer ensinar Economia a Paulo Guedes, entre outros atrevimentos. A ignorância dinâmica – e Rodrigo Maia é emblemático de ignorância dinâmica – é uma tragédia nacional, ouvi de meu saudoso amigo, o historiador e professor da UFSC, Osvaldo Rodrigues Cabral.
Palavras proféticas!
Se Rodrigo Maia fosse coroinha (acólito) em igreja do interior, não duvido que teria a petulância de tentar ensinar o Evangelho ao padre.
“Nosce te ipsum”, Rodrigo Maia!
Insisto na formação intelectual acadêmica porque é ela o critério maior que nos conduz, por exemplo, a procurar um médico (ou advogado, ou dentista) quando necessitamos de um. É a formação intelectual, acima de outros requisitos, que leva um administrador de recursos humanos a fazer suas escolhas de quadros para uma empresa. A Boeing, a Google e todas as empresas de sucesso do mundo são rigorosíssimas na seleção de seus quadros. Condição para se darem bem neste mundo competitivo.
Mas, no Brasil, a carreira política é a rota preferencial que conduz ao farto abastecimento de contas bancárias de medíocres iletrados, às custas do trabalho dos contribuintes. Não muito raramente esta mesma rota leva à notoriedade nacional de alguns, não pelos valores intelectuais ou morais – em geral exíguos, ou inexistentes – mas pela capacidade inata de manipulação e atendimento dos interesses das grandes grupos das casas do Parlamento, como o notório Centrão da Câmara dos Deputados. Interesses em geral antagônicos aos da Nação.














publicadaemrota2014blogspot

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